Neste sábado (19), foram revelados os vencedores da oitava edição do Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim. Realizado no Cine Teatro Cultura, o evento premiou produções cinematográficas brasileiras e latino-americanas, destacando-se o longa Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro, e o curta-metragem Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta, ambos contemplados com o Troféu Conceição Moura.
A mostra competitiva de curtas-metragens latino-americanos contou com 14 títulos, sendo o Júri Oficial composto pelo jornalista e crítico de cinema Diego Benevides, a curadora e fotógrafa Priscila Urpia, e o produtor Leo Scott. Na mostra de longas-metragens brasileiros, o Júri Oficial foi formado por Daniel Jaber, ator e cofundador do streaming de curtas Cardume, Guto Bicalho, codiretor do longa de animação O Sonho de Clarice, e a atriz e diretora Danny Barbosa, conhecida por seu trabalho em Bacurau.
Além do Júri Oficial, o festival contou com a participação de um Júri da Crítica, formado por André Guerra, Beatriz Saldanha, Arthur Gadelha, Kel Gomes e Marcela Freire. Houve ainda a contribuição de um Júri Jovem, composto por alunos da oficina de crítica de cinema realizada durante o evento.
Entre os vencedores da mostra de longas-metragens brasileiros, Mais um Dia, Zona Norte se destacou, conquistando os prêmios de Melhor Filme, Direção, Roteiro e Montagem. O filme Centro Ilusão, de Pedro Diogenes, foi premiado nas categorias de Melhor Imagem e Melhor Conceito de Som, além de ter sido eleito pelo público como o Melhor Longa-Metragem Brasileiro.
Na mostra de curtas-metragens latino-americanos, Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta, foi eleito o Melhor Filme, enquanto Dependências, de Luisa Arraes, foi premiado nas categorias de Melhor Direção e Roteiro. O filme Fenda, de Lis Paim, recebeu os prêmios de Melhor Imagem e Melhor Montagem.
O Cine Jardim, realizado no agreste pernambucano na cidade de Belo Jardim, teve início em 2015. Atualmente, faz parte do calendário de eventos da cidade e da programação das escolas públicas. O festival atende, também, algumas das cidades da microrregião do Vale do Ipojuca, como: Alagoinha, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Capoeiras, Pesqueira, Riacho das Almas, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano e Tacaimbó. É um festival de formação que tem como público-alvo alunos das escolas públicas de Belo Jardim.
Mesmo sendo a terra do cineasta Cleto Mergulhão, Belo Jardim não conta com salas de cinema permanentes, o que reforça a importância do festival como uma das poucas oportunidades de exibição cinematográfica na região.
O Cine Jardim – Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim é realizado pela Pontilhado Cinematográfico, Ministério da Cultura e Governo Federal, através da Lei Rouanet. Conta com o patrocínio da Baterias Moura e do Banco do Nordeste, além das parcerias da Universidade Católica de Pernambuco, Instituto Humanitas Unicap, Armazém Coral, NayMovie e Mistika.
Conheça os vencedores do VIII Cine Jardim:
Mostra competitiva | Longas-metragens brasileiros
MELHOR FILME
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
MELHOR DIREÇÃO
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro
MELHOR ROTEIRO
Mais um Dia, Zona Norte, escrito por Allan Ribeiro
MELHOR IMAGEM
Victor de Melo pelo filme Centro Ilusão, de Pedro Diogenes
MELHOR ATUAÇÃO
Cássia Damasceno, pelo filme Solange
MELHOR CONCEPÇÃO DE SOM
Lucas Coelho pelo filme Centro Ilusão, de Pedro Diogenes
MELHOR MONTAGEM
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro
MELHOR TRILHA
Frevo Michiles, de Helder Lopes
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten (PR)
PRÊMIO DA CRÍTICA: LONGA-METRAGEM
Na contradição entre a beleza de uma cidade e o esquecimento das suas margens, o filme faz da simplicidade sua maior qualidade, elaborando a aproximação de dois mundos aparentemente tão distantes que estão, na realidade, lado a lado. Por esse olhar envolvente na fusão de imagens, personagens e sentimentos, o Prêmio da Crítica de Longa-Metragem vai para “Centro Ilusão”, de Pedro Diógenes.
Mostra Competitiva | Curtas-metragens Latino-Americanos
MELHOR FILME
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
MELHOR DIREÇÃO
Dependências, de Luisa Arraes
MELHOR ROTEIRO
Dependências, escrito por Luisa Arraes
MELHOR IMAGEM
Petrus Cariry pelo filme Fenda, de Lis Paim
MELHOR ATUAÇÃO
Marta Aurélia, pelo filme Circuito, de Leão Neto e Alan Sousa
MELHOR SOM
Felippe Mussel pelo filme A Menina e o Pote, de Valentina Homem
MELHOR MONTAGEM
Fenda, de Lis Paim
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Jupiter, de Carlos Segundo
Melhor Curta-Metragem Latino-Americano | Júri Jovem
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
Prêmio da Crítica: CURTA-Metragem
Na fantasia da resistência de um povo que parte da sua própria recriação, a obra atravessa paz e crueldade, restaurando uma ancestralidade que fascina na lucidez e no mistério. Pela ousadia hipnotizante dessas sensações que estão igualmente imersas no traço do desenho, na técnica da animação e nos rumos da própria narrativa, o Prêmio da Crítica de Curta-Metragem vai para “Dona Beatriz Ñsîmba Vita”, de Catapreta
Voto Popular
Melhor longa-metragem brasileiro: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
Melhor curta-metragem latino-Americano: Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arouche (PE)