A banda pernambucana Mulungu lança “A boiar”, seu terceiro single. A música faz parte do disco de estréia O Que Há Lá, que será lançado em janeiro, com incentivo do Funcultura.
“A boiar” traz sentimentos e sensações autobiográficas dos músicos, em uma reflexão sobre autoconhecimento e despertar da consciência.
“A música fala sobre experiências corpóreas de relaxamento, sobre se deixar levar em um estado de autocuidado e auto cura”, explica a banda, via comunicado de imprensa. É uma canção sobre parar e repensar o cotidiano, a atenção que damos aos próprios sentimentos. Um questionamento bastante importante para o momento em que estamos vivendo, onde a saúde mental vem ganhando tanta atenção e força.
As reflexões sobre autocuidado ganham ainda mais força quando direcionada ao público LGBTQIA+. Jáder, vocalista e letrista da banda, que se identifica como não binário, reforça a necessidade de ter práticas de autocuidado como rotina, tendo em vista que os números de casos de pessoas LGBTQIA+ que apontam ter problemas de saúde mental são enormes, partindo de um lugar de preconceito, não aceitação social e violência.
De maio até agora, a banda lançou dois singles e videoclipes para as músicas “No Ar” e “Deus tempo”, trazendo um conteúdo híbrido, unindo música, performances corporais, artes visuais e animação, além de um remix de “Deus tempo” assinado por Benke Ferraz, da banda Boogarins.
A banda é um projeto que nasceu a partir das inquietudes musicais de Jáder e Guilherme Assis – colegas de palcos e estúdios devido às bandas Projeto Sal e Barro. Experimentando sonoridades desde 2018, a banda criou corpo quando o multi-instrumentista Ian Medeiros (Mahmed de Natal/RN) veio passar uma temporada no Recife.