Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura divulga obras vencedoras da edição 2026

Evento no Museu do Estado apresenta livros selecionados e destaca autores de diferentes regiões de Pernambuco

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Filipe Gondim, Mário Rodrigues e Djaelton Quirino. (Foto: Eduardo Cunha/Divulgação).

Filipe Gondim, com “Beberibe – e a arte de ocupar terrenos baldios”, Mário Rodrigues, com “Claiô”, e Djaelton Quirino, com “Os meninos da Rua da Linha”, tiveram suas obras lançadas na cerimônia do 9° Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, realizada na última quarta-feira (30) no Museu do Estado de Pernambuco. A ação, promovida pelo Governo do Estado em parceria com a Cepe, marcou a apresentação dos três títulos publicados com tiragem de 600 exemplares.

As obras contempladas representam as macrorregiões — Região Metropolitana, Agreste e Sertão — e estiveram disponíveis para compra com sessão de autógrafos dos autores. O edital desta edição destinou R$ 18 mil para cada vencedor e concedeu valor adicional ao Grande Prêmio Hermilo Borba Filho, atribuído ao livro de Filipe Gondim.

Criado em 2013, o prêmio tem como objetivo fortalecer a produção literária contemporânea no Estado, reconhecendo obras inéditas nos gêneros poesia, contos ou romance. A seleção das obras ocorreu em duas etapas, com análise inicial feita por uma Comissão de Julgamento Geral, formada por especialistas e representantes do Conselho Estadual de Política Cultural e da Cepe Editora, seguida da escolha final pelo Conselho Editorial da Cepe.

Veja a sinopse das obras e biografia dos autores:

“Beberibe – e a arte de ocupar terrenos baldios”, de Filipe Gondim (Região Metropolitana do Recife) – Gênero: poesia.

Filipe Gondim, artista multimeios e pai de João e Maria. É pernambucano de Recife e teve seus primeiros contatos com a produção artística, escritas urbanas, no bairro de Beberibe, periferia do Recife (PE). Anos mais tarde, começou a fazer experimentações com fotografia, literatura e lambe-lambe. Desde então, transita com o seu trabalho nestas linguagens. Compõe alguns coletivos artísticos como o Coletivo Encruzilhada e Saída de Emergência. Foi um dos idealizadores do Festival Mural (Movimento Urbano de Resistência e Arte do Lambe). Graduado do curso Letras – Português/Espanhol (UFRPE), desenvolveu como bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) – Letras 2018/2019, projeto de fruição em literatura com estudantes do ensino médio da Escola Estadual Francisco de Paula (Camaragibe). Publica textos literários e ensaios críticos em revistas e publicações especializadas sobre arte. Beberibe e a Arte de Ocupa Terrenos Baldios é seu primeiro livro publicado. “O livro trata do bairro que eu nasci e me criei, das vivências que eu tive com o território e com as pessoas que eu convivi e que me formaram. É um pouco da história do meu lugar. A nossa aldeia é o nosso mundo”, expressou Filipe Gondim.

“Claiô”, de Mário Rodrigues (Agreste) – Gênero: romance.

Mário Rodrigues nasceu em Garanhuns-PE, em 1977. É contista e romancista. Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura e finalista do Prêmio Jabuti, escreveu A cobrança (Record), Receita para se fazer um monstro (Record), O motorista de Médici (OIA), entre outras obras. “É uma grande alegria, um orgulho ser reconhecido por essa premiação que é uma das mais importantes no universo literário do Estado. O prêmio coloca o livro na praça e essa edição da Cepe ficou belíssima. Eu estou orgulhoso de carregar essa bandeira e participar dessa história da literatura pernambucana”, declarou Mário Rodrigues.

“Os meninos da Rua da Linha”, de Djaelton Quirino (Sertão) – Gênero: romance.

Djaelton Quirino é sertanejo, palhaço, ator, diretor, dramaturgo, roteirista e escritor. Pesquisador nas áreas de teatro, circo, literatura e audiovisual e suas intersecções. Cofundador do Teatro de Retalhos (março de 2008), coletivo de artes da cidade de Arcoverde, em Pernambuco. Segue e persegue a infância nos caminhos por onde vai, está em plena vivência de sua segunda infância mirando o exemplo do menino Manoel de Barros. “Eu sou ator, palhaço de Arcoverde, e esse lugar ainda é muito novo para mim, o de escritor. Então é um orgulho imenso fazer parte disso e ser reconhecido pela premiação”, enfatizou Djaelton Quirino.