“O Clube Das Mulheres de Negócios”, de Anna Muylaert, vence Júri Especial no Festival de Gramado

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Elenco do fime e a diretora, Anna Muylaert (Foto: Aline Arruda/ Divulgação)

O Clube Das Mulheres de Negócios, novo longa-metragem de Anna Muylaert, abriu a 52ª edição do conceituado Festival de Gramado e saiu como vencedor do Prêmio Especial do Júri. O festival, que aconteceu na Serra Gaúcha entre 09 e 17 de agosto, é um dos festivais de cinema mais importantes do Brasil e é realizado anualmente desde 1973, trazendo relevantes obras de curta e longa metragem do cinema nacional. Nesta edição do festival, elenco e equipe estiveram presentes e foram premiados com o prêmio especial do júri pelo elenco.

O longa tem um elenco composto por nomes conhecidos do teatro, cinema e televisão brasileiros, sobretudo no universo da comédia. Entre eles estão os protagonistas, Luís Miranda dando vida ao renomado “fotógrafo homem” Jongo e Rafael Vitti como seu inexperiente e ingênuo colega, Candinho. Eles serão as presas das mulheres de negócios: Cristina Pereira interpretando Cesárea, presidente do Clube e Louise Cardoso como sua fiel escudeira, Brasília. Irene Ravache interpreta a quatrocentona Norma com seu marido submisso André Abujamra, 20 anos mais novo. Também fazem parte do Clube Katiuscia Canoro vivendo Zarife, uma mulher destemperada que quer ser presidente do Brasil e suas obedientes sobrinhas Maria Bopp e Verônica Debom. Grace Gianoukas dá vida à vaqueira predadora Yolanda, que traz a tiracolo seu marido troféu, Jadeson, Tales Ordjaki – 40 anos mais jovem. Shirley Cruz interpreta a milionária líder evangélica Bispa Patrícia, Polly Marinho é a cantora de funk hypada Kika e Helena Albergaria faz a misteriosa advogada Fay SmithAos 80 anos de idade, Ítala Nandi volta às telas como a conquistadora Donatella.

O Clube das Mulheres de Negocios 5 foto Aline Arruda
(Foto: Aline Arruda/ Divulgação)

Trazendo para as telonas uma comédia dramática, ácida e surpreendente, o filme parte de uma distopia onde os estereótipos de gênero estão invertidos: as mulheres ocupam posições de poder enquanto os homens são criados para serem socialmente submissos. Mas essa inversão de papeis de gênero é apenas o começo da trama, que desenvolve-se em uma narrativa que questiona a estrutura de poder patriarcal, mas não somente.

Navegando por situações inusitadas, o filme faz com que o espectador reflita sobre os absurdos que sempre vêm atrelados a qualquer tipo de estrutura de poder, seja de gênero, classe ou do domínio do homem sobre a natureza. O longa tem distribuição da Vitrine Filmes e estreia prevista para novembro nos cinemas brasileiros.

Assista ao trailer: