“Sonhar com Leões”, com Denise Fraga, é selecionado para o Festival de Cinema de Gramado

Tragicomédia aborda com leveza temas como morte, dignidade e autonomia

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Foto: Divulgação.

O longa-metragem Sonhar com Leões, protagonizado pela atriz Denise Fraga, foi selecionado para a 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontece entre os dias 13 e 23 de agosto na Serra Gaúcha. A informação foi divulgada nesta terça-feira (8), em coletiva de imprensa realizada pela organização do evento.

Dirigido e roteirizado por Paolo Marinou-Blanco, o filme é uma coprodução entre Brasil, Portugal e Espanha. A narrativa acompanha Gilda, personagem interpretada por Denise Fraga, uma imigrante brasileira que vive em Lisboa e recebe o diagnóstico de que tem apenas um ano de vida devido a um câncer. Sua principal motivação passa a ser garantir uma morte digna, sem dor, enquanto ainda preserva sua autonomia.

Sonhar com Leões é um filme único. O Paolo encontrou um jeito muito original de contar essa história e dizer o que queria. Ele conseguiu caminhar naquele precioso fio da navalha que se impôs, tratando um tema tão delicado com humor e inteligência. E, ao conseguirmos rir, acabamos entendendo a complexidade dessa questão”, afirma Denise Fraga.

A produção tem circulado por festivais internacionais, como o Black Nights Film Festival (Estônia), o Red Sea International Film Festival (Arábia Saudita) e o Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México). Segundo os realizadores, a exibição no Brasil assume um novo significado ao permitir o contato direto com o público local.

Sonhar com Leões não é apenas um filme – é uma reflexão delicada, crítica e, em muitos momentos, bem-humorada sobre as escolhas que fazemos diante da finitude. Depois de circular por festivais como Tallinn Black Nights, Red Sea e Guadalajara, é especialmente significativo trazê-lo agora ao público brasileiro, com quem esse diálogo se torna ainda mais profundo. Ter Denise Fraga no papel de Gilda foi um verdadeiro privilégio: ela imprime à personagem uma força emocional e uma leveza que nascem de sua inteligência cênica rara. O filme fala de temas universais – morte, liberdade, dignidade –, mas a abordagem do Paolo Marinou-Blanco, com afeto e uma dose de absurdo, nos convida a repensar o que entendemos por autonomia e empatia. Mais do que contar uma história, espero que o filme inspire conversas honestas sobre como desejamos viver – e, com coragem, como queremos partir”, destaca Eduardo Rezende, sócio e diretor da Capuri, produtora brasileira envolvida no projeto.

A produção é assinada pelas empresas Promenade e Darya Filmes (Portugal), Capuri (Brasil) e Cinètica (Espanha). A distribuição no Brasil e na América Latina está a cargo da Pandora Filmes. Em Portugal e em países africanos de língua portuguesa, a circulação é realizada pela Nos Audiovisuais – TV Cine.

A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para o dia 11 de setembro.