VIOLET TEARS
Breeze Of Solitude
[Arc, 2008]
Originários de Bari, na Itália, o Violet Tears chama atenção por sua música dark blindada de todo tipo de influência do pop atual. Herméticos na sonoridade, a banda não avança em muito no que já foi feito no estilo, como Autumn, Arcana (medo) e até mesmo The Cure. Formada em 1998, reproduziram desde o primeiro disco toda a cartilha tenebrosa, desde os afrescos no logotipo, até o uso berrante de roxo, preto, passando pela evocação do sofrimento, dor, desespero e morte. Tudo para fazer darks verterem lágrimas de sangue de emoção. Neste Breeze Of Solitude (sic), trazem algo interessante que é usar a música de câmara italiana com propriedade, além de toparem de raspão na música pop em “The Long Years”. No mais, os cabelos e figurinos da banda não deixam de ser divertidos. [PF]
NOTA: 4,5
THE FAINT
Fasciinatiion
[Blank.Wav, 2008]
Depois de sete discos medianos, o The Faint lança o oitavo álbum da carreira repetindo a mesma fórmula sem grandes novidades. O som new wave de influências punk, que mistura indie rock com lo-fi, está de volta em Fasciinatiion. O grupo de Nebraska (EUA), que já teve Conor Oberst (Bright Eyes) entre seus primeiros membros, hoje conta com Todd Fink, Jacob Thiele, Dapose, Joel Petersen e Clark Baechle fazendo o som divertido e energético que é a base do novo trabalho. Os teclados empolgantes e as batidas eletrônicas angulares aparecem em “Get Seduced”, “Machine in the Ghost” e “Mirror Error”, enquanto “The Geeks Were Right”, “Psycho” e “Fish in A Womb” têm riffs pegajosos e uma pegada de rock alternativo. As chatices ficam por conta das robóticas “Fulcrum and Lever” e “I Treat You Wrong”. Fasciinatiion não diz muita coisa e, de fascinante, não tem nada. Mas anima uma festa e diverte um dia ruim. [MM]
NOTA: 6,0
DEADROCKS
One Million Dollar Surf Band
[Monstro, 2008]
Os maiores destaques de One Million Dollar Surf Band, novo álbum do trio The Dead Rocks, estão na ficha técnica. Isso porque o disco foi mixado pelo renomado produtor Jack Endino (Nirvana, Mudhoney, Soundgarden etc.) e masterizado por uma das lendas do surf music mundial, Phil Dirt. Apesar de apresentar uma surf music eletrizante, o trio formado em São Carlos, interior paulista, peca na falta originalidade. As canções não possuem uma característica própria que os façam diferenciar de milhares de outros grupos de surf music brasileiros e internacionais. Talvez por isso, os grandes destaques do disco sejam não as canções próprias, mas as duas releituras gravadas, “País Tropical”e “O Milionário”, sucesso dos anos 60 com o grupo Os Incríveis, ambas transformadas em uma surf music instrumental climática. [GG]
NOTA: 6,5