Melhores 2008: Top 100 Músicas

Desde que resolvemos eleger não as 50, como nos anos anteriores, mas as 100 melhores músicas do ano, aumentou o risco. Não de errar, porque, certamente, ninguém entrou aqui por acaso. Mas o risco de esquecer alguém mesmo. Afinal, ativando a nossa megalomania, cem posições são cem músicas, muitas e ao mesmo tempo tão poucas.

Se levarmos em conta que um bom disco (e não sejamos pedantes, pois tivemos sim grandes discos esse ano. Confira na lista de disco e discutamos depois) tem pelo menos duas ou três músicas que realmente valem a existência do “repeat” nos mp3 players, fica realmente complicado elencar as melhores músicas.

Mesmo que sejam 100. Mas, mais que questionar colocações, o que mais valeu aqui é fazer valer o nome “pop” que a Revista O Grito! carrega no seu slogan. Sem contra-indicação nenhuma entre o 1 e o 100.

Textos por Talles Colatino, Paulo Floro, Eduardo Carli, Mariana Mandelli e Gabriel Gurman

ladytron stephane gallois
A banda Ladytron

100
VIOLINS – A Guerra Santa

A banda se desfez em agosto deste ano, mas não sem antes lançar um dos seus melhores discos, de onde tiramos esta música. Com cinco discos lançados, quase todos irrepreensíveis, o Violins construiu uma carreira sólida que vai deixar saudades.

[audio:http://freedownloads.last.fm/download/168719736/A%2BGuerra%2BSanta.mp3]

99
POCILGA DELUXE – Paris É Uma Festa

André Balaio montou com seus amigos um nova banda depois de construir uma carreira no underground do Recife. Com um EP, Aurora, lançado este ano e show no Coquetel Molotov, a banda promete conseguir em 2009 bem mais do que o intuito inicial: se divertir.

[audio:http://www.coquetelmolotov.com.br/pt/downloads/Pocilga_Deluxe_-_Paris_e_uma_festa.mp3]

98
ROBYN – Cobrastyle

A sueca Robyn construiu uma carreira confortável dentro do pop, indo do hit teenager ao namoro com bons produtores. Com isso ela se inflitra entre as pistas de danças descoladas e as paradas de sucesso. Essa sua versão para o sucesso dos também suecos Teddy Bears é irresistível como toda boa música pop.

[audio:http://awmusic.ca/1/mp3/Robyn%20-%20Cobrastyle.mp3]

97
LADYTRON – Ghosts

A banda não fez nada muito diferente do que já conhecemos, mas a atmosfera onírica e romântica da banda está bem representada nesta faixa. Mesmo com uma levada triste no teclado, o Ladytron consegue fazer dançar, além de marcar o ouvinte com um refrão pegajoso.

[audio:http://bonafidedarling3.googlepages.com/Ladytron-Ghosts.mp3]

96
BECK – Gamma Ray

Beck anunciou com “Gamma Ray”, a volta àquele seu folk esquisito, que convida o ouvinte à dancinhas desajeitadas. Depois de uma carreira que mesclou hits dos mais variados estilo, Beck emplacou essa música nas paradas e nos iPods de todos, apesar de ter lançado um disco que está bem distante de seus melhores momentos.

[audio:http://www.saladdaysmusic.net/MP3%27s/7-8-08/7-8-08/beck_-_gamma_ray.mp3]

95
SEYCHELLES – Sanguessuga

Em seu segundo álbum, a banda paulista liderada por Gustavo Garde fez um petardo conceitual que pode assustar à primeira audição – tem influências de música clássica, por exemplo – mas não deixa de revelar seus bons momentos a partir da convivência que promove com um ouvinte. “Sanguessuga” é uma das mais divertidas, mas há mais a se descobrir no disco.

[audio:http://tramavirtual.uol.com.br/mp3PlayerW.jsp?id_musica=267876]

94
BE YOUR OWN PET – Black Hole

Outra banda que anunciou o fim este ano causou uma polêmica ao ter duas músicas de seu disco ameaçadas de censura, simplesmente por serem pesadas demais. “Black Hole” realmente surpreende por sua violência, mas não é motivo pra tanto ‘pantim’.

[audio:http://dl-client.getdropbox.com/u/44872/02%20Black%20Hole.mp3]

93
ZECA BALEIRO – Toca Raul

Inspirado em suas noite caliente do “Baile do Baleiro”, o compositor maranhense manda um aviso bem-humorado a todos aqueles malas que durante os shows gritam o famoso “Toca Rauuuuuuul”. Impagável pepita deste excelente primeiro volume de seu Coração do Homem-Bomba.

92
T.I. feat. RIHANNA – Live You

T.I. quer nos ensinar que a vida é nossa e a gente faz dela o que bem entender. Para isso ele juntou aquele comecinho estranho (leia-se “mairarrí, mairarrú, mairarrá…”) da “Festa do Apê” do Latino, um bocado de “yo, yo” dos manos e uma mina, Rihanna. E dessa estranha, para não dizer indigesta, receita nasceu o rap chicletudo “Live You Life”. O discurso é aquele do “você pode, você consegue”, no melhor estilo “Beautiful” de Christina Aguilera de ser. Mas cada um nas suas devidas proporções, né? Afinal, sair do poço pra T.I. é ir longe, com carros importados e roupas extravagantes. Mas longe da gente condenar.

91
CUT COPY – So Haunted

A banda choca pelo passeio que faz entre o rock dos anos 90 – dá pra ouvir um shoagazer escondido em algumas faixas – e o dance primal e dançante. “So Haunted” engana pelas guitarras, mas é uma pura e simples aula de diversão numa pista.

hardcandyback
Madonna garantiu um lugarzinho no Top 100

90
MADONNA – Miles Away

Com um disco irregular, Madonna mostrou que ainda manda bem nas baladas – afinal, a fórmula foi praticamente inventada por ela. Mas, com uma turnê milionário e uma estrondosa passagem pelo Brasil, a repercussão do disco Candy Shop é o que menos importa.

[audio:http://www.snapdrive.net/files/511334/15%20Madonna%20-%20Miles%20Away.mp3]

89
COLDPLAY – Viva La Vida

O medo de um disco conceitual do Coldplay caiu por terra com singles tão bons e músicas que relembram o pop redondo que os ingleses faziam no início da carreira. Nem a maletice do seu líder Chris Martin ameaçou o sucesso do álbum.

[audio:http://awmusic.ca/1/mp3/Coldplay%20-%20Viva%20La%20Vida.mp3]

88
LADY GAGA – Just Dance

Ela estava numa festa, bebeu todas, se esfregou em todo mundo, dormiu, acordou, não lembrava mais onde estava. E nada disso interessa quando o que importa de verdade é se acabar na pista. O que parece o enredo de um livro de Clarah Averbuck é, na verdade, o universo freak de “Just Dance”, primeiro single da igualmente freak Lady GaGa. A entidade (procure uma foto da bela e entenda o motivo) conseguiu emplacar o hit em quase todos os países da Europa, apesar de não ter conseguido o mesmo feito na América. Mas quem se importa? Lá ou cá, a ordem é “just dance”.

87
THESE NEW PURITANS – Elvis

Sensaçãozinha da cena inglesa, o These New Puritans balançou as pistas de dança no começo do ano com essa mistura de rock e eletrônica. Mais legal são os remixes surgidos na esteira do sucesso da faixa, mas o mérito mesmo é do quarteto.

[audio:http://itsnotforthecock.dlpwd.co.uk/wp-content/uploads/2008/10/elvis.mp3]

86
DJ /RUPTURE

Ekkehard Ehlers “Plays John Cassavettes pt. 2″

O mix Uproot mostrou o poder que o produtor e DJ Jace Clayton, mais conhecido como DJ /Rupture conseguiu na cena eletrônica. O sucesso do disco pode apontar para uma popularização do dubstep, gênero que transita com facilidade.

[audio:http://www.nialler9.com/blog/media/DJ%20_rupture_Uproot_12_Plays%20John%20Cassavettes%20pt.%202_%20Ekkehard%20Ehlers.mp3]

85
BRITNEY SPEARS – Womanizer

Não bastou Britney dar a volta por cima, ela precisou criar um hino de superação e auto-estima como esse “Womanizer”. Mais do que Blackout, seu disco anterior, que focava nas suas mazelas para construir seus hits, este novo álbum traz apenas catarses, como esta canção. Muita voz de robô, batidas secas e um refrão pegajoso; tudo o que as pessoas esperam de Britney.

[audio:http://prettymuchamazing.com/podpress_trac/web/2484/0/britney-spears-womanizer.mp3]

84
TIN TINGS – That’s Not My Name

Hit absoluto no mundo inteiro, a dupla Tin Tings que começou como um projeto despretensioso conseguiu público até entre fãs da novela Malhação. “That’s Not My Name” é a mais conhecida, e talvez a mais dançante, mas o disco todo é um desfile de hits como há muito não se via.

[audio:http://awmusic.ca/1/mp3/The%20Ting%20Tings%20-%20Thats%20Not%20My%20Name.mp3]

83
KEANE – Perfect Symmetry

Apesar de no seu mais recente trabalho, o Keane tentar travestir sua melancolia em melodias mais vigorosas (e se dar bem com isso em alguns momentos), “Perfect Symmetry” é um bom momento que remete aos trabalhos anteriores da banda sem fazer feio, com uma letra interessante sobre o papel do ser humano nesse mundo tão louco: “Essa vida é vivida em simetria perfeita / O que eu faço / Será feito para mim”.

[audio:http://www.fileden.com/files/2008/10/7/2133482/perfectsymmetry.mp3]


82
LITTLE JOY – Brand New Start

Melhor música do melhor dos últimos lançamentos de 2008, “Brand New Start” é daquelas músicas que ficam grudadas nas nossas cabeças e nos faz pensar de que, caso as rádios só tocassem músicas boas de verdade, estaria liderando as paradas do mundo inteiro. Agora é aguardar janeiro e ver como funciona este inspirado trio, ao vivo.

[Download]

81
BOB DYLAN – Someday baby

Conhecido por alterar o andamento e até as letras de suas músicas em seus shows, um disco de Bob Dylan com versões raras de suas músias é sempre um prato cheio para seus apreciadores. No oitavo volume da série de Bootlegs, no caso intitulado Tell Tale Signs, o americano transformou a blueseira e com riff pegajoso “Someday Baby” em um country no melhor estilo Johnny Cash. Ponto para ele! Mais uma vez…

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/LP11.17/top%2010/Bob%20Dylan%20-%20Someday%20Baby.mp3]

foals
O indie-rock teen do Foals

80
PANIC AT THE DISCO – Nine At The Afternoon

Ninguém duvida que o Panic At The Disco conseguiu superar a pecha de banda emo que o perseguia. Agora ninguém duvida que os garotos tem sensibilidade e uma boa produção para liderarem o pop rock americano no mainstream.

[audio:http://www.fileden.com/files/2008/5/28/1933373/Panic%20At%20The%20Disco%20-%20Nine%20In%20The%20Afternoon.mp3]

79
FOALS – Cassius

Não poderíamos ignorar o hype do Foals nesta lista. Apesar do disco estar um pouco distante de todo o merecimento e destaque que recebeu, “Cassius” tem o que importa em todo bom hype: urgência, ritmo, batidas viciantes. E nisso os garotos acertaram.

[audio:http://www.likesounds.com/wp-content/uploads/2008/10/cassius.mp3]

78
WEEZER – Porks and Beans

Se “Porks and Beans”não existisse, o último disco do Weezer, homônimo, mas conhecido como Red Album, seria uma decepção completa. Vale destacar ainda a excelente idéia de seu clipe, que convocou várias “estrelas” do You Tube para contracenar com os sempre bem-humorados integrantes da banda.

[audio:http://www.gramotunes.com/37_Weezer_Pork_and_Beans.mp3]

77
COMUNIDADE NIN JITSU – Sem Vacilar

A volta da CNJ não encontrou a repercussão que esperavam – e mereciam. Mas “Sem Vacilar”, lançada como single conquistou outras platéias. Ganhou inclusive remix do grupo de electro house da Suécia, The Touch.

[audio:http://www.cnj.com.br/semvacilar/sem_vacilar.mp3]

76
LILY ALLEN – The Fear

A queridinha do pop inglês (e de todos nós, por que não?) lançou há pouco este primeiro single de seu futuro disco, a ser lançado no início de 2009. Na música, Lilly canta “quero ser rica / quero ter um monte de grana / não ligo para inteligência / não ligo para a graça” mas, irônica ou não, Lilly pode ter certeza que, em 2009, encherá – e muito – seus bolsos.

[audio:http://www.mediafire.com/file/yzaddzukmwz/lily%20allen%20-%20the%20fear.mp3]

75
CRYSTAL CASTLES – Love and Caring

Música mais violenta da dupla, “Love and Caring” mistura barulhinhos anos 80 e muitos gritos. A mais pesada música do álbum homônimo do Crystal Castles mostram que eles guardam surpresas em cada faixa.

[audio:http://www.thecultureofme.com/mp3/crystal-castles_love-and-caring.mp3]

74
VITOR ARAUJO – Paranoid Android

Vendido como um prodígio da nova geração, o músico pernambucano, Vitor Araújo é um enigma pop. Com apenas 19 anos tem a virtuose no piano, tocando clássicos eruditos ao mesmo tempo que faz um ponte com o hit do Radiohead, “Paranoid Android”. Com o polêmico DVD gravado no Teatro de Santa Isabel, Vitor ficou conhecido por sua incrível presença de palco e sua empatia nada reverencial ao instrumento.

[Download]

73
DAVID BYRNE & BRIAN ENO – Strange Overtones

A dupla voltaram a se reunir este ano para causar um pequeno rebuliço com o disco independente Everything That Happens Will Happen Today. O que só reforça as excentricidades da dupla. A música ficou disponível para download no site exclusivo criado para o disco.

[audio:http://www.digitalwell.washington.edu/dw/1/51/7f/7f9f9293-1555-436f-9d52-8c7d8ae2af36.mp3]

72
AIMEE MAN – Freeway

Mantendo o tom confessional, Amy entrega nesta canção refrões pegajosos, que por vezes lembram a sonoridade dos Pixies. “And everything I do is wrong…/But at least I’m hanging on”, diz a letra, que leva o ouvinte a uma empatia automática com a música.

[audio:http://earbuds.popdose.com/pykorry/Aimee%20Mann-Freeway.mp3]

71
JÚLIA SAYS – Mohamed Saksak

A dupla pernambucana foi com pressa ao sucesso na cena indie. Primeiro lançaram a música no MySpace, depois o clipe. Logo já tinham EP pela Bazuka Records, do Coquetel Molotov. Depois estavam no palco do Rec Beat, e no final estavam no festival No Ar. Batida e letra que ficam na cabeça, resta saber o que 2009 reservam aos meninos.

[audio:http://media.trama.com.br/tramavirtual/mp3/m_45/227349.mp3]

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A banda Los Campesinos

70
LOS CAMPESINOS! – We Throw Parties, You Throw Knives

O Los Campesinos fazem um roquezinho instigante, mas ainda assim muito preso ao indie-rock dançante. Esta faixa tirada do primeiro single lançado pela banda mostra o quanto esses universitários de Cardiff conseguem manejar as conhecidas fórmulas do indie rock adolescente.

[audio:http://www.michaelbeijer.com/image/sb/Los%20Campesinos%20-%20We%20Throw%20Parties,%20You%20Throw%20Knives.mp3]

69
MALLU MAGALHÃES – Tchubaruba

Na carreira de Mallu Magalhães, nenhuma música é tão representativa quanto “Tchubaruba”. Mais do que uma canção que conquistou um inesperado sucesso via MySpace e foi quase um cartão de visitas da pequena cantora, ela se tornou um neologismo, uma situação. Agora, todos podem dizer que estão, assim, “Tchubaruba”

[Download]

68
KANYE WEST feat. Dwele – Flashing Lights

Este single estava presente no disco Graduation, lançado ano passado, mas explodiu esse ano com um clipe sensual. A música tem uma batida lasciva, mas ao mesmo tempo depressiva. Coisas que só Kanye consegue fazer no hip hop.

[audio:http://queijoderretido2.no.sapo.pt/09-kanye_west-flashing_lights_%28ft._dwele%29-osc.mp3]

67
PORTISHEAD – Silence

De todas as faixas de Third, terceiro disco do Portishead, “Silence” diz muito aos fãs portugueses e brasileiros da banda. A faixa de abertura do disco, ela abre com três frases em português, um vocal meio assustador que na verdade se trata de um mantra wicca. Música mais bombástica para a banda, pois anunciava em grande estilo seu retorno após mais de 10 anos afastada do mundo pop.

[audio:http://www.box.net/shared/static/ti1hrrc81n.mp3]

66
ANIMAL COLLECTIVE – Water Curses

Ritmo frenético e efeitos vibrantes transformam a faixa que dá nome a um dos mais novos EPs do Animal Collective em uma espécie de ode à exuberância do experimental. Quem conferiu a performance da banda por aqui, no Planeta Terra, sabe que distorcer sons e confundir os ouvidos com uma intensa instrumentação é de praxe para a banda

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/LP12.8/Wednesday/top%2010/Animal%20Collective%20-%20Water%20Curses.mp3]

65
LIKKE LI – Dance Dance Dance

A sueca Likke Li é doce, um tanto enigmática e conquistou o coração de várias escalas do pop. “Dance Dance Dance” tem um ritmo que ameaça mudar a qualquer momento, mas leva o ouvinte a um clima intimista, mas não sem antes causar muita tensão. Mas uma tensão gostosa.

[audio:http://www.gramotunes.com/02_Lykke_Li_Dance_Dance_Dance.mp3]

64
MARCELO CAMELO – Doce Solidão

“Doce Solidão” mostra o resumo do estilo criativo do Hermano Marcelo Camelo. Clima de sofreguidão, frescor pop e alguma erudição nas letras. Se renova ou não a MPB, ao menos não se iguala a ela, nem tão pouco se afasta.

[audio:http://www.archive.org/download/MusicaSocial-MC2008/MC-DoceSolidao.mp3]

63
AIR FRANCE – Collapsing At Your Doorstep

Outra surpresa da Suécia, o Air France trouxe paisagens de sonho com um EP lançado no meio deste ano. Música eletrônica cheia de notas quebradas, vozes de crianças e um leve tom de felicidade no final.

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/LP12.8/Wednesday/top%2010/Air%20France%20-%20Collapsing%20at%20your%20Doorstep.mp3]

62
ANTONY AND THE JOHNSONS – Another World

Aos poucos, Antony Hegarty anuncia seu aguardado novo disco. Seja com um EP lançado discretamente no final do ano, seja com shows seletos em Nova York. Por “Another World”, já podemos antever que o sucessor de I Am A Bird Now tem tudo para ser perfeito.

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/LP12.8/Wednesday/top%2010/Antony%20and%20the%20Johnsons%20-%20Another%20World.mp3]

61
SWEET FANNY ADAMS – Hate Song # 03

2008 foi um ano excelente para o SFA, do Recife. Show no Abril Pro Rock, turnê por festivais pelo país e um segundo EP. “Hate Song # 03” tem a urgência de um legítimo indie-rock dançante pontuado por uma boa produção e, claro, o velho frescor da juventude, principal charme da banda.

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Guizado, principal pensante da nova geração de músicos brasileiros

60
GUIZADO – Vermelho

Figurinha articulada no meio indie, Gui Mendonça orquestra a trilha sonora da nova geração de músicos brasileiros, que ainda tem no bojo, Céu e Curumin. “Vermelho” é a melhor representação dessa atmosfera urbana que embriaga a veia criativa da nova cena.

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59
RELESPÚBLICA – Homem Bomba

“Homem Bomba” mostra a grande influência do rock paulistano, principalmente do IRA!, que esta banda curitibana apresenta em seu mais novo álbum, Efeito Moral. Com guitarras nervosas e letra idem, o power trio mostra porque é considerada uma das melhores bandas do (verdadeiro) rock brasileiro atual.

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58
BON IVER – Skinny Love

Justin Vernon trouxe admiração e perplexidade com seu disco, For Emma, Forever Ago, pela contudência das canções. “Skinny Love” tem essa aura mística, de provocar um sentimento melancólico. Ninguém sabe dizer se isso é bom ou ruim.

[audio:http://fuelfriendsblog.com/listenup/Favorite%20Albums%202008/03%20Skinny%20Love.mp3]

57
LOVE IS ALL – Wishing Well

Revelação de dois anos atrás, os suecos do Love Is All retornaram este ano sem a mesma força criativa (estão ficando muito adultos), mas souberam tocar o passado com este “Wishing Well”, com o estilo desleixado-caótico do disco anterior.

[audio:http://downloads.pitchforkmedia.com/Love%20Is%20All%20-%20Wishing%20Well.mp3]

56
MIA – Shells

MIA não lançou disco nenhum este ano, mas não parou quieta. Na semana anterior às eleições norte-americanas para presidente, ela aproveitou para soltar música e videoclipe que fala desse momento político. Democrata não-declarada, conseguiu com “Shells” emplacar uma música na coletânea de artistas apoiadores de Obama.

[audio:http://www.mediafire.com/file/4qmztgyzqfm/mia%20-%20shells.mp3]

55
KINGS OF LEON – Sex On Fire

A boy band mezzo-caipira mostraram que por trás dos cabelos lisos e caras de modelos se esconde uma banda relevante. Mas eles demoraram. Only By The Night é o melhor disco da banda e “Sex On Fire” mostra o quanto eles conseguem fazer música pop bebendo de suas origens, mesmo que um pouquinho inventadas.

[audio:http://www.musicisart.ws/music/nov/kings.mp3]

54
DUFFY – Mercy

Duffy chorou todas as lágrimas possíveis neste 2008. Se humilhou, pediu perdão e ainda arrumou tempo para se vender como uma nova diva do soul. Quase consegue. Mas hits como “Mercy” a deixarão na lembrança pop de muita gente.

[audio:http://lemerrethibaut.free.fr/Duffy%20-%202008%20-%20I%20Am%20Duffy/01%20-%20Mercy.mp3]

53
WOLF PARADE – Call It A Ritual

Conhecidos na cena alternativa da América do Norte, o Wolf Parade tem uma produção regular, sem nenhum grande hit, sem nenhum disco popular, mas tem em cada música uma idéia interessante. “Call It Ritual” é isso, mais uma música bacana do WP, de um disco quase sem nenhum defeito. Não é pouco.

[audio:http://subpop.com/assets/audio/4274.mp3]

52
THE DODOS – Fools

Pequeno fenômeno indie este ano, The Dodos chamou atenção pelo tom caótico impresso em cada faixa. Uma hora, muita gritaria, em outra, um levante que mais se assemelha a uma marcha. “Fools” tem os dois, uma cadência cativante, quase punk.

[audio:http://www.gramotunes.com/36_Dodos_Fools.mp3]

51
MGMT – Time To Pretend

Explosão hipster do ano. Som que influenciou moda e comportamento. Isso é talvez o que será dito do MGMT no futuro. “Time To Pretend” é talvez o hino de uma geração que, ao mesmo tempo em que se isola em seus PC’s e Macs se sente impelido a partir em uma viagem interior e a um maior contato com a natureza.

[audio:http://www.speedofdark-web.com/speedofdark/2008/Best/MGMT-01-Pretend.mp3]

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Catarina, durante show no No Ar: Coquetel Molotov

50
CATARINA – Sarará

Pisar na bola todo mundo pisa um dia. Mas pisar sempre não tem quem agüente. Em “Sarará”, Catarina Dee Jah pede para que o vacilão tente, ao menos uma vez “estacionar na vaga da vez”, já que “um Derby e um quarto de cana são coisas pequenas” para convencer o bonito. No escracho way of music, a cantora e DJ olindense brindou o público esse ano com sua carreira atrás de um microfone, que trouxe de brinde esse impagável tecno-brega.

49
THE MOUNTAIN GOATS – Sax Rohmer # 1

O mito John Darnielle retornou este ano e trouxe boas pérolas do lo-fi, no disco Heretic Pride. “Sax Rohmer # 1” é quase declamado em versos até desbancar num refrão cantado num vocal agoniado.

[audio:http://www.instrumentalanalysis.net/assets/music/nov08/The%20Mountain%20Goats%20-%20Sax%20Rohmer%20No.%201.mp3]

48
JOÃO DO MORRO – Papa Frango

Artista mais polêmico do ano, João do Morro surgiu como um fenômeno em sua própria freguesia – subúrbios e arredores de Casa Amarela, no Recife – até ser descoberto pela imprensa local. “Papa Frango” causou histeria por parte de um grupo gay que processou o autor. Um samba de vigor, a música, assim como outras do disco fala de um cotidiano da periferia com um olhar aguçado que poucos artistas têm.


47
GOLDFRAPP – A&E

A inglesa Goldfrapp começou sua jornada como vocalista convidada de artistas de peso da eletrônica (como Tricky e Add N To X), mas hoje já possui o status de uma cantora-compositora de respeito, que chegou a seu quarto álbum solo se sedimentando em seu nicho. “A&E”, um dos destaques de seu último disco, é bem característica da escolha que ela fez de soar cada vez mais sussa e desacelarada nas batidas. Aqui, Alison Goldfrapp espalha sua voz grave e sexy soando como uma herdeira do trip hop flertando com uma sonoridade quase new age – se bem que adaptada para a era eletrônica. Ela ainda precisa quebrar muito o coração para chegar aos pés de ser uma Beth Gibbons, mas compôs um belo chill-out, daqueles pra ficar numa bowa chegando em casa depois da balada.

[Download]

46
COOL KIDS – What Up Man

Este duo de Hip Hop de Michigan lançou um dos mais interessantes trabalhos deste ano. “What Up Man”, que abre o disco, denota o caráter experimental que passou meio longe do gênero esse ano.

[audio:http://www.test-pilots.com/mp3s/The%20Cool%20Kids%20-%20What%20Up%20Man.mp3]

45
ZECA VIANA E A ONOMATOPÉIA BUM – Doutor Ervilha

Grata surpresa do Coquetel Molotov, a banda formada pro Zeca Viana, integrante do Volver e a Onomatopéia Bum, a dupla de irmãs Egito trouxe um frescor dos anos 60, mas dessa vez sem muita inocência. “Doutor Ervilha” é um conto psicodélico sobre um homem e seus desejos.

44
MOSCOW OLYMPICS – What Is Left Unsaid

Outro hype a aparecer na lista. Desta vez, uma banda que veste a carapuça de ter copiado descaradamente a sonoridade shoegazer dos anos 1990. “What Is Left Unsaid” é quase um decalque de uma outra época, mas ainda assim é um hit irresistível.

[audio:http://mineorecords.com/mp3/moly-wha.mp3]

43
GNARLS BARKLEY – Who’s Gonna Save My Soul

A música que rendeu um dos video-clipes mais sensacionais do ano, em que um coraçãozinho ensanguentado é posto num prato e depois desfila por uma lanchonete fazendo karaokê, é uma das pérolas do segundo disco do duo formado pelo DJ Dangermouse e pelo cantor Cee-Lo Green. É uma pungente balada que remete a mestres da música negra romântica como Al Green e Bill Withers. Se a pergunta dolorosa que o eu lírico faz – “quem vai salvar a minha alma?” fica sem resposta, nós ouvintes pelo menos temos certeza da resposta à questão: “quem, em 2006, salvou o nosso soul?”

[audio:http://downloads.betterpropaganda.com/music/Gnarls_Barkley-Whos_Gonna_Save_My_Soul_128.mp3]

42
SHEARWATER – I Was A Cloud

Jonathan Meiburg e Will Sheff, integrantes do Overkill River, criaram com o Shearwater o que chamam de Psych Folk. “I Was A Cloud” é a música certa para entender o que significa, uma viagem pelo inconsciente ao mesmo tempo melancólica e fria.

[audio:https://www.yousendit.com/download/Q01GZFhveDM5eFZFQlE9PQ]

41
JOÃO BRASIL – Mia Too Sexy In The Bathroom

O “mito” João Brasil colocou M.I.A. para conversar com o pop-trash e o resultado é um delicioso mash-up que nos diz bem mais que qualquer música do Girl Talk.

wolfparade
Os canadenses do Wolf Parade, que conseguiram dois lugares no Top 100

40
WOLF PARADE – Bang Your Drum

Nesta faixa, a característica mais marcante do Wolf Parade: a voz desafinada do Spencer Krug. “Bang Your Drum” é a mais bizarra das baladinhas de 2008, mas talvez a mais interessante.

[audio:http://cfaron.googlepages.com/04-wolf_parade-bang_your_drum.mp3]

39
THE WALKMEN – In The New Year

Walkmen voltam melodramáticos neste ano. “In The New Year” retoma a veia cheia de afetação do disco anterior. Tem inclusive, os arroubos quase escandalosos, que por vezes, lembram “The Rat”, maior hit deles.

[audio:http://www.box.net/shared/static/6lpao2ypol.mp3]

38
THE LAST SHADOW PUPETTS – The Age Of The Understatement

Quem disse que Alex Turner se contentaria em ser, aos 20 anos, um dos maiores artistas da Inglaterra? O disco do seu projeto paralelo, The Last Shadow Puppets, não trouxe nenhuma novidade ao DNA criativo já conhecido, mas gerou hits interessantes como este “The Age Of The Understatement”.

37
KATY PERRY – I Kissed A Girl

Quando beijar uma garota já não é nenhuma transgressão, a ex-gospel Katy Perry consegue se vender ao mercado com sua pose de Lolita moderna. A música, apesar da letra gerou incontáveis remixes além de ser viciante ao extremo.

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36
OF MONTREAL – Id Enganger

A banda nem se encostou da quase-perfeição que foi seu disco anterior, Hissing Fauna, Are You The Destroyer, mas “Id Enganger” carrega o espírito caótico que fez a banda ganhar uma aura mítica no submundo indie dos EUA.

35
ESTELLE feat. Kanye West – American Boy

Estelle, inglesa, conquistou o coração dos americanos e de rappers como Kanye West neste hit absoluto das pistas de dança. Sua aura soul carrega uma beleza e saúde que contrasta com Amy Winehouse, da qual a comparam bastante. Mas sua verve é outra, e seu caminho traçado – mais pop e aberto a participações de outros gêneros – é outro.

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34
DR. DOG – The Breeze

Esta banda da Philadelphia gastou tantas referências em seu disco, Fate, que talvez tenha dado certo. “The Breeze” é uma das músicas do desfile de hits que é o disco.

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33
CHAMBARIL – A Sério

Instrumental, a nova música do Chambaril lançada este ano mais parece uma trilha sonora de um curta expressionista. Passado em Recife, claro. Chama atenção pelas vozes e risos que permeiam toda a faixa e a instiga de Cláudio N. em sempre experimentar.

32
TV ON THE RADIO – Golden Age

A utópica promessa da “era dourada” vem numa curiosa mescla de gospel, rap e eletrônica que soa como uma das coisas mais palatáveis do álbum “Dear Science”, coroação do TV On The Radio como uma das bandas mais brilhantes desta geração. A música soa ao mesmo tempo como homenagem ao pós-punk dançante dos Talking Heads e uma experiência rítmica que remete a bandas mais recentes como o The Rapture ou o Kasabian. Quanto à temática, ela nos leva a pensar: talvez é isso o que significa ser hippie em 2008, ressuscitando a um certo Verão do Amor que, dizem eles, vem chegando a passo certeiro. “Love’s Light is Laughter”, cantam, ao mesmo tempo serenos, otimistas e soando como rebeldes felizes de uma justa causa. No rádio, é como você assististisse TV – e o programa é assim: colorido, caleidoscópico, cosmopolita e dotado de um estranho tipo de beleza.

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31
OVERKILL RIVER – Lost Coastlines

A banda pode carregar um mote menos adolescente, mas é inegável que “Lost Coastlines” abandona um pouco essa pecha de banda “adulta”. Guitarras e boa produção contudo não abandona o grupo.

mallu e marcelo
O casal Marcelo e Mallu

30
MARCELO CAMELO e Mallu Magalhães – Janta

Depois da confirmação do romance entre Marcelo Camelo e Mallu Magalhães, a música “Janta” pode até soar jocosa ou até um trocadilho maldoso. Mas se trata da melhor música do disco do Hermano, justamente pela presença da moça. A voz dela não é muito boa, mas o que importa é o espírito.

[audio:http://sonora.terra.com.br/promocion/marcelocamelo/JANTA.mp3]

29
VAMPIRE WEEKEND – Cape Cod Kwassa Kwassa

Nada mais que um acorde bobo de guitarra e um irresistível pandeiro e bateria malemolente. São esses mistérios que fazem o Vampire Weekend uma das bandas mais interessantes do ano. “Cape Cod Kwassa Kwassa” tem essa malemolência.

[audio:http://nastypanda.com/wp-content/04%20Cape%20Cod%20Kwassa%20Kwassa.mp3]

28
LIL WAYNE – A Mili

De um disco cheio de boas idéias, “A Mili” é a mais corajosa. Lil Wayne rima por cima de um verso dito sem parar, que nada mais é que o nome da música.

[audio:http://prettymuchamazing.com/wp-content/uploads/2008/07/mygayhusband-a-milli-mgh-edit.mp3]

27
KANYE WEST – Love Lockdown

Foi com “Love Lockdown” que Kanye West anunciou ao mundo que caminha para o futuro onde deixará de ser um rapper visionário para se transformar num dos maiores artistas pop do mundo. A faixa traz batidas afro e um vocal vocoder que aos poucos vai se tornando marca de Kanye.

[audio:http://awmusic.ca/1/mp3/Kanye%20West%20-%20Love%20Lockdown.mp3]

26
BURAKA SOM SISTEMA feat. MIA and DJ Znobia – Sounds Of Kuduro

A música é um hino do kuduro para o mundo pop. O hit, além de gerar um clipe impressionante, ainda mostrou que na África e em Portugal existe uma produção instigante de dance/pop. Buraka Som Sistema será hit no verão da América quando lança disco por lá.

[audio:http://www.taylored.com.au/mp3s/Buraka%20Son%20Sistema%20-%20Sound%20Of%20Kuduro.mp3]

25
M83 – Graveyard Girl

A França e sua música eletrônica não falham. O M83 garantiu ao país mais um hit na sua coleção de pérolas que solta ao mundo. “Graveyard Girl” tem a sensualidade e as batidas características da banda, que já tem cinco discos lançados.

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/Albums%2008/30-50/04.%20Graveyard%20Girl.mp3]

24
VAN SHE – Kelly

Não procure entender o Van She. Eles aparentemente fazem um dance-rock bem executado, mas quando menos se espera soltam um petardo como esse “Kelly”, agitado, tenso e batidas cheias de textura.

[audio:http://www.musicisart.ws/music/atjf/kelly.mp3]

23
BLACK KIDS – I’m Not Gonna Teach Your Boyfriend Dance With You (EP Version)

A banda frustou muitas expectativas quando lançou seu álbum cheio Partie Traumatic. O EP contudo, trazia um espírito jovem, quase punk-rock

[audio:http://pmatunes.com/wp-content/uploads/2008/10/black_kids-boyfriend_dance.mp3]

22
NO AGE – Eraser

A faixa começa tímida para depois explodir numa empolgante confusão de influências indie, shoegaze e especialmente punk. Curta como quase todas as músicas do movimento de maior rebeldia do fim dos anos 70, “Eraser” dá uma roupagem noise rock para a emergência e agitada barulheira punk tão presente no som do No Age.

[audio:http://www.subpop.com/assets/audio/4260.mp3]

21
MARTHA WAINWRIGHT – Bleeding All Over You

2008 foi o ano em que as pessoas descobriram Martha. Ela veio acompanhar seu irmão mais famoso, Rufus, para shows no Brasil. “Bleeding All Over You” é a mais famosa de seu segundo disco, lançado logo depois da turnê. Um vocal delicado, mas que mostra firmeza, como se tentasse reagir às adversidades das quais a letra trata.

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A diva escondida, White Hinterland

20
WHITE HINTERLAND – The Death Of Art Deco House

Ela agora se esconde atrás do codinome White Hinterland, mas continua sendo a Casey Dienel apaixonante que fez um dos álbuns mais doces, poéticos e mansos de 2006, o adorável Wind-Up Canary. Pouco mudou de um álbum para o outro: a cantoria de Casey continua tímida e singela em sua abordagem toda pessoal do indie-folk e do jazz de menininha. Em “Destruction of The Art Deco House”, experimento até radical com uma nova linguagem musical, ela canta tão baixinho que mesmo ouvidos treinadíssimos no inglês sentem dificuldade em entender as palavras que ela murmura. Mas tudo é feito com tamanha ternura, e a música é tão enigmática em sua esquisitice, que ela se transforma num dos quebra-cabeças musicais do ano – e daqueles gostosos de decifrar. O piano continua tocado por Casey com a atitude de uma indie-kid que gostaria de ser Thelonious Monk e as palavras continuam com um irrestível sabor lúdico e literário que sempre foi um dos maiores charmes da música da pequena. Um lindo segredo ainda pouco descoberto.

19
T.I. – No Matter What

T.I. fez aqui outro pequeno hino à uma reação necessária às adversidades que a vida nos prega. “No Matter What” tem uma injeção de energia positiva, mas importa mesmo é sua veia chiclete, com batida viciante.

18
MGMT – Kids

“Kids”, hit absoluto do MGMT mistura dance, rock, tecladinhos, ao mesmo tempo em que se aproxima de uma psicodelia neón, como se o Polyphonic Spree tivesse encontrado o Klaxons. No meio da pista de dança, você poderá ouvir barulhos esquisitos, vozes de crianças gritando, zunidos. É esta a proposta de uma experiência maior no dance-pop.

17
COOL KIDS – 88

Rimas ditas com contundência, batidas de metal, guitarras. Este é a dupla Cool Kids mostrando o quanto pode ser violenta, dentro da sua proposta de fazer um hip hop experimental.

[audio:https://poptartssucktoasted.sslpowered.com/LP12.8/Wednesday/top%2010/The_Cool_Kids_-_88.mp3]

16
BONNIE “PRINCE” BILLY – Easy Does It

O que “Easy Does It”, balada que abre o novo disco de Bonnie “Prince” Billy tem a mais que todas as outras músicas que ele já fez? Nada. Artista de produção prolífica, “Easy Does It” é mais uma entre várias canções quase irrepreensíveis dentro da perspectiva folk do rapaz.

15
DEERHUNTER – Agoraphobia

O mais pop que o Deerhunter conseguiu chegar, “Agoraphobia” inova dentro da produção da banda. Começa já no clímax, levando o ouvinte ao refrão apressado e repetitivo. É impossível ficar impassível à canção.

[audio:http://awmusic.ca/1/mp3/Deerhunter%20-%20Agoraphobia.mp3]

14
FLEET FOXES – White Winter Hymnal

O “baroque harmonic pop jams” da banda norte-americana que é uma das sensações de 2008 está presente, em toda a sua essência, nessa faixa. “White Winter Hymnal” tem lirismo e poesia misturados a arranjos belíssimos e melodias suaves. As texturas lembram uma combinação de música gospel com um folk obscuro que bebe de fontes como Neil Young e o mestre Bob Dylan, uma das marcas do disco de estréia do Fleet Foxes.

13
MALLU MAGALHÃES – J1

Melhor música do disco de estréia de Mallu, “J1” já mostra a maturidade que a cantora tem nas letras e construção de melodias. É singelo e espirituso, além de ter uma melodia que gruda na cabeça por dias.

[audio:http://www.whokilledthemixtape.com/wp-content/uploads/2008/02/02-j1.mp3]

12
SANTOGOLD – You’ll Find A Way

De um disco onde praticamente todas as faixas são hits, “You’ll Find A Way” rapta o ouvinte com sua urgência, sua batida agitada que funciona como um convite à pista. Não à toa, a música ganhou inúmeros remixes desde que foi lançada.

[audio:http://www.seattlesubsonic.com/wp-content/uploads/2008/12/02-youll-find-a-way.mp3]

11
THE ROOTS feat Chrisett Michelle and Wale – Rising Up

Esta faixa da banda de hip hop The Roots pega todas as construções do gênero conhecidas – entre elas a presença de uma voz feminina cantando o refrão – e faz uma pérola do pop. Tem rimas bem construídas e uma melancolia na voz de Chrisett. O mais próximo que o Hip Hop já chegou do pop perfeito.

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O Hercules and Love Affair, ao lado de Antony Hegarty

10
HERCULES AND LOVE AFFAIR – Blind

Hit absoluto das pistas de dança em 2008, “Blind” tem na voz de Antony Hegarty, do Antony and The Johsons sua maior força. É ele quem causa espanto com seu timbre de cantor clássico contrastando com uma sacolejante batida.

[audio:http://kissatlanta.com/music/121508/05%20Blind.mp3]

09
BEYONCÉ – Single Ladies

Beyoncé pede para as senhoritas solteiras colocarem as mãozinhas para cima. Afinal, se elas estão solteiras hoje, é porque um babaca um dia não colocou um anel no dedo delas. Agora é hora de ir pro dancing, fechar os olhos, abrir as pernas e exorcizar seu demônio pessoal. “Single Ladies” é a típica música magoada de Beyoncé que todo mundo se identifica depois de três doses de qualquer drink nas idéias e uma história mal resolvida no coração. É Beyoncé ensinando que o que importa de verdade é superar as adversidades com a arte milenar da egípcia.

08
VAMPIRE WEEKEND – A-Punk

A fórmula que todo o mundo indie já conhece continuou com toda a força em 2008: riffs espertos, refrões pegajosos, letras bacanas e vocal gritado com timbre de moleque. Só que dessa vez não é só isso: as influências vão de ritmos populares africanos à música clássica ocidental. “A-Punk” é assim: dois minutos e alguns segundos contagiantes, com guitarras e batidas espirituosas. Ponto para o Vampire Weekend, uma das maiores revelações do ano.

[audio:http://www.speedofdark-web.com/speedofdark/2008/Best/09-vamp-wknd-apk.mp3]

07
CRYSTAL CASTLES – Crimewave (Cystal Castel Vs Health)

O Crystal Castles fez de “Crimewave” uma das músicas mais interessantes da nova cena de música eletrônica. Com uma batida safada, combinada a barulhinhos mais vagabundos ainda, a dupla colocou letra e melodia que se aproximam da melancolia. Legítima canção dos anos 00.

[audio:http://marathonpacks.com/Files/Crimewave.mp3]

06
CURUMIN – Compacto

A música fala de maconha, mas não é pra ninguém ficar comentando. A batida é contagiante, as letras espirituosas e bem sacadas e o artista tem um manejo do samba e do pop como nunca se viu. Curumin lançou o melhor disco nacional do ano e “Compacto” é seu hit maior.

[audio:http://brad.bothsidesofthemouth.com/July/Curumin%20-%20Compacto.mp3]

05
PORTISHEAD – The Rip

O Portishead é mestre em construir climas soturnos que levam o ouvinte a um passeio desolador. “The Rip” é esta premissa repaginada para os dias de hoje. Beth Gibbons adicionou muita tensão nesta faixa, que vai criando uma bolha angustiante até chegar ao clímax que até parece libertador, mas como se trata do Portishead, não fala de um final muito abonador.

[audio:http://www.box.net/shared/static/zpuvjcifqp.mp3]

04
LITTLE JOY – Next Time Around

Do excelente disco do Little Joy, “Next Time Around” é a melhor faixa, porque representa com maestria a proposta da banda. Três amigos, dois brasileiros famosos no exterior e uma garota com uma deliciosa e meiga voz construindo as melhores paisagens sonoras num clima de Havaí. Aqui, Binki Shapiro e Fabrizio Moretti cantam um pequeno verso em português, mas é Amarante que comanda o encontro.

[audio:http://earitnow.com/uploads/mp3s/littlejoy/01-little_joy-the_next_time_around.mp3]

03
SHE & HIM – I Thought I Saw Your Face Today

Um piano delicado e a voz estranhamente doce da atriz Zooey Deschanel lembram os melhores momentos do pop dos anos 60 e 70 – afinal, que não reconhece o valor do (ultra) soft rock Carpenters bom sujeito não é. Junto ao músico M. Ward, ela trouxe uma meiguice retrô e um frescor delicioso ao indie rock. A balada “I Thought I Saw Your Face Today “, faixa do debut da dupla, é o maior exemplo disso.

[audio:http://walrusmusicblog.com/mp3/download.php?file=750mp3_05_i_thought_i_saw_y.mp3]

02
SIGUR RÓS – Gobbledigook

Faixa de abertura do novo disco do Sigur Rós aproxima a banda do indie-rock feito gente que sempre admirou a banda vinda da Islândia. Os mesmos elementos característicos do grupo, entre eles a voz esquisita de seu líder Jón Birgisson estão presentes, mas o que chama atenção é mesmo o refrão, as guitarras e a bateria num estilo sincopado. Boa renovação no repertório.

[audio:http://www.gramotunes.com/31_Sigur_Ros_Gobbledigook.mp3]

santo
Santogold fez a melhor música de 2008

01
SANTOGOLD – LES Artistes

A regra é muito simples: nunca duvide de uma mulher com raiva. Elas são capazes de sentirem as coisas com uma profundidade bem maior no que, na verdade, essas coisas têm. Santogold, em “L.E.S Artistes” é uma dessas mulheres e deixa bem claro que quem for lá mexer com ela vai se dar muito mal. Mas não é só isso. O discurso de uma pessoa ferida, que no fim só quer mesmo é uma um bom motivo para ser feliz é revestido aqui na melodia nostálgica de uma new wave que lembra muito as fases mais inspiradas do Blondie. Acresça isso a um vocal anasalado e forte, um baixo marcante e inteligente, e no caso do videoclipe, à cara da cantora que, em cima de um cavalo, fala poucas e boas para quem merece ouvir.

[audio:http://sideonetrackone.com/audio/Santogold%20-%20LES%20Artistes.mp3]