Rapper Ynaê lança álbum “Delírio II” retratando a vivência da juventude de periferia

Do trap ao afrobeat, a rapper mineira lança novo álbum nesta sexta-feira, dia 6 de dezembro, com nove faixas

Copia de Copia de Post Noticias 2024 12 03T190621.264
(Foto: Richard Santos/ Divulgação)

É da sua vivência como mulher preta e cria da Zona Norte de Belo Horizonte, que a rapper Ynâe buscou inspiração para Delírio II, seu mais novo álbum que vai do trap ao afrobeat. A novidade será lançada em 6 de dezembro em todas as plataformas digitais e o público pode fazer o pré-save para ouvir em sua plataforma favorita.

O projeto dá continuidade a Delírio Coletivo, trabalho lançado em 2020. O álbum busca abordar o imaginário da juventude de periferia, sobretudo de mulheres negras, além da relação da artista com a própria identidade.

Com produção dos beatmakers mineiros Deprin Zg, Dukorry e ZukaNoBeat, Delírio II conta com a participação especial da rapper Nabru, artista da Pedreira Prado Lopes e nome importante no cenário do rap underground nacional.

Ynaê buscou explorar a versatilidade sonora de seus parceiros para construir uma identidade única para o álbum, que conta com 9 faixas. O single “Reticências” lembra as canções de amor de bolero, cita Bell Hooks e faz referência à canção “Mais feliz” de Adriana Calcanhotto. Já em “Viver”, produzida por Deprin, em “Praia”, produzida por Dukorry, as composições trazem um toque de afrobeat e referências vocais latinas. 

unnamed 27

Do slam ao rap

A pluralidade é a marca da artista belo-horizontina: Ynaê é cantora, compositora, comunicadora, estudante de jornalismo e produtora cultural. São mais de 10 singles nas plataformas digitais. O de maior sucesso é “Neon”, música que mescla reggaeton e funk e conta com mais de 20 mil plays. A canção foi campeã do festival Videoclipe-se, mostra competitiva de BH que já está em sua terceira edição.

Outro trabalho de destaque de Ynaê é o EP Delírio Coletivo, lançado em 2020 com 4 músicas de boombap. Sua carreira artística começou bem cedo, na infância, quando foi integrante de uma orquestra de flautas. Aos 14 anos, inspirada pelo movimento hip hop e pela poesia marginal, que conheceu assistindo a eventos como Slam Clube da Luta, começou a escrever as primeiras letras.

Com apenas 19 anos produziu a primeira música com Eazy Cda, produtor de grande relevância para a cena do hip hop no estado. Nos últimos anos, a cantora participou de vários festivais reconhecidos na capital mineira, como Toca na Favela, Festival de Arte Negra 2023 e Elas na Live.