Número Um

NUEBO

Quando um blog não significava muita coisa, O Grito! decidiu fazer uma lista dos artistas mais importantes de todos os tempos. Pra isso, juntou um monte de amigos e passou a escrever sobre os artistas com certa propriedade, mas com muita pretensão.

Com o fim da lista, que elegeu o Kraftwerk como a banda mais influente de todos os tempos (mais do que os Beatles, Elvis e David Bowie), começamos a falar de artistas que ouvíamos, que os amigos nos indicavam, o que descobríamos. Num momento que não existia Orkut, nem MySpace, ter um blog sobre novidades era um tanto incomum. Quem criava um blog, mesmo que para falar de novidades, misturava diário pessoal com notícias. O Grito! perdeu seu lado diary logo no início.

Nos Estados Unidos e alguns países da Europa, o blog sempre foi respeitado como um veículo independente, um termômetro do que acontece de novo na música, moda, cinema, artes plásticas, quadrinhos. Aqui no Brasil, precisou a grande mídia abraçar o fenômeno, para que blogueiros diversos se tornassem respeitados. É claro que os iniciados já conheciam as pessoas certas, os blogs famosos, sabiam onde buscar informação interessante.

Lembro que, um dia, ao digitarmos ‘Dungen’ no Google, a primeira página que aparecia era o nosso blog. E era uma banda que gostávamos bastante. Poucos meses depois, a banda sueca se apresentaria no Festival No Ar: Coquetel Molotov. Este ano, o grupo de Gustav Ejstes, lança Tio Bitar, sucessor de Ta Det Lugnt. Quando novos membros se uniram à equipe percebemos que podíamos ir mais longe do que estávamos acostumados.

Além de Paulo Floro e Wagner Beethoven, que conceberam a idéia de fazer um blog, Rafaella Soares completaram o time. Rafaella tinha uma coluna sobre cinema, hoje também é editora do site. Sua história no Grito se confunde com a amizade com o resto do staff. Fernando, o último a entrar no grupo, trouxe outras idéias, matérias sobre coisas que nunca tínhamos falado até então, como Moda e Livros. Com alguma coisa nos empurrando, o Grito! se tornou algo maior que a gente. E, hoje, que curioso, blogs são uma das mais respeitadas ferramentas de comunicação. Mídia independente, vanguarda, humor, cultura pop, listas, blogueiros, política, música, quadrinhos, moda. Se surpreender é o que move tudo isso.

Revista
O Grito! sempre teve atualizações semanais, como uma revista. E depois de começar como um blog, embarcamos em outra idéia, o de revista eletrônica. Toda semana, atualizamos a revista, numerada, e publicaremos notícias diárias, na seção Berros.

Nesta primeira edição, a matéria de capa é sobre uma viagem que Joana Coccarelli fez à Holanda. Joana foi a autora do texto sobre o Kraftwerk, o primeiro lugar da nossa lista de melhores. É com ela que inauguramos o novo projeto e o número um da revista.

O layout foi desenvolvido pelo webdesigner Júlio Figueiredo. Como pagamento ainda devemos uma matéria sobre o Efe Barzelay. Júlio criou o estilo da página e trouxe várias idéias para a equipe. Não teríamos o projeto novo sem ele.

E já que começamos nossos agradecimentos, aqui vai uma lista, provavelmente injusta (aqueles que não foram citados foi por pura falta de tempo), de todos que de alguma forma estiveram conosco em todo esse tempo: os editores, Joana Coccarelli, Zé Oliboni, Ricardo Malta, Luwig, Breno Mendonça e D Mingus, Júlio Figueiredo, Bruno Nogueira, Andréa Pereira, Marko Ajdaric, ZGR, João Paulo Vasconcelos, Marina Pontieri, Fernando Sarti, Igor Marcel, Nicholaus Sparding, Hildesheimer, Chewbacca, Bob Fool, Mariana Mandelli, Leonardo Paulino, Victoria Alvares, Stacy Kursch, Mary Farias, Breno Soares Barbosa, Doug Amorim, Cames Futamata, Henrique Luiz Oliveira, Julien K.

– Os Editores