Nesta última sexta-feira (9), a artista baiana Nara Couto lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado ORI. O projeto, que já nasce carregado de simbolismo e ancestralidade, é uma celebração da cultura negra e baiana, trazendo em suas 10 faixas um mergulho na percussão local.
Com arranjos e direção musical do falecido maestro Letieres Leite (1959-2021), ORI é fruto de uma pesquisa etnomusical contemporânea que alia as claves rítmicas desenvolvidas por Leite, autor da metodologia Universo Percussivo Baiano, à investigação de Nara Couto sobre as teorias do corpo. Entre os convidados para colaborar no álbum, destacam-se Mateus Aleluia, Luedji Luna, Graça do Ilê Ayiê, Vovó Cici e Maria Rita.
“ORI é um portal de muitos mundos e músicas. Liga o caminho dos nossos antepassados à construção do futuro que só é possível na vida do presente. As canções escolhidas são encantamentos musicais para celebração do bem-viver no seu público. ORI é uma invocação a dias de abundância, saúde e amor. Nas memórias orgânicas preservadas através do ritmo e imagem que se conectam com nossa ancestralidade a partir do evento musical, ele é feito para muitas pessoas que se conectam por meio dos sons transatlânticos e da cultura afro-brasileira”, disse Nara.
O título do álbum, que significa “cabeça” em iorubá, reflete a intenção da artista de celebrar e propagar a cultura negra e baiana, conectando o passado ao futuro através da música. “Este é um projeto sobre celebração e verdade. ‘ORI’ é um convite para explorar, entender e abraçar a riqueza de nossa herança afro-brasileira e para abraçar o futuro com a sabedoria ancestral que nos guia”, acrescenta Nara.
Ao longo das faixas, o álbum conduz o ouvinte por uma jornada estética contemporânea e afro-futurista que desafia as fronteiras da realidade e conecta com o cosmos. “Este é um projeto sobre celebração e verdade. ORI é um convite para explorar, entender e abraçar a riqueza de nossa herança afro-brasileira e para abraçar o futuro com a sabedoria ancestral que nos guia”, conclui a artista.