O cantor e compositor Rafael Witt lançou nesta quinta-feira (13) o projeto Wanderer Sessions 3, terceira edição da série que une música ao vivo, registro audiovisual e criação coletiva. Gravado em Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, o trabalho é fruto de uma imersão de oito dias ao lado da banda, dividida entre quatro dias de ensaio em estúdio, em São Paulo, e quatro dias no local da gravação.
O lançamento acontece no YouTube e no Spotify, às 21h, em todas as plataformas, com a estreia da faixa “Reminisce”. A sequência do projeto trará, no dia 18 de agosto, o lançamento no YouTube de “Duality” (Slipknot), uma releitura em voz e violão que aproxima o universo do new metal de uma estética mais intimista.
O audiovisual reúne 20 faixas, entre canções autorais e versões inéditas de clássicos nacionais e internacionais. Os vídeos serão lançados semanalmente no Instagram, YouTube e nas plataformas de música, com publicações sempre às segundas e quintas-feiras. Cada semana apresenta músicas gravadas ao vivo em locações que alternam entre espaços intimistas e paisagens naturais.
“Foi um processo de criação em conjunto. A gente estruturou muita coisa nos ensaios, mas lá em Santa Rita tudo ganhou uma outra vibração. As decisões aconteceram muito no olhar, no ambiente. As músicas se completaram na troca, no improviso, na liberdade de tocar junto”, conta Rafael Witt. O cantor considera ainda que a empreitada é “um retrato de atravessamento artístico, entre raízes e fronteiras, entre o que se sente e o que se compartilha”, completa.

O trabalho propõe um olhar sobre a música como processo vivo, com espaço para o planejamento, mas também para a transformação. O projeto amplia a identidade artística do cantor, reforçando sua abordagem direta, visual e afetiva diante da canção
O repertório foi preparado previamente em São Paulo, durante os ensaios com banda completa, e equipamentos ao ar livre. Nessa dinâmica, algumas das faixas tomaram novos rumos no momento da captação, como no caso de “Numb”, de Linkin Park. A faixa foi inicialmente pensada como uma performance em duo, com Witt na voz e Peter Mesquita no baixo elétrico. No entanto, durante a passagem de som, a cantora Maria Luana se juntou à formação, transformando a execução em um trio.
O repertório combina músicas autorais e releituras que refletem a amplitude estética e afetiva do audiovisual. As faixas próprias, como “Echoes Through Time”, “Cold Bones”, “Reminisce” e “Invitation to Happiness”, abordam temas como solitude, memória e transformação, e arranjos minimalistas. Já as releituras percorrem diferentes gêneros. Elas transformam faixas originalmente ligadas ao rock, folk, disco ou MPB em novas experiências acústicas. De Slipknot a Almir Sater, de Bee Gees a José González, ganhando versões folk introspectivas.
Na sequência musical também há espaço para mashups, como “Iris” junto com “I’m With You”, e interpretações a capella ou com sapateado, sanfona e percussão corporal, bombo leguero, alfaia, ngoni. A setlist cria uma linguagem própria, em que os covers se transformam em parte da identidade autoral.
A ficha técnica reúne nomes como Kabé Pinheiro (direção musical), Laís Branco (direção criativa), Caio Henrique (direção de fotografia), Adriana Viana (engenharia de som) e um time de músicos e profissionais de audiovisual que participaram ativamente da criação e execução do projeto.



