O grupo pernambucano SaGRAMA irá realizar duas apresentações no Teatro do Parque, no Recife, nos dias 16 e 17 de agosto, como parte das comemorações pelos 30 anos de formação. O espetáculo, intitulado SaGRAMA 30 anos: Poesia e Música, contará com participações de Petrúcio Amorim, Jessier Quirino, Beto Hortis, Sarah Leandro e Laila Campelo.
Formado em 1995 por professores e alunos do Conservatório Pernambucano de Música, o SaGRAMA se destacou nacionalmente ao compor a trilha sonora do filme e série O Auto da Compadecida, em 1999. “Tínhamos apenas um álbum lançado e, de repente, a gente ficou conhecido no país. Mudou totalmente, a gente saiu de Pernambuco e começou a tocar no Brasil inteiro, dando entrevistas para jornais, programas de TV e rádio”, afirma Sérgio Campelo, diretor artístico e idealizador do grupo.
Durante as apresentações, o grupo receberá os artistas convidados em momentos individuais no palco. No encerramento, será realizado um pot-pourri de composições de Petrúcio Amorim. O repertório incluirá músicas como “Presepada” e “Rói-couro”, faixas da trilha de O Auto da Compadecida, além de outras composições presentes nos dez álbuns lançados ao longo da carreira.
Também estão previstas execuções de músicas menos frequentes nos shows do grupo, como “Mutalambô” e “Tábua de pirulito”, homenagem ao primeiro produtor do SaGRAMA, Luiz Guimarães. O público terá ainda a oportunidade de ouvir o frevo inédito “Para sempre folião”, de autoria de Beto Hortis, com arranjo de Sérgio Campelo, além da suíte “Aspectos de uma feira”, de Dimas Sedícias.
“Nós usamos elementos rítmicos regionais, estudamos as estruturas dessa música e fazemos uma leitura própria, com uma linguagem musical mais elaborada. A gente consegue mesclar instrumentos eruditos, nossas composições têm essa mistura e a formação dos integrantes também”, explica Sérgio Campelo sobre a proposta musical do grupo.
O SaGRAMA mantém uma formação instrumental específica, composta por sopros, cordas e percussão. Atualmente, o grupo é formado por Antônio Barreto (marimba, vibrafone e percussão), Cláudio Moura (viola nordestina, violão e arranjos), Sérgio Campelo (flauta), Crisóstomo Santos (clarinete e clarone), Ingrid Guerra (flautas), Aristide Rosa (violão), João Pimenta (contrabaixo acústico), Dannielly Yohanna (percussão), Isaac Souza (percussão) e Tarcísio Resende (percussão).
“A combinação resultou em uma identidade musical tão marcante que se tornou um verdadeiro ‘carimbo’ do grupo: quem ouve, reconhece. Por isso, mesmo com a entrada de novos integrantes ao longo do tempo, manter a formação instrumental tem sido essencial para preservar essa identidade. Alterar essa estrutura significaria perder a essência do que somos – mesmo que as composições e os arranjos seguissem o mesmo caminho”, afirma Cláudio Moura, codiretor e arranjador.
As comemorações pelos 30 anos do SaGRAMA incluem ainda uma biografia e um minidocumentário sobre o grupo. “A gente imaginou uma série de eventos e também produções para celebrar essa trajetória que culmina com estas duas apresentações”, comenta Manuela Vieira, responsável pela curadoria do projeto.
Serviço:
Show SaGRAMA 30 anos: Poesia e Música
Datas: 16 de agosto, às 19h30 | 17 de agosto, às 17h
Local: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista – Recife)
Ingressos: R$ 120
Informações: @sagrama.oficial
