A VÍRGULA
Chega ao Brasil, biografia definitiva sobre Clarice Lispector
Por Fernando de Albuquerque, editor da Revista O Grito!
CLARICE,
Benjamin Moser
[Cosac Naif, R$ 79,90, 658 págs]
Clarice Lispector é uma autora que foi lida e devassada à exaustão. Mas como a vida de qualquer pessoa comum, sempre haverá segredos para serem descobertos. E, tanto anos depois, é isso que a biografia do norte-amerciano Benjamin Moser traz sobre Lispector. Apesar de forasteiro Moser domina o português de form impecável. Sua primeira noite de autógrafos para o lançamento de “Clarice”, aqui editado pela Cosac Naif, será na próxima segunda-feira quando ele se encontrará com o jornalista Humberto Werneck (que lançou recentemente “O Pai dos Burros”), depois ele segue para o Rio com lançamento na Livraria Jaqueira e posteriormente para o Recife, na Livraria Cultura, em 28 de novembro. Clarice é, hoje, o maior expoente da literatura brasileira no estrangeiro. Ela já foi comparada à Kafka, Rimbaud e Rilke e manteve durante toda sua existência, uma vida de escândalos que esteve fora dos holofotes. Com a biografia de Moser Clarice se tornou uma das escritoras mais debatidas em países de língua inglesa já que a autora se tornou pauta nos principais circuitos universitários, nas rádios, jornais e programas culturais. E segundo Moser o perfeito epitáfio de Clarice vem de um velho amigo falecido da autora: “Ela se tornou a própria ficção”, disse Paulo Francis.
BENDITO MALDITO – UMA BIOGRAFIA DE PLÍNIO MARCOS
Oswaldo Mendes
[Leya, 2009, R$ 44,90, 497 págs.]
Biografias de grandes artistas são tentativas de organizar os fatos da vida de modo a iluminar as glórias da obra. “Bendito Maldito – Uma Biografia de Plínio Marcos”, de Oswaldo Mendes, enfrenta o desafio com galhardia e, além de narrar a saga desse extraordinário dramaturgo, o revela como um personagem fascinante. Tudo isso permeado pelo incansável no rigor jornalístico que permanece em todo o texto. Entre os achados mais notáveis dessa biografia estão histórias deliciosas de personalidades do teatro brasileiro, como Procópio Ferreira, Cacilda Becker, Tônia Carrero e Alberto D’Aversa, que trançaram suas vidas e feitos artísticos com a do protagonista do livro. Ou mesmo revelações surpreendentes, como as que dão conta de suas dificuldades com a esquerda e das condições leoninas que Augusto Boal impôs para a estreia de “Dois Perdidos numa Noite Suja”, no Teatro de Arena, no ano de 1966.
O SÍMBOLO PERDIDO
Dan Brown
[ Sextante, R$ 39,90, 496 págs.]
Foram necessário cinco anos para que O Código Da Vinci se transformasse no livro mais vendido de Dan Brown. Nesse período a publicação que ganhou as telefonas reuniu 1,6 milhões de exemplares circulando, mas a façanha pretende ser vencida pelo próprio autor com sua nova publicação O Símbolo Perdido que chega essa semana às livrarias brasileiras com tiragem inicial de 800 mil exemplares. Uma verdadeira avalanche em se tratando do mercado editorial brasileiro. Foi traçada uma verdadeira guerrilha marketeira para a manutenção do material na lista de mais vendidos, segundo a própria editora o título não vai faltar nas estantes e será realizada uma grande campanha para mantê-lo no topo dos mais vendidos.