Melhores de 2011: Top 50 Discos

melhores discos

Continuando a retrospectiva do ano, lançamos nossa lista de melhores discos de 2011. Unindo lançamentos nacionais e internacionais, nossos editores e colaboradores elegeram álbuns que trouxeram inovação ao gênero em que trabalham e que conquistaram públicos com uma proposta criativa. E o que não faltou este ano foi banda tentando recriar ritmos. É o caso do The Weeknd, que experimentou no R&B e Rômulo Fróes, que foi fundo na sua ideia de transformar o samba.

Mas, este foi também o ano do Hip Hop, tanto no Brasil como fora. Diversos rappers lançaram discos interessantes, como Jay Z e Kanye West, Drake, A$AP Rocky e Criolo, que deu destaque ao rap nacional mais uma vez com seu Nó Na Orelha. Continuem acompanhando nosso Melhores de 2011.

Top 30 Videoclipes de 2011
Top 50 Músicas de 2011

Pela Equipe da Revista O Grito!

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MARCELO CAMELO – Toque Dela

Lançado no início do ano, o novo disco de Marcelo Camelo, Toque Dela foi relevante por mostrar que a vulnerabilidade emocional e o colorido sonoro ainda fazem sentido em 2011. [Pedro Salgado]

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ARCTIC MONKEYS – Suck it and See

O quarto disco de banda de indie rock mais interessante dos últimos anos, sofreu uma ridícula censura na sua capa em alguns supermercados americanos, que acharam o título ofensivo. Recebeu críticas positivas dos principais veículos especializados, após o polêmico trabalho anterior, e também se saiu bem nas vendas. A voz do australiano Alex Turner continua estilosa, aliada a uma sonoridade bastante acessível, com riffs inspirados. [Marco Vieira]

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AMABIS – Memórias Luso/Africanas

Primeiro disco solo de Gui Amabis, prolífico produtor que já trabalhou com nomes como sua esposa Céu, Memórias Luso Africanas revela diversas referências do músico, que ainda trouxe para as canções memórias de sua infância e histórias contadas por sua avó. Querido, o álbum traz participações de Criolo, Lucas Santtana e Tulipa Ruiz. [Paulo Floro]

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TORO Y MOI – Underneath The Pine

Talvez o nome mais conhecido da Chillwave, Toro Y Moi conseguiu a repercussão que esperava com esse disco, Underneath The Pine, álbum que além de fazer conhecido Chazwick Bundick, o nome por trás do projeto, apontou novas direções para um gênero que chegou até a ser motivo de chacota por muitos. [Fernando de Albuqueque]

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SBTRKT – SBTRKT

No ano em que a imprensa implicou com Skrillex, nome que orkutizou o dubstep, vem o SBTRKT para mostrar que o gênero ainda floresce mais dentro de um reduto mais introspectivo, onde o ego é amassado pelo anonimato, como foi o caso do Burial. DJ e produtor inglês, Aaron Jerome adicionou pitadas de frescor pop a essa vertente da música eletrônica, com a participações de vocais como do Little Dragon. [Paulo Floro]

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PASSO TORTO – Passo Torto

O quarteto de samba formado por Rodrigo Campos, Marcelo Cabral, Romulo Froes e Kiko Dinucci, consegue com maestria – sim, com o impacto que a palavra carrega –, fazer um samba que não te faça pensar que está sendo ‘conceitual demais’, nem lembrar da ditadura militar. A simplicidade e a rotineira vida paulistana é retratada ao longo do álbum que foi lançado em novembro de 2011. Cidadão e Faria-Lima deixam isso claro. Na primeira citada são cantados versos como: “cidadão, esquizofrênico, parado em frente ao boteco/de galocha, na avenida principal, pedindo um teco/ouvindo um samba na cachola, ouvindo um rap/vendo bruce lee voar”. Novamente, o fato de ser corriqueiro tornou-o melhor do que pude imaginar. Belo registro. [Paulo Marcondes]

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NUDA – AMARENENHUMA

Os pernambucanos do Nuda demoraram o suficiente para amadurecerem entre seu aparecimento e a chefada do primeiro disco. Amarenenhuma chegou como um álbum conceitual bem construído, letras que passeiam por uma poesia experimental, mas também emotiva e uma sonoridade que carrega o melhor do rock com uma interpretação memorável, que pode ser constatado por quem os viu ao vivo. [Paulo Floro]

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LYKKE LI – Wounded Rhymes

Anti-musa, Lykke Li é uma das figuras mais intrigantes do pop. Bonita e carismática, ela carrega em seus discos a força de uma interpretação que é tão importante quanto letra e arranjo. É o caso de Wounded Rhymes, trabalho mais performático dela, que tem momentos de catarse como “Get Some” e outros mais introspectivos, para não dizer depressivos, como “I Know Places”. [Fernando de Albuquerque]

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BONIFRATE – Um Futuro Inteiro

Todas as músi­cas pro­mo­vem uma con­ti­nui­dade, são atos e epi­só­dios sobre uma única via­gem. Letras estru­tu­ra­das a par­tir de um empi­rismo louco cos­tu­mam aba­ter por seus para­do­xos. Porém, nesse álbum existe uma mis­tura semân­tica ate­nu­ante dos absur­dos: a ordem das músi­cas e seus ele­men­tos criam micro-ciclos gera­do­res de uma repe­ti­ção men­tal. [Túlio Brasil]

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THE BLACK KEYS – El Camino

“Todos hipster adora”: lançado no final de 2011, El Camino tem músicas que grudam na cabeça e uma letra fácil de decorar. As doze faixas do álbum são rápidas, compondo um cd curtinho (chega até os 38 minutos) – daqueles para viciar e escutar em loop. Atual e vibrante, foi lançado com a primeira faixa, a coreografada “Lonely Boy”. Nada mais direto: igual ao clipe do dançarino forever alone, o restante do álbum é para dançar, curtir, se soltar, acompanhado ou não. Resumindo, sabe a pegada do rock que conhecemos nos anos 00’s com Strokes e Arctic Monkeys? Ela voltou! [Juliana Dias]

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ONEOHTRIX POINT NEVER – Replica

É comum uma banda aparecer com uma proposta radical, mas é pouco comum ela ter sua ideia degustada e compreendida por um público, por mais ínfimo que seja. No Oneohtrix Point Never, projeto do nova-iorquino Daniel Lopatin aconteceu algo parecido. Replica é o sétimo trabalho de Lopatin e o primeiro a ter um alcance razoável para sua música cheia de texturas e atmosfera.

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ST. VINCENT – Strange Mercy

Aclamada pela crítica desde seu primeiro disco, Marry Me, St. Vincent (nome artístico de Annie Erin Clark) chegou mais pop em 2011 com esse Strange Mercy. É seu trabalho que mais se aproxima de um público além da cena indie e o que mais tem potencial de transformá-la em algo além de uma promessa.

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CUT COPY – Zonoscope

Os australianos do Cut Copy vão caminhando para tornarem-se os figurões da música eletrônica mais popular, cargo que foi ocupado pelo Chemical Brothers por ano. Sensibilidade para atingirem públicos mais amplos eles tês, como ficou provado com esse Zonoscope, uma coletânea de faixas que vicia de início ao fim.

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EMA – Past Life Martyred Saints

Musa indie, Erika M. Anderson conquistou a crítica especializada com seu disco de estreia. Trata-se de uma forma encontrada pela cantora de expurgar seus demônios, lavar a alma depois de relacionamentos furados e desilusões. Essa raiva ganhou um pano de fundo cheio de guitarras e distorções que lembram os melhores momentos de PJ Harvey e Sonic Youth.

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TV ON THE RADIO – Nine Types Of Light

Nunca deixamos de acreditar no TV On The Radio, e mesmo após todo o hype que receberam nos dois primeiros álbuns, eles mostram que ainda permanecem inventivos e experimentais na medida certa. Esse trabalho traz uma aproximação com o rock mais clássico aliado à melodias mais delicadas. Um disco cheio de nuances.

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FLORENCE + THE MACHINE – Ceremonials

Cheia de grandiosidade e grandiloquente ao extremo, Florence Welch segue se garantindo em seu estilo, ainda que soe datado para alguns. Seu pop orquestrado alcançou níveis bem sofisticados neste Ceremonials, além de vir recheados de hits. [Paulo Floro]

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WASHED OUT – Within Without

Parte da Sub Pop, o projeto de Ernest Greene é outro grande nome do Chillwave e traz para sua música diversas camadas de abstrações oníricas, ideiais para quem necessita se desligar um pouco de vez em quando. Ainda tem o adicional de que ao contrário de outros colegas do gênero, as canções tem uma proposta bem sexy. [Paulo Floro]

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THE ANTLERS – Burst Apart

Nunca prestei muita atenção ao The Antlers, mas bas­tou uma música de Burst Apart para eu mudar de idéia: “Putting the dog to sleep”. Sem pres­tar muita aten­ção ao con­teúdo da letra, me dei­xando levar por com­pleto, ape­nas a frase “put your trust in me” ficou na minha mente como se fosse um pedido do voca­lista Peter Silberman: “dê uma segunda chance para o The Antlers”. Depois de escu­tar todo o disco, posso dizer com con­fi­ança que me entre­gar ao som des­ses Nova Iorquinos valeu a pena. [Lidiana de Moraes]

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THE ROOTS – Undun

The Roots continua sendo um dos nomes mais interessantes do Hip Hop. Undun reforça a proposta da banda em fazer discos conceituais e basear todas as músicas em instrumentos tocados pelos integrantes e não apenas samplers. É um caminho ousado para o gênero e o grupo se saiu bem mais uma vez.

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FRANK OCEAN – Nostalgia, Ultra

Um dos integrantes mais criativos do grupo Odd Future, Frank Ocean chamou atenção com esse Nostalgia, Ultra, seu disco de estreia. Depois de anos compondo músicas para a indústria do pop americano, ele se jogou em seu debut que mistura R&B com o melhor de seu histórico no rap.

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YOUTH LAGOON – The Year of Hibernation

Eu acabei ouvindo esse som naquele single liberado no falecido bandcamp do Youth of Lagoon. Achei legal pra caramba toda aquela atmosfera lo-fi, porém pop, ambientada pela banda de um homem só. Gosto de barulhos assim, ainda mais quando bem feitos e é o resultado desse disco. Enrolei muito para baixa-lo, mas quando tomei coragem na cara, fui lá e não me arrependi. Por mim um dos melhores gringos do ano. [Paulo Marcondes]

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A$AP Rocky – LIVELOVEA$AP

Esse rapper descendente de somalianos pegou referências de histórias de vida de sua família para lançar um disco cheio de protesto ditos com sinceridade de quem ainda vivencia o cotidiano das ruas. Depois de ter o pai preso por tráfico de drogas e o irmão assassinado perto de casa, Rakim Mayers descarregou tudo em seu disco de estreia, com influência de Wu-Tang Clan.

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JOHN MAUS – We Must Become the Pitiless Censors of Ourselves

John Maus é um compositor americano que remonta ao que ainda há de mais tradicional no cancioneiro ianque. Depois de trabalhar com Ariel Pink, ele aprimorou seus conhecimentos em música pop e fez discos que trazem letras inspiradas e melodias dancantes e instigantes que remetem à nata do gênero, de Smiths, Pixies e até Madonna, como mostram faixas como “Quantum Leap”.

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PÉLICO – Que Isso Fique Entre Nós

Não sei em que pasta vou colocar esse CD no meu computador e na minha memória. Seria injusto colocá-lo numa classificação “rock nacional”. Pélico fala de amor, de mau-amor. Puxa instrumentos de sopro daqui, um tango de lá e até samba-canção lembra. Pop? Romântico? Só fico com a certeza que será uma audição para muitos anos ainda. Marcante, emocional e coisa muito nossa. [Juliana Simon]

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YOU CAN’T WIN, CHARLIE BROWN – Chromatic

Decisivo para entender a assimilação de modelos pop internacionais por elegantes matrizes portuguesas. [Pedro Salgado]

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TOM WAITS – Bad As Me

Um CD de Tom Waits sempre será único. Para começar pela voz, é claro. Também pela história de boa música que ele carrega. “Bad As Me” só vem provar que ele não perdeu a mão. “Talking At The Same Time”, “Kiss Me”, “Pay Me” e a fantástica e barulhenta “Chicago” ditam a beleza desafinada do cantor. [Juliana Simon]

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MALLU MAGALHÃES – Pitanga

Agora, em 2011, aos 19 anos, Mallu Magalhães lança seu ter­ceiro tra­ba­lho, Pitanga, pro­du­zido por Marcelo Camelo. E ao con­trá­rio do que mui­tos detra­to­res da sua música espe­ra­vam ansi­o­sa­mente que acon­te­cesse, a can­tora parece estar enve­lhe­cendo com calma e sere­ni­dade. E esse ama­du­re­ci­mento é refle­tido a cada novo trabalho. [Lidiana de Moraes]

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PANDA BEAR – Tomboy

Noah Lennox segue assustando alguns ouvintes e maravilhando outros com sua música que mais parece uma oração durante o apocalipse. Tomboy não supera o anterior Person Pitch, mas é a prova que a originalidade proposta pelo músico ainda surpreende.

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ADELE – 21

Cercada de produtores talentosos, Adele escreveu seu segundo disco a partir de suas experiências com o fim de um relacionamento. Musicalmente, o álbum conta com uma fusão de gêneros americanos, como o country, blues e pop, tudo com uma força soul bastante presente. A estratégia de lançamento foi bastante calculada, utilizando todos os meios de divulgação que a internet oferece e focando nos fãs antigos para uma posterior expansão, numa escalada sólida até o topo. 21 já tem mais 10 milhões de cópias vendidas internacionalmente, além de diversos recordes quebrados. [Marco Vieira]

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RADIOHEAD – The King Of Limbs

Amigos indies, esse é um belo trabalho do Radiohead. Não fiquem reclamando e reclamando porque alguém muito hype disse que era ruim. A coisa tá mais madura, as músicas mais experimentais e doidas, fugindo do que vinha sendo feito, rock, com umas pitadas de inovações e letras tristes. Uma hora cansa e é necessário mudar. O som do Radiohead mudou para melhor e poucas pessoas parecem ter notado isso. Eu ouvia o OK Computer e o Best Off. O resto não achava tão maravilhoso como a MTV dizia à época. Esse novo rejeitado é um dos mais ousados e interessantes do grupo. [Paulo Marcondes]

Kassin

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KASSIN – Sonhando Devagar
Inventando barulhinhos e letras que fogem do convencional, a música de Kassin vem ganhando caminho próprio, depois do projeto +2, que marcou as carreiras dele e dos outros integrantes do combo: Moreno Veloso e Domenico Lancelotti. Destaque para “Calça de Ginástica”. [Rafaella Soares]

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REAL ESTATE – Days

O grupo de Nova Jersey, nos EUA, Real State se deram bem nesse que­sito. O novo álbum, Days, é mar­cado por músi­cas pop que bebem no idí­lico uni­verso dos Beach Boys e outras ale­grias. As melo­dias são leva­das por gui­tar­ras reche­a­das de uma sono­ri­dade que a cena indie cos­tuma de cha­mar de “dre­amy”. [Paulo Floro]

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ANNA CALVI – Anna Calvi

Em seu primeiro disco, Calvi afirmou uma personalidade dark e teve sucesso na proposta. O disco homônimo é carregado de melodrama, mas de uma forma positiva. São temas que passam da delicada voz sussurrada para uma profusão de cordas e percussão, com algumas pitadas de exagero. Tudo parece exarcebado nessa estreia, as letras românticas sobre morte e amor, o mise-en-scene dos arranjos. [Paulo Floro]

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tUnE-yArDs – w h o k i l l

O projeto de Merrill Garbus ganhou repercussão com esse segundo disco e revelou a criativa proposta de misturar vocais gritados a barulhinhos e muita guitarra. Um dos lançamentos experimentais mais interessantes – e divertidos.

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Foto: Caroline Bittencourt

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DOMENICO – Cine Privê

As faixas do primeiro disco de Domenico Lancellotti mostram como criou bons frutos o projeto +2 (Kassin também soltou um primeiro disco solo muito bom). Álbum conceitual, Cine Privê cria sons baseados em imagens e tem participação de Jorge Mautner e Adriana Calcanhoto.

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GIRLS – Father, Son, Holy Ghost

Todo ano o bom pop tem salvação, mas desta vez, parece ser verdade. O 3º álbum da banda continua firme na tríade sofrimento por amor + obsessão por garotas que viram lindas músicas e vocal afetado. Sem falar na capa, uma seleção de frases como “Whatever” It’s Just a Song” e ” We’re all gonna die”. Não tem como ficar melhor. [Rafaella Soares]

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JAMES BLAKE – James Blake

Ele apareceu com uma série de EPs e surpreendeu ao propor uma música com nuances que pedem tempo ao ouvinte. É um pop experimental com referências de dubstep, minimal e soul. Mas, claro, o que comove o público que colocou o jovem de 23 anos ao posto de mais original artista independente dos dias de hoje foram suas melodias melancólicas. [Paulo Floro]

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BON IVER – Bon Iver

Neste seu tra­ba­lho homô­nimo, Justin Vernon segue uma tra­je­tó­ria recente de sucesso. As letras fica­ram ainda mais con­fes­si­o­nais, na mesma linha deli­cada do indie-folk, agora com algum toque de synth-pop. Neste novo disco, Vernon refor­mou um antigo con­sul­tó­rio vete­ri­ná­rio em estú­dio, como parte de sua carac­te­rís­tica excên­trica que tam­bém serve para ren­der alguma mídia.

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BEYONCÉ – 4

Um álbum ousado, com muitas baladas em destaque, 4 teve um número de vendas bem menor que as incríveis 7 milhões de cópias de I Am… Sasha Fierce. Nenhum dos singles chegou ao top 10 americano, algo inédito na carreira da cantora. No entanto, é um disco extremamente rico em arranjos, explicita a versatilidade da voz de Beyoncé, e contém letras de força excepcional. Recebeu críticas favoráveis em geral na imprensa especializada. O registro da nova turnê, Live at Roseland: Elements of 4, é impecável, sendo um dos melhores do ano. [Marco Vieira]

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M83 – Hurry Up, We’re Dreaming

Mais ele­trô­nico, este Hurry Up, We’re Dreaming é o tra­ba­lho mais inte­res­sante de Gonzalez que con­se­guiu criar uma tri­lha sonora sobre sonhos um tanto pre­ten­si­osa, mas con­vin­cente. São mais de uma hora e meia de melo­dias gran­di­lo­quen­tes, cheias de pro­fun­di­dade.

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Foto: Ariel Martini

10
RÔMULO FRÓES – Um Labirinto Em Cada Pé

Rômulo Fróes já disse que fazia um samba triste. Sua originalidade em trazer novidades a um gênero que há tempos seguia estagnado o transformou num dos artistas mais importantes para a renovação da música brasileira nos últimos anos. Este último álbum traz as peculiaridades de Rômulo, como as letras nonsense.

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GANG GANG DANCE – Eye Contact

Liderado pela voca­lista Liz Bougatsos, a pro­posta des­ses nova-iorquinos é aquela típica via­gem expe­ri­men­tal cheia de cama­das, aqui com gran­di­o­si­dade. Revelados na blogosfera, o grupo ousou na construção das batidas em propor um disco extremamente dançante, com ecos de bate-estaca, ritmos orientais e acho que até mesmo um tecnobrega (ok, apelei).

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ATLAS SOUND – Parallax

Bradford Cox sintetizou o experimentalismo de “Bedroom Databank” em um CD grande, ainda melhor que “Logos”, de 2009. O colapso nervoso do prolifico autor rendeu faixas, como dizer, “inirotuláveis”. Passeia pelo pop, surf rock, folk, eletrônico, psicodelia e deixa uma coleção de belas músicas como “The Shakes”, “Te Amo”, “Mona Lisa” (que já era espetacular no “Bedroom”), “Angel Is Broken” e “Terra Incognita” [Juliana Simon]

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07
WADO – Samba 808

Em Samba 808, Wado vai bem do início ao fim – e, como se não bastasse, ainda capricha na distribuição: o álbum pode ser baixado gratuitamente no site do cantor. As faixas passam pelo samba, funk e progressivo, e a criatividade rola solta com as participações de Chico César, Curumim e Abujamra, já conhecidos por criar músicas diferentes. Se o Wado pergunta: você quer ter razão ou ser feliz? Nesse disco, ele responde que não promete, apenas faz os dois quando o assunto é qualidade e experimentação. [Juliana Dias]

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06
DRAKE – Take Care

As com­po­si­ções deste álbum mos­tram que o rap­per vol­tou ainda mais con­fes­si­o­nal, e mais uma vez, pas­sando longe dos cli­chês temá­ti­cos do gênero. Em alguns momen­tos, chega a ser até depres­sivo, deses­pe­ran­çoso. Bem longe da auto-suficiência e ego­la­tria que cos­tu­ma­mos ouvir no Hip Hop. [Paulo Floro]

PJHarvey

05
PJ HARVEY – Let England Shake

Fevereiro nos presenteou com mais uma obra da PJ Harvey. A cantora, que é compositora e agora se aventura nas artes visuais, não esqueceu de colocar boa parte do seu talento no álbum Let England Shake. De conteúdo político, ele fala do Iraque e do Afeganistão, sem esquecer da terra natal de PJ, a Inglaterra. Tem ritmo: é forte, sem perder a ternura. Marca a trajetória de PJ: por meio dele, a multiartista se reiventa com maquiagem e elementos tribais que remetem à guerra, fechando a uniformidade entre música e interpretação. Um presente para os críticos, sem esquecer dos fãs. [Juliana Dias]

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04
KANYE WEST & JAY Z – Watch The Throne

Dois gênios da música dos dias atuais se uniram em um álbum maduro, que reflete mais sobre a condição de experimentar o poder aquisitivo, ser influente, conquistar tudo que jamais se esperou e… não se dar por satisfeito. [Rafaella Soares]

The Weeknd Initiation

03
THE WEEKND – House Of Balloons

O canadense Abel Tesfaye ousou ao transformar o ritmo R&B, mais voltado para uma proposta sensual e romântica em um disco cheio de experimentalismo, com ambient, pop e eletrônico. Ao mesmo tempo que alterou a forma, o projeto The Weeknd ainda chamou atenção por suas faixas melancólicas e sotunas. Melhor surpresa de 2011. [Paulo Floro]

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02
CRIOLO – Nó Na Orelha

Trabalhando com os gêneros reg­gae, soul e até brega, Criolo deu ao rap nacional um destaque perdido. Com um apelo pop, ele chamou atenção por diversificar o discurso, criando interesse em públicos que nunca se relacionaram com o universo do Hip Hop. Maior destaque nacional do ano.

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DESTROYER – Kaputt

Se Destroyer fosse uma bebida, seria champanhe: Veuve Clicquot, de preferência. Climas, atmosferas, e a presença hipnótica de saxofone são a combinação perfeita para letras que descrevem fictícias Chinatown ou uma noite selvagem na ópera. Hedonismo muito fino. [Rafaella Soares]