O evangelho anticapitalista de Banksy
Banksy é um dos mais icônicos artistas plásticos do mundo hoje. Ninguém nunca viu seu rosto, mas ele transformou suas grafitagens em uma grife anticapitalista que já chegou a diversas mídias: filme, exposições, além das paredes de várias partes do mundo. Agora, ele chega ao Brasil através de um lançamento da Intríseca. Guerra e Spray é um livro de iniciação na obra do artista.
Estão lá seus ataques ao consumismo, seus desenhos com indiretas aos poderosos do países ricos e comentários nada saudosos à sociedade contemporânea. Traz também comentários do artista, ainda que isto esteja em segundo plano. O lançamento inclui intervenções feitas em locais privados, como os museus de Nova York e o zoológico de Barcelona. É um título indispensável, certamente, e tem como um de suas qualidades a edição que ficou entre o econômico e um volume caro estilo Taschen.
Com tradução de Rogério Durst, Guerra e Spray reforça o charme de mistério de Banksy. O que sabemos sobre ele é que nasceu em Bristol, sul da Inglaterra e que tem deixado desenhos em partes do mundo como Palestina e Nova York. Falta no Brasil uma obra que contextualize os trabalhos do artista, comentando sua intersecção com o establishment do mercado de arte. Somente um de seus grafites foi leiloado por 50 mil libras (cerca de 160 mil reais).
GUERRA E SPRAY
Banksy
[Intríseca, 240 páginas, R$ 49,90]
Tradução: Rogério Durst