Morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos, o cantor britânico Ozzy Osbourne, ex-vocalista da banda Black Sabbath e um dos nomes mais icônicos da história do rock. A informação foi confirmada por um comunicado oficial da família nas redes sociais, que informou que o artista faleceu “cercado de amor”. A causa da morte não foi divulgada.
“É com mais tristeza do que palavras podem expressar que temos que informar que nosso querido Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento”, diz a nota.
Ozzy havia sido diagnosticado com Parkinson em 2020 e passou por uma cirurgia delicada na coluna em 2022, após uma queda ocorrida em 2019. Em 2023, chegou a cancelar uma turnê pela Europa e pelo Reino Unido, afirmando estar “fisicamente fraco” para retornar aos palcos.
Sua última apresentação foi recente, no dia 5 de julho de 2025, durante o show beneficente Back to the Beginning, realizado em Birmingham, sua cidade natal. O evento marcou o reencontro histórico com a formação original do Black Sabbath — a primeira desde 2005 — e serviu como uma despedida oficial do grupo.
Nascido em Birmingham, em 1948, Osbourne ficou conhecido mundialmente como vocalista do Black Sabbath, banda pioneira do heavy metal. Com eles, gravou álbuns fundamentais do gênero, como Paranoid (1970) e Master of Reality (1971), que influenciaram gerações.

Após deixar o grupo em 1979, Ozzy lançou uma bem-sucedida carreira solo, emplacando hits como “Crazy Train”, “No More Tears”, “Bark at the Moon” e “Perry Mason”. Em 2003, alcançou o topo das paradas britânicas com “Changes”, dueto com sua filha Kelly Osbourne.
O cantor foi casado duas vezes. Do primeiro casamento com Thelma, teve dois filhos: Jessica e Louis. Com Sharon Osbourne, com quem foi casado desde 1982, teve outros três filhos: Aimee, Kelly e Jack. Figura controversa e carismática, Osbourne também se tornou um fenômeno da televisão no início dos anos 2000 com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV, que mostrava o cotidiano de sua família.
A relação conturbada de 40 anos com álcool e drogas se tornou um tema presente nos seus trabalhos: “Suicide Solution”, lançada em 1984, canta sobre os efeitos do abuso de álcool; em 1991, durante sua luta contra o alcoolismo, lançou o álbum No More Tears, marcado por baladas como “Road to Nowhere”. A sobriedade se tornou constante a partir dos anos 2000.
Apesar da estética sombria e das letras pesadas, Osbourne sempre rejeitou as acusações de apologia à violência. “Minha transa com o demônio não é transa nenhuma. Faço música para divertir as pessoas e fazer a alegria de todos que gostam disso. Não entendo essa insistência em falar de demônios. As pessoas estão exagerando muito nessa história. Minha imagem não tem nada a ver com violência, é coisa teatral, como o carnaval, por exemplo”, declarou na época ao Globo.
Considerado o “Príncipe das Trevas”, Ozzy Osbourne deixa um legado monumental para a história da música, marcado por sua voz inconfundível, sua personalidade transgressora e sua influência duradoura no rock e na cultura pop.


