Inaugurada em novembro de 2022, a Ocupação Paulo Freire tem levado um legião de admiradores da obra/pensamento do educador pernambucano ao Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), nos últimos meses. O Mepe já registou a presença de mais de 3 mil visitantes e, para encerrar a mostra, que fica em cartaz até 12 de fevereiro, está com uma série de atividades grauitas programada para os próximos dias. A primeira delas acontece nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, a partir das 14h. Será o Círculo de Cultura que, com o tema “Povos Originários e Tradicionais”, vai reunir os palestrantes Márcia Rodrigues (PE) e Luciete Pankará (PE). A mediação será de Zé Brito (PE). Às 16h, haverá apresentação do Coco Raízes do Capibaribe.
Na quinta-feira (2), a programação contará com a mesa de diálgo “Cátedras de Paulo Freire – Visão e missão”, que a partir das 14h, reunirá os professores Eliete Santiago (UFPE), Anderson Alencar (UFAPE) e Mônica Folena (UFRPE). Às 16h, terá o lançamento de um livro editado pela UFPE que reúne produções acadêmicas sobre Paulo Freira. A mediação ficará por conta de José Batista (UFPE).
No próximo dia 8 de feveiro (quarta-feira), a partir das 14h, haverá outro “Círculo de Cultura”. Com as participações dos palestrantes Rubeneuza Leandro e Thelma Ferraz, o debate girará em torno do tema “Alfabetização”. Às 16h, o Coletivo Grão Comum vai encenar o espetáculo “Pa(IDEIA) – Pedagogia da libertação”, que versa sobre a vida e obra de Paulo Freire.
Por fim, no dia 9 de fevereiro (quinta-feira), das 9h às 16h, está prevista uma formação com professores sobre “Os desenhos de Francisco Brennand para os círculos de cultura”, com os mediadores Henrique Falcão, Camila Serejo e Nayara Passos. Às 16h, haverá um debate sobre o Movimento de Cultura Popular (MCP), criado por Paulo Freire, em 1960. Os palestrantes convidados são Rudimar Constâncio e Letícia Rameh. Já a mediação será de Everson Melquíades.
A mostra
Ocupação acompanha a trajetória de Freire, desde o nascimento, em 1921, passa pelo desenvolvimento do seu método de alfabetização – que, implantado em Angicos (RN) acabou ganhando dimensão internacional – e o segue nos diferentes países onde viveu, durante o exílio forçado pelo período militar, até seu retorno e atuação no Brasil, onde morreu em 1997. A curadoria é dos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural, com expografia assinada por Thereza Faria.
A exposição é divida em quatro eixos – Formação, Angicos, Exílio e Retorno. No conjunto, apresenta cerca de 140 peças, entre 60 fotografias que registram Freire nas mais diversas situações e localidades no Brasil e no exterior, vídeos e dezenas de seus originais – do Livro do Bebê, feito pelos seus pais quando ele nasceu, a manuscritos de sua autoria, como À sombra desta mangueira, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia.
São originais também poemas e cartas, enviadas por ele e recebidas. Ainda, ali se encontram suas marginálias encontradas em livros de autores como o pintor Johann Moritz Rugendas, Erich Fromm, Aldous Huxley, Jacques Maritain ou Caio Prado Júnior, que ele lia e hoje fazem parte do conjunto nomeado pelo Instituto Paulo Freire de Biblioteca Pré-golpe. [Com informações da Cultura.PE]