O cineasta, crítico, jornalista, curador cinematográfico e programador Fernando Spencer ganha livro sobre a sistematização da sua produção jornalística e cinematográfica, mostrando as contribuições dele para o campo da comunicação em Pernambuco em sua dimensão histórica e social. O lançamento de “Fernando Spencer: o crítico-cineasta das mil faces”, escrito pelos professores e pesquisadores Alexandre Figueirôa e Cláudio Bezerra, ocorrerá no próximo dia 30 de novembro, na Universidade Católica de Pernambuco. Na programação do evento, haverá conversa dos autores com o crítico Ernesto Barros.
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O livro é resultado do projeto de pesquisa “A produção jornalística e cinematográfica de Fernando Spencer e sua contribuição à cultura audiovisual em Pernambuco”, apoiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco e pela Unicap.
Nascido no Recife, Spencer trabalhou por 40 anos no Diário de Pernambuco. Autor de mais de trinta filmes e documentários, sua ligação com o cinema começou na década de 60. É considerado um dos pioneiros do cinema no estado, tendo se destacado com o uso do filme Super 8. O cineasta foi coordenador da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco por vinte anos, onde se aposentou em 2000. Em 2007, ganhou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
“A trajetória de Fernando Spencer como crítico e cineasta atravessa mais de quatro décadas. A partir da leitura dos seus artigos e vendo os filmes por ele realizados, encontramos traços de sua presença em quase tudo que aconteceu no cinema pernambucano nesse período”, pontua Figueirôa.
“Além dos filmes sobre os quais escreveu e das obras que concebeu, por meio do seu legado, descobrimos e conhecemos diversos aspectos da vida cultural do Recife, desde como era a relação do público recifense com a sétima arte, o apogeu e a decadência das nossas salas de exibição localizadas tanto no centro da cidade, quanto nos subúrbios”, ressalta Bezerra.
Figueirôa acredita que o título chega para reparar lacunas. “Entre os vários méritos que o livro resgata a Spencer está a sua contribuição na formação de dezenas de interessados por arte no estado. E não apenas como um jornalista cuja proposta era difundir e promover reflexão sobre esse campo – e sempre com um pé (ou os dois) fincado(s) na responsabilidade social da arte-, mas também como curador e programador de cinema”, acrescenta Figueirôa.
Junto a Celso Marconi, Spencer sedimentou no morador do Grande Recife, dos anos 1950 aos 2000, o hábito de sair de casa para ver e debater um filme autoral e, assim, afinar sua personalidade com o que havia de melhor no mundo.
Lançamento do livro “Fernando Spencer: o crítico-cineasta das mil faces”
Quando: 30 de novembro
Onde: Auditório Dom Hélder Câmara, Térreo do bloco A da Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, Recife.
Horário: 19h