A antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz é a nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O anúncio foi feito nessa quinta (07). Ela vai ocupar a cadeira 9, que pertencia ao historiador Alberto da Costa e Silva, um dos maiores especialistas em cultura africana, morto em novembro do ano passado.
Schwartz recebeu 24 votos de um total de 38 possíveis. Ainda concorriam Edgard Telles Ribeiro, Chirles Oliveira Santos, Ney Suassuna, Antônio Hélio da Silva, J. M. Monteirás e Martinho Ramalho de Melo.
Lilia Moritz Schwarcz é a 11ª mulher a ocupar uma cadeira na ABL desde que a instituição foi fundada há 127 anos. Com Lilia, cinco mulheres passam a fazer parte da Academia, que tem 35 homens. São elas: Rosiska Darcy de Oliveira, Ana Maria Machado, Fernanda Montenegro e Heloisa Teixeira.
Lilia Schwarcz é professora sênior do departamento de antropologia da Universidade de São Paulo e Visiting Professor em Princeton, nos Estados Unidos. Ela tem mais de 30 livros publicados, sendo alguns deles traduzidos para outros idiomas.
Entre as obras, destaque para: Retrato em branco e negro (1987); Espetáculo das raças (1993. Prêmio APCA); As Barbas do Imperador (1998, Prêmio Jabuti livro do ano e Farrar Strauss & Girroux 2000); Brasil uma biografia (com Heloisa Starling, 2015, finalista Prêmio Jabuti); Lima Barreto triste visionário (2018, prêmio Biblioteca Nacional, prêmio Anpocs, finalista Jabuti). [Com informações da Agência Brasil e ABL].