O Senhor dos Anéis é uma das histórias mais famosas do gênero fantasia escrita por J.R.R.Tolkien e publicada pela primeira vez na década de 1950, e mesmo depois de 70 anos, continua sendo relevante e ressoando dentro da cultura pop. Com a popularidade da obra escrita, logo vieram as adaptações cinematográficas e agora, em 2022, uma nova adição vai ser feita baseada na narrativa clássica de Tolkien: nesta quinta (1º) às 22h, estreia a série da Amazon Prime Video, O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, que chega com a expectativa altíssima e com o chamativo selo de série de TV mais cara da história (valor superou US$ 1 bilhão).
Na nova produção, a história narrada se passa milhares de anos antes de qualquer acontecimento da saga original ou de O Hobbit, acontecendo durante um período histórico batizado por Tolkien de Segunda Era da Terra-Média e acompanhando a criação dos tão famosos e preciosos Anéis de Poder. Baseada em informações breves de trechos dos livros, os criadores da série tiveram a árdua missão de levar o espectador de volta no tempo. Mais ainda: se lançaram no desafio de criar uma série totalmente desatrelada das famosas trilogias criadas por Peter Jackson nos anos 2000.
Em entrevista para o portal Collider, o diretor dos primeiros episódios da série e showrunner, J. A. Bayona afirmou que “sendo um grande fã dos livros de Tolkien, eu acho que todos os valores que você encontra nos seus livros são muito necessários atualmente. Então se nós conseguirmos empolgar as pessoas a voltarem para os livros para redescobri-los, ia ser fantástico”.
Produção hiper-mega-cara
Com personagens fantásticos em um mundo medieval, os espectadores podem esperar uma produção grandiosa para o decorrer da série, que teve o orçamento estimado em US$ 1 bilhão. Com o valor investido, a narração da trama se desenvolve em meio a uma produção deslumbrante, que promete levantar o sarrafo de sofisticação em uma produção de TV para uma altura nunca antes vista. Só para efeitos de comparação, o último filme da trilogia original, Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, custou US$ 94 milhões. E a série “concorrente”, A Casa do Dragão, da HBO Max, investiu cerca de 20 milhões de dólares por episódio.
Sobre os visuais da série, Bayona garantiu que busca sempre pensar na melhor forma de capturar os cenários do livro em tela, trazendo beleza e veracidade. Além dele, os demais diretores que também dirigiram episódios da série, Wayne Che Yip e Charlotte Brändström também seguem a linha fantástica na representação e criam uma atmosfera inebriante ao espectador.
Tolkien para todos
Na literatura ou no cinema, os personagens de Senhor dos Anéis se destacaram e muitos se tornaram parte integral da cultura pop e na nova série, alguns dos conhecidos elfos, hobbits e seres fantásticos retornam, como é o caso de Galadriel, interpretada pela atriz Morfydd Clark. Já conhecida pelos admiradores, agora ela é uma elfa mais jovem, que busca vingança pela morte do irmão.
Com nomes como Owain Arthur, Nazanin Boniadi, Tom Budge, Ismael Cruz Córdova, Ema Horvath, Markella Kavenagh, Joseph Mawle, Tyroe Muhafidin, Sophia Nomvete, Megan Richards, Dylan Smith, Charlie Vickers e Daniel Weyman, o elenco do filme foi elogiado pela pluralidade e por trabalhar a representatividade, algo que nunca foi o forte das produções anteriores.
A série traz, por exemplo, o primeiro elfo não-branco da franquia, Arondir, interpretado por Ismael Cruz Córdova. Para um autor que já foi acusado de intenções racistas em suas obras, Tolkien ganha, portanto, uma bem-vinda arejada nesta nova adaptação. “Pareceu apenas natural para que uma adaptação do trabalho de Tolkien refletisse o mundo como ele é de fato”, disse Lindsay Wever, produtora-executiva da série, para a Vanity Fair. “Tolkien é para todos. As histórias são sobre essas raças ficcionais fazendo o melhor quando deixam o isolamento das próprias culturas e se unem.”
Os dois primeiros episódios estreiam nesta quinta, 1º de setembro. Em seguida, os novos episódios serão adicionados semanalmente.