A cantora, compositora e pianista Angela Ro Ro morreu nesta segunda-feira (08), no Rio de Janeiro, aos 75 anos. A artista estava internada desde junho em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Silvestre por conta de uma infecção pulmonar.
De acordo com a Billboard Brasil, o produtor Zé Pedro, que já trabalhou com a cantora, confirmou a morte de Angela. Segundo o produtor, após passar por uma cirurgia, a artista apresentou hipotensão e teve uma parada cardíaca. Os médicos tentaram reanimá-la por 15 minutos, mas não tiveram sucesso.
Angela Maria Diniz Gonsalves nasceu em 5 de dezembro de 1949, no Rio de Janeiro. O apelido “Ro Ro” foi dado ainda na infância por conta de sua voz rouca. Essa característica, no futuro, passou a ser a principal marca da cantora. Com cinco décadas de carreira, Angela foi uma das primeiras artistas assumidamente lésbicas no Brasil, o que fez dela uma referência para a comunidade LGBTQIA+.
Sua estreia, Angela Ro Ro (1979), é um clássico da música brasileira, com sucessos como “Amor, Meu Grande Amor” e “Gota de Sangue” entre suas faixas. Ao longo da carreira a cantora ajudou a formar a MPB e o rock nacional, sobretudo nos anos 1980, com a sequência Só Nos Resta Viver (1980), Escândalo! (1981) e Simples Carinho (1982). Como compositora, já foi gravada por Maria Bethânia, Marina Lima e mais.
No final dos anos 1990, Angela falou publicamente sobre suas questões com a dependência do álcool e do cigarro. A artista chegou a passar por tratamento em uma clínica, parando de beber em 1998 e de fumar em 1998. Em 2000 ela lançou o disco Acertei no Milênio, numa espécie de retorno da artista à música.
Nos anos mais recentes chegou a ser eleita pela Rolling Stone Brasil como a 33ª maior voz da música brasileira, com o disco Selvagem (2017) sendo seu último lançamento.


