“O Mensageiro”, novo filme de Lúcia Murat, revive memórias da ditadura brasileira

Segundo a diretora, longa aborda a importância do diálogo e da memória histórica

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Foto: Divulgação.

O filme O Mensageiro, da premiada diretora Lúcia Murat, estreia nos cinemas brasileiros no dia 15 de agosto. Após sua première mundial no Festival de Lima, o longa participou da 47ª Mostra de Cinema de São Paulo e do Festival do Rio. Ambientado durante a ditadura militar no Brasil, em 1969, o filme narra a história de Vera, uma presa política, e do soldado Armando, que aceita levar uma mensagem dela para sua família, estabelecendo uma relação afetiva com a mãe de Vera, D. Maria.

Com um elenco que inclui Valentina Herszage como Vera, Shi Menegat interpretando Armando (uma pessoa trans não-binária), Georgette Fadel como a mãe de Vera e Floriano Peixoto como seu pai, O Mensageiro foi produzido pela Taiga Filmes, com coprodução do Canal Brasil, Telecine e da produtora argentina Cepa. O filme contou com o apoio do Governo Federal, do Ministério da Cultura, do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa por meio da Lei Paulo Gustavo.

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Foto: Divulgação.

Viabilizado após ser premiado no Edital de Cultura de Niterói em 2020, o projeto também recebeu reconhecimento no Festival de Guiões em Portugal e apoio no mercado internacional pelo Projeto Paradiso. Durante os meses de junho e julho, Lúcia Murat realizou 20 sessões exclusivas para estudantes de escolas públicas e universitários do Rio, promovendo debates sobre a memória da ditadura e sua relevância nos dias atuais.

“A importância do filme também é justificada pelo recente momento em que o Brasil viveu no qual se tentou reescrever a história e negar a existência da ditadura militar. Portanto, um filme que discuta essa reescrita e o apagamento de fatos históricos desses tempos sombrios é essencial. Ao mesmo tempo, O Mensageiro é um filme que trabalha uma questão muito contemporânea que é a polarização e a possibilidade de diálogo. Por isso acreditamos que o filme deve ter uma repercussão que não se limita ao Brasil, podendo atingir vários países e públicos. Essa experiência com alunos da escola pública tem sido enriquecedora mostrando a importância desse debate e do filme hoje”, afirma Lúcia.

Confira o trailer: