Prêmio Biblioteca Nacional premia obras de Beatriz Bracher sobre a Guerra do Paraguai

Na categoria conto, o vencedor foi Tantra e a Arte de Cortar Cebolas, de Iara Biderman. Em poesia, Pote de Mel e Outros Poemas, de Leonardo Gandolfi, foi o escolhido

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A escritora Beatriz Bracher. (Foto: Divulgação).

A Fundação Biblioteca Nacional divulgou nesta segunda-feira (3) os vencedores de seu prêmio literário de 2025. Beatriz Bracher venceu na categoria romance com Guerra — I: Ofensiva Paraguaia e Reação Aliada Novembro de 1864 a Março de 1866, a primeira parte de uma trilogia sobre a Guerra do Paraguai.

O prêmio contempla obras inéditas em nove categorias, incluindo poesia, conto, infantil, juvenil, tradução e projeto gráfico. A seleção é feita por especialistas convidados pela fundação, vinculada ao Ministério da Cultura. Cada autor premiado recebe R$ 30 mil.

Na categoria conto, o vencedor foi Tantra e a Arte de Cortar Cebolas, de Iara Biderman. Em poesia, Pote de Mel e Outros Poemas, de Leonardo Gandolfi, foi o escolhido. A categoria infantil premiou Encaramujado, de Vana Campos (autora) e Raquel Matsushita (ilustradora) e a juvenil, Giraflor e Outros Jequitinhonhas, de Heloisa Pires Lima (autora) e Gildásio Jardim (ilustrador). Quando Nasce a Autoestima?, de Regiane Braz e Jefferson Costa, venceu como melhor história em quadrinhos.

O prêmio tem como objetivo valorizar a produção editorial nacional e estimular a leitura. A cerimônia de entrega está prevista para dezembro, no Rio de Janeiro, sede da Biblioteca Nacional. Este é um dos principais prêmios literários do país, ao lado do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura.

Veja a lista completa do Prêmio Biblioteca Nacional (vencedores em negrito):

CATEGORIA CONTO – PRÊMIO CLARICE LISPECTOR

1º “Tantra e a Arte de Cortar Cebolas”, de Iara Biderman. Editora 34.

2º “Infelizes à sua Maneira”, de Lucas Verzola. Editora Incompleta.

3º “Ao Rés do Chão”, de Thalita Lucena. Editora Patuá.

CATEGORIA ENSAIO LITERÁRIO — PRÊMIO MÁRIO DE ANDRADE

1º “O Homem Não Existe”, de Ligia Gonçalves Diniz. Grupo Companhia das Letras.

2º “O Grande Relógio: a que Hora o Mundo Recomeça – Caderno em Andamento 1”, de Silviano Santiago. Editora Nós.

3º “Modernismo Negro: a Literatura de Lima Barreto”, de Jorge Augusto. Segundo Selo.

CATEGORIA ENSAIO SOCIAL — PRÊMIO SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

1º “Assombros da Casa-Grande: a Constituição de 1824 e as Vidas Póstumas da Escravidão”, de Marcos Queiroz. Fósforo Editora.

2º “Cachorros: a História do Maior Espião dos Serviços Secretos Militares e a Repressão aos Comunistas até a Nova República”, de Marcelo Godoy. Alameda Casa Editorial.

3º “Pretos Novos do Valongo: Escravidão e Herança Africana no Rio de Janeiro”, de Mônica Sanches (org.). Textos de Ana Maria de la Merced Gonzalez Graña Guimarães Dos Anjos, Andrea de Lessa Pinto, Carlos Eugênio Líbano Soares, Cláudio de Paula Honorato, Cláudio Zeferino, Eduardo Possidonio, João Carlos Nara Júnior, José Amilcar de Castro Santana, Júlio Cesar Medeiros, Laurentino Gomes, Marcelo Monteiro, Marcos Coutinho, Milton Guran, Monica Lima, Reinaldo Tavares, Ynaê Lopes dos Santos. Bazar do Tempo.

CATEGORIA HISTÓRIAS DE TRADIÇÃO ORAL — PRÊMIO AKULI

1º “Dono das Palavras: a História do meu Avô — Aki Oto: Api Akinhagü”, de Yamaluí Kuikuro Mehinaku. Todavia Editora.

2º “Histórias de Muitos Mundos: Narrativas e Crenças Indígenas”, de Yaguarê Yamã. Editora Moderna.

3º “A Porta Aberta do Sertão: Histórias da Vó Geralda”, de Geralda de Brito Oliveira, Isla Nakano e Renata Ribeiro. Relicário Edições.

CATEGORIA HISTÓRIAS EM QUADRINHOS — PRÊMIO ADOLFO AIZEN

1º “Quando Nasce a Autoestima?”, de Regiane Braz e Jefferson Costa. Editora Trem Fantasma.

2º “Luanda no Terreiro”, de Marcelo D’Salete. Companhia das Letrinhas

3º “Filosofia do Mamilo”, de Kael Vitorelo. Editora Veneta.

CATEGORIA ILUSTRAÇÃO- PRÊMIO CARYBÉ

1º “Pedro e Paulo”, de Fábio Severino. Editora Joaquina.

2º “Prisma”, de Felipe Kehdi. Editora Joaquina.

3º “Submersos”, de Estevão Azevedo (autor) e Vitor Bellicanta (ilustrador). Editora Caixote.

CATEGORIA LITERATURA INFANTIL- PRÊMIO SYLVIA ORTHOF

1º “Encaramujado”, de Vana Campos (autora) e Raquel Matsushita (ilustradora). PeraBook Editora.

2º “Saudade”, de Alessandra Roscoe (autora) e Odilon Moraes (ilustrador). Editora Gaivota.

3º “Azul Haiti”, de Paty Wolff. Companhia das Letrinhas.

CATEGORIA LITERATURA JUVENIL – PRÊMIO GLÓRIA PONDÉ

1º “Giraflor e Outros Jequitinhonhas”, de Heloisa Pires Lima (autora) e Gildásio Jardim (ilustrador). Editora FTD.

2º “Nossos Mitos”, de Yaguarê Yamã (autor) e Danirampe (ilustradora). Pallas Editora e Distribuidora Ltda.

3º “Poesia Travessia”, de Roseana Murray (autora) e Daniel Justi (ilustrador). Editora do Brasil.

CATEGORIA POESIA – PRÊMIO ALPHONSUS DE GUIMARAENS

1º “Pote de Mel e Outros Poemas”, de Leonardo Gandolfi. Editora 34.

2º “Palavra Nenhuma”, de Lilian Sais. Círculo de Poemas.

3º “O Pito do Pango & Outros Poemas “, de Fabiano Calixto. Editora Corsário-Satã.

CATEGORIA PROJETO GRÁFICO – PRÊMIO ALOÍSIO MAGALHÃES

1º “Romances de Cordel”, de Gustavo Piqueira. Editora Jose Olympio.

2º “O Livro de Fazer Livros: Produção Gráfica para Edições”, de Gustavo Piqueira. Lote 42.

3º “Lobo Mau com Dor de Dente”, de Daniel Kondo. Editora Carambaia.

CATEGORIA ROMANCE – PRÊMIO MACHADO DE ASSIS

1º “Guerra I: Ofensiva Paraguaia e Reação Aliada Novembro de 1864 a Março de 1866”, de Beatriz Bracher. Editora 34.

2º “Vez em Quando, Billie Holiday”, de Evandro Affonso Ferreira. Editora Record.

3º “Escalavra”, de Marcelino Freire. Amarcord Editora.

CATEGORIA TRADUÇÃO – PRÊMIO PAULO RÓNAI

1º ” Mulheres Sobre as Quais Desejo Escrever”. Tradução de Karen Kazue Kawana e Bruna Tiemi Ogawa (org.); Luciana Miho Kawasaki, Luis Libaneo, Pedro Malta, Takeshi Ishihara e Tauanny Falcão. Desalinho Publicações.

2º “O Livro Africano sem Título: Cosmologia dos Bantu-Kongo”. Tradução de Tiganá Santana. Editora Cobogó.

3º “As Mulheres Famosas”. Tradução de Adriana Tulio Baggio. Editora UFPR