Pullovers retorna, após hiato de 15 anos, com o disco “Vida vale a pena?”

Banda paulista, conhecida no underground na 1ª década dos anos 2000, retorna à música e aos palcos

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(Foto: Habacuque Lima/ Design: Vitor Bossa/ Divulgação)

Após 15 anos de pausa, a banda paulistana Pullovers está de volta com seu novo álbum, Vida vale a pena?, disponível em todas as plataformas digitais a partir de hoje (07). Com uma trajetória que marcou o underground dos anos 2000, o Pullovers retorna ao cenário musical com novas reflexões e abordagens, apoiado pelo Prêmio Fomento da Secretaria de Cultura de São Paulo e lançado selo Sound Department.

A banda formada por Luiz Venâncio (compositor, guitarrista e vocalista), Rodrigo Lorenzetti (tecladista), Habacuque Lima (guitarrista e produtor), Bruno Serroni (baixista e violoncelista), Angelo Lorenzetti (violonista) e Paulo Chapolin Rocha (baterista) surgiu em 1999 e alcançou destaque com o disco Tudo que eu sempre sonhei (2009). Pullovers, que começou sua carreira com canções em inglês influenciadas pelo indie rock britânico e norte-americano, “Tudo que eu sempre sonhei” foi o primeiro disco totalmente em português. Em 2010, encerrou as atividades, mas viu seu público se expandir com o tempo, especialmente entre a Geração Z, a faixa título do álbum lançado em 2009 viralizou no TikTok e conta com quase 10 milhões de reproduções no Spotify. 

Vida vale a pena? discute ideias complexas ao longo de suas dez faixas. Entre os temas abordados no álbum, a finitude da vida é central para a reflexão proposta por Pullovers, influenciada pelo existencialismo. É muito presente em “Vida vale a pena”, que termina com uma visão positiva, “Vida vale a pena mesmo, com ou sentido ou sem, entoa a banda; e “Fim”, que traz referência ao filme O Sétimo Selo, clássico do diretor Ingmar Bergman que discute também sobre vida e morte. 

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(Foto: Habacuque Lima/ Design: Vitor Bossa/ Divulgação)

Em canções como “Xi” e “Pai” as relações familiares são colocadas no centro da discussão. Mas há, sobretudo, a celebração da vida em toda a sua materialidade, em canções como “Poeira de estrela” e “Não se mate II”, e o uso de ironia na faixa “Antideprê”, já apresentado em outras composições do grupo. Trata-se, enfim, do retorno ao disco e aos palcos de uma banda cujas canções parecem ter esperado anos para serem compreendidas. 

Produzido e mixado por Habacuque Lima, “Vida vale a pena?” foi gravado entre janeiro e junho de 2024 nos estúdios Trampolim, Nanuk e Fábrica de Sonhos em São Paulo, e conta também com Vivi Rocha nos backing vocals.