Resenha: The Soft Pink Truth une deep house e jazz em disco que traduz tensões do mundo hoje

Shall We Go On Sinning So That Grace May Increase? traz participações de Angel Deradoorian, Jana Hunter e Colin Self

drew daniel josh sisk
Foto: Josh Sisk.
Resenha: The Soft Pink Truth une deep house e jazz em disco que traduz tensões do mundo hoje
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Uma das metades do duo Matmos, Drew Daniel apresenta seu mais sofisticado projeto solo, The Soft Pink Truth uma mistura de deep house, house jazz e experimentalismo.

O disco traz uma reflexão do artista sobre o estado atual do mundo e foi muito influenciado pelo sentimento de instabilidade política e aumento das tensões. Mas sua abordagem é assertiva e busca em alguns momentos trazer alentos (“Go”) e em outros, insurgências (caso de “We” e “On”).

Para quem gosta de seu trabalho em Matmos vai curtir esse disco, bem como os álbuns anteriores deste projeto. Mas é uma obra aberta e voltada para os amantes de trabalhos conceituais, que tentam com uma narrativa bem construída traduzir ânimos e momentos sociais. Minuciosamente construído, o álbum traz ainda vocais de Angel Deradoorian, Jana Hunter e Colin Self.

THE SOFT PINK TRUTH
Shall We Go On Sinning So That Grace May Increase?
[Thrill Jockey Records, 2020]