A cantora Nana Caymmi morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde agosto de 2024 na Casa de Saúde São José, em Botafogo, para tratar uma arritmia cardíaca. A informação foi confirmada por seu irmão, o músico Danilo Caymmi.
Filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana iniciou sua trajetória artística nos anos 1960, ao participar da gravação de “Acalanto”, canção composta por seu pai. Seu primeiro álbum solo, intitulado Nana, foi lançado em 1965. Reconhecida como uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, acumulou mais de 30 álbuns de estúdio ao longo da carreira e recebeu diversos prêmios, incluindo o Grammy Latino em 2004 pelo disco Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo.
Entre seus maiores sucessos estão músicas como “Resposta ao tempo”, “Não se esqueça de mim” e “Suave Veneno”. Em 1966, venceu a fase nacional do Festival Internacional da Canção com a faixa “Saveiros”, de Dori Caymmi e Nelson Motta. Seus últimos trabalhos incluem os álbuns Nana Canta Tito Madi (2019) e Nana, Tom, Vinicius (2020).
Nos últimos anos, Nana também se destacou por declarações políticas que geraram repercussão no meio artístico. Em entrevistas, manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, criticando abertamente artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e sua sobrinha Alice Caymmi. As declarações causaram controvérsia e distanciamento de parte do público e colegas de profissão.
Nana Caymmi deixa três filhos: Stella, Denise e João Gilberto.
Com informações da Agência Brasil.


