Morre Romildo Andrade, fundador da Noite Cubana do Clube Bela Vista

Um dos fundadores da festa ainda em 1989, Romildo foi um dos criadores de um dos eventos mais marcantes do Recife

Copia de Copia de Post Noticias 105
(Foto: Hannah Carvalho/ Revista O Grito!)

Morreu na madrugada desta segunda-feira (30) Romildo Andrade, diretor do Clube Bela Vista e um dos fundadores da Noite Cubana. O anúncio de sua morte foi feio através de uma publicação nas redes sociais do Clube Bela Vista. A causa da morte não foi declarada.

“É com profundo pesar que o Clube Bela Vista comunica o falecimento do nosso Diretor Romildo Andrade, fundador da tradicional Noite Cubana e coordenador do memorável Revivendo o Passado […] Sua dedicação, paixão pelo clube e compromisso com a cultura e a memória do Bela Vista foram marcas que jamais serão esquecidas […] Que seu legado continue vivo em cada evento, lembrança e conquista que ele ajudou a construir com tanto carinho.”, afirmou o comunicado.

A Noite Cubana do Clube Bela Vista foi criada em 1989 por um grupo de amantes da música cubana liderado por Jorge Kung Fu, apoiado por Romildo. O pedido foi feito por ambos ao diretor do Bela Vista à época, e a resposta do público foi imediata, fazendo da festa um sucesso na sua primeira edição. A chegada do DJ Valdir Português e do seu vasto repertório de discos, foi outro fator que cristalizou a Noite Cubana como um marco da noite recifense.

A jornalista e pesquisadora Erika Muniz entrevistou Romildo Andrade em 2023 para uma reportagem publicada aqui na Revista O Grito! sobre a Noite Cubana do Clube Bela Vista.

“Quando eu comecei a fazer toda a pesquisa e a apuração para escrever a reportagem sobre a [Noite] Cubana do Clube Bela Vista, eu comecei a pesquisar vários personagens que contavam, mas que também vivenciavam essa história e um deles foi Romildo. Eu lembro muito da nossa conversa, a mais longa de todas, foi antes da festa começar e foi uma troca muito especial para mim, eu nunca esqueci […] Não tinha como contar essa história sem falar com ele, né?”, comenta a jornalista.

“Eu gosto muito dessa história, de ter podido conversar com essas pessoas, frequentar – e ainda frequento – a Cubana do Clube Bela Vista e contar essa história com Romildo, com as memórias e o depoimento dele, só enriqueceu tudo. Que as pessoas possam lembrar sempre dele.”, finalizou.