O adeus a David Bowie – ou como os meus heróis estão morrendo de câncer

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O mundo acordou de luto neste 11 de janeiro de 2016. Perdemos uma figura rara, de talento incomparável, um alienígena que mudou para sempre a história da música e que produziu como ninguém, com variedade e genialidade sem par. Perdendo uma batalha de 18 meses para o câncer, uma condição que somente as pessoas mais próximas sabiam, fica óbvio e escancarado que “Blackstar”, o disco lançado apenas 3 dias atrás, no seu aniversário de 69 anos, é a sua maneira brilhante e única de dar adeus ao mundo. O vídeo de “Lazarus”, as letras e a atmosfera geral de “Blackstar”, começando pelo título, é a despedida e o presente que Bowie nos deu.

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Impossível resumir uma carreira de mais de 50 anos em único parágrafo. Bowie, no entanto, merece todos os elogios e o reconhecimento que recebeu em vida, assim como o inevitável choque e o tributo que está recebendo agora. Por excelência, por pioneirismo, por talento e por sua busca implacável em se reinventar constantemente, ano após ano, Bowie construiu uma discografia que se sobressai de maneira tão absurda que todas as tentativas de enquadrá-la em rótulos como “art rock”, “art pop”, “new wave”, “experimental” e por aí afora empalidecem ante o simples ato de dar play em qualquer disco da sua fase áurea e ouvir o que ele tem a dizer. Para quem se despede com um álbum da qualidade de “Blackstar”, falar em “fase áurea” parece coisa típica de “crítico” e realmente é. Leia mais no nosso parceiro, o Movin’Up.