Novo site vende quadrinhos em formato digital, com produção inédita

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Cena de Todo Mundo É Feliz,, da Balão Editorial (Foto: Reprodução/MaisGibis)
Foto: Reprodução
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Iniciativa inédita no Brasil, o site Mais Gibis começou a vender HQs digitais de várias editoras, em formatos pdf, cbr e cbz, todos sem restriçao de acesso ou leitura. Ou seja, o comprador pode levar o arquivo para o dispositivo que preferir. A estreia aconteceu nessa quinta (30) com obra inédita de André Diniz.

Neste início, a Mais Gibis oferece HQs da 2000 AD, que são publicadas no Brasil pela Mythos, com destaque para Juiz Dredd, além de material da Balão Editorial (Entrequadros, Mary) e Muzinga.Net, que publica obras de André Diniz, como Morro da Favela e 7 Vidas.

As HQs têm preços que variam entre R$ 3,90 e R$ 6,90. O site recomenda programas e aplicativos de leitura para computador, celular e tablet. Diferentemente de sites como Comixology, as HQs comercializadas pelo Mais Gibis podem ser lidas em qualquer plataforma, sem restrições DRM. “Seguindo tendências de outras empresas, como a Image Comics, a proposta é que o comprador possa guardar e lidar com o arquivo da forma que quiser”, diz o comunicado de lançamento.

A ideia dos idealizadores é oferecer uma plataforma para que HQs independentes possam vender sua produção em formato digital. O Mais Gibis também espera integrar mais editoras nacionais e internacionais. A criação do site é de Fabiano Denardin, Giovanni Faganello e Érico Assis, os mesmos responsáveis pelo Outros Quadrinhos, que publica séries regulares de webcomics.

Cena de Todo Mundo É Feliz,, da Balão Editorial (Foto: Reprodução/MaisGibis)
Cena de Todo Mundo É Feliz,, da Balão Editorial (Foto: Reprodução/MaisGibis)

Scans: tema proibido

No mercado nacional, os scans sempre foram controversos. Demonizado por muitos, os arquivos piratas de HQs escaneadas ainda fazem sucesso em alguns sites, ainda que tenham perdido um pouco a força desde o final da década passada. Os fãs se unem para traduzir HQs inéditas no Brasil e sobem em formatos como .cbr em blogs e sites de compartilhamento.

A prática era mais comum no passado, quando editoras demoram muito tempo para lançar HQs de super-heróis Marvel e DC no Brasil. Hoje, blogs já sobem clássicos dos anos 1980. A estreia de um site de venda de quadrinhos online pode aproveitar contumazes leitores de scans. “A proposta é explorar o mercado do quadrinho digital no Brasil, que ganha cada vez mais importância em outras partes do mundo, como EUA, Japão e França”, dizem os criadores do Mais Gibis.