Tesão. Pelas relações, pelo próprio corpo, pela vida. Essa é a força que norteia o disco Verana, da cantora Lila, em seu segundo álbum de estúdio, que chega às plataformas nesta quinta-feira (26). Entre suor e gozo, a artista apresenta canções que destacam a liberdade feminina e suas delícias, sozinha ou acompanhada. Verana marca também a estreia de Lila como produtora, ao lado de Jonas Sá, reforçando os novos caminhos de sua carreira.
O álbum, uma ode à descoberta de si e do corpo em qualquer fase da vida da mulher, conta ainda com nomes quentes da cena carioca, com feats. com Luciane Dom, Antônio Neves e Marcelo Cebukin, e a colaboração de musicistas como Cláudio Brito, Gustavo Pereira e Júlio Florindo.
“O disco é todo sobre o prazer pelo viés da mulher”, conta a dona de hits como “Não fui eu, foi o carnaval” e “Não é Não”, feitos ao lado de João Brasil e Leo Justi, respectivamente, e o álbum Puérpera, de 2021, lançado após o nascimento de seu filho, e que reflete sobre as transformações da maternidade. “O papel da mulher é um assunto que me consome, me contorna, me estimula. Eu sou uma mulher de 42 anos que teve um filho, e me sinto dona da minha vida, do meu corpo, da minha sexualidade, que sei me dar prazer e sei o que me dá prazer”, ela reflete. Verana, então, chega com uma temática escancarada: é um disco para o deleite.
Um novo processo
O álbum nasceu de forma orgânica, em meio a pesquisas para seu último show. Explorando bases para um projeto de releituras, Lila viu que muito podia seguir outros caminhos a partir delas. De quatro músicas, o que seria inicialmente um EP virou um disco.
“Foi um processo de muito tesão o tempo inteiro, porque eu não tinha cobrança de ter que entregar um disco. Eu deixei o processo fluir e então foi-se abrindo um universo e uma linguagem de produção que eu nunca tinha me aventurado”, conta a artista.
Lila não está envolvida apenas na produção; ela também escreveu, tocou, cantou e fez a capa do disco. “As produções seguem um estilo mais minimalista, e tem algo da minha linguagem e das minhas limitações também. Minhas limitações viraram linguagem, acredito”, ela explica.
Quem a acompanhou na produção foi Jonas Sá, inventivo artista carioca que entrou no final do processo do disco, dando camadas e texturas ao caminho traçado por Lila. Um arremate de altíssimo nível para Verana.
“Eu sinto que agora eu estou dona do meu próprio nariz, das rédeas da minha vida. Eu estou pilotando minha carreira. Me sinto dona do meu trabalho e fortalecida por esse momento”, destaca.