O músico e compositor Miguel Gustavo lançou o primeiro álbum autoral de handpan em Pernambuco. O disco instrumental All I See Is All There Is reúne dez faixas e está disponível nas principais plataformas digitais. A produção musical é assinada por RØGÈR e pelo próprio artista, ambos pernambucanos.
O handpan é um instrumento de percussão feito de aço, tocado com as mãos, que produz som por meio da vibração do metal, sem o uso de cordas, baquetas ou eletricidade. Segundo Miguel Gustavo, natural de Olinda, o álbum tem como proposta afastar o instrumento da associação direta com a música para meditação, que é a percepção mais comum em relação ao handpan.
“Desde o início, tínhamos a certeza de que este não seria um álbum de música para meditação, que é a associação que imediatamente vem à mente quando ouvimos a palavra handpan, mas sim um álbum de música para apreciação”, afirma o artista.
Com quase 40 minutos de duração, o disco traz composições de Miguel Gustavo, sendo três em parceria com outros músicos. Entre os títulos estão “Irregularities”, “All I See…” (Miguel Gustavo & Marco Melo), “Breathe” (Miguel Gustavo & Gabriel David) e “Salsa #2” (Miguel Gustavo & Márcio Alencar).
A produção contou com a participação de instrumentistas locais, como Emerson Vieira (flauta transversal), Gabriel David (violoncelo), Márcio Alencar (contrabaixo acústico), Marco Melo (guitarra) e Paola Melo (violino). A capa e a arte visual são assinadas pela artista Raissa Maria.

“Este álbum compartilha justamente músicas que são as mais diferentes possíveis entre si, seja em termos rítmicos, melódicos e até nas técnicas utilizadas para extrair a sonoridade do handpan. Enquanto artista, as músicas, o instrumento escolhido em cada uma delas e os detalhes da produção e mixagem dialogam diretamente com as influências musicais anteriores e posteriores ao handpan na carreira artístico-cultural”, explica Miguel Gustavo.
A parceria com o produtor musical RØGÈR foi fundamental para o desenvolvimento do álbum. “Sempre imaginei ter outras pessoas me ajudando a dar vida às melodias e ritmos. Foi a partir de RØGÈR (Rogério A. Martins, que, além de produtor musical, é produtor fonográfico e guitarrista da banda pernambucana Abulidu), que definimos os instrumentos de cada música e em seguida fomos chamar instrumentistas para a gravação. RØGÈR foi fundamental pelo seu apoio, a assistência na produção e na organização das sessões de gravação. As faixas também ganharam muito com a contribuição de outros músicos”, acrescenta.
As gravações ocorreram no Estúdio Carranca, no Recife, entre fevereiro e junho de 2025. Marco Melo foi responsável pela captação, mixagem e masterização, enquanto Adriano Duprat captou o áudio dos handpans, exceto na faixa-título.
“O que temos em All I See Is All There Is é o resultado do amor pela música e da vontade de fazer algo novo e diferente”, conclui o artista.

