Luiza Carmo busca essência do sublime em seu novo EP

EP visual foi gravado em plano sequência em Teatro em Ouro Preto (MG)

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(Foto: Rafaela Dinardi/Divulgação)

Luiza Carmo decidiu dar um novo pontapé na carreira quando resolveu fazer o EP visual, Sublime Live Session, que tem três músicas autorais e mais duas versões para as músicas “Xuxuzinho” de Rita Lee e Roberto de Carvalho“Sublime”, de Dani Black, mais conhecida na voz de Gal Costa. O nome do projeto veio justamente da segunda canção, que traz um conceito de se entregar por inteiro.

“Sempre fui muito fã da Rita, definitivamente uma das minhas maiores referências. Não só como compositora, mas como mulher também. Pouca gente se posiciona e é honesta como ela era. Gostava muito de ‘Xuxuzinho’ também, e achei que o tom debochado dela era compatível com algumas coisas que eu estava dizendo nas minhas músicas. Em relação a ‘Sublime’, já gostava da música na voz da Gal. Aí no começo deste ano, vi uma entrevista do Dani Black contando sobre o processo da composição dela e qual era o conceito por trás daquilo. Algo que ele disse me tocou muito: sobre estar inteiro nos seus processos e em tudo na vida e não aceitar nada menos que isso. Acabei trazendo muito isso pra mim e pro projeto e coloquei o nome ‘Sublime Live Session’ em homenagem a música”, comenta a artista.

A mineira também resolveu que as músicas ganhariam vídeos e por isso, fez uma gravação ao vivo no Teatro Municipal Casa da Ópera, em Ouro Preto (MG), tudo em plano sequência dando um ar bem cinematográfico para as novas canções. Brincando com o espaço que tem arquitetura e arte barroca, Luiz Carmo trouxe ideias contratantes do profano e do sagrado, do erotismo e da sensualidade para as imagens.

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(Foto: Rafaela Dinardi/ Divulgação)

“A gente foi trabalhando a ideia de cada música quase como uma narrativa que se sucede na outra, o plano sequência contribui muito para isso, além de visualmente ficar muito legal. Funcionou muito bem também com o conceito todo que trabalhamos no projeto de ‘Sublime’, sobre estar por inteiro em tudo e não aceitar menos do que o sublime”, revela a artista.

Ficam claras as intenções da artista imageticamente falando, quando se ouve as novas canções ou apenas se presta atenção nos nomes das músicas, como “Devota Beata”, “Ligeiro no Corte” e a já lançada “Se isso é amor”, primeiro single de “Sublime”. As letras falam sobre paixão, amor, mas antes de tudo, são sobre amar a si mesma.

“Eu estava bem no tom de deboche. Escrevi ‘Devota’ e ‘Ligeiro’ no Rio enquanto estávamos produzindo-as no estúdio. Foi bem legal! Primeiro veio ‘Devota Beata’ e depois ‘Ligeiro no Corte’, terminei de escrever as duas na praia antes de voltar pro estúdio. ‘Devota Beata’ acabou tendo um sentido muito complexo pra mim. Nos versos tem uma referência a devoção ao outro, ao desejo e ao par romântico, já o refrão se volta pro eu, a própria liberdade, ao próprio desejo e a si mesmo. ‘Ligeiro no corte’ já tem a letra bem mais escrachada, bem debochada, mas ainda trata desse mesmo desejo”, confessa Luiza.

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Capa completa do EP (Divulgação)