Declaradamente apaixonado por religiões, mas completamente avesso a se converter a qualquer uma delas, Jonas pondera que a ideia de um Deus pode nos fazer muito bem ou muito mal, assim como nossas relações com as pessoas importantes de nossas vidas. Essa é a reflexão levantada por “DEUS”, seu novo single.
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“O amor é rei e eu vou pro céu, Deus é Rei e eu vou pro chão” ele canta, logo antes de que as vozes das cantoras Gabriela Riley e SahLance se juntem a dele e se multipliquem no refrão que repete “Deus é hey, hey, hey!” em um coro.
Com base gravada ao vivo e com a mix assinada por Mario Caldato Jr, a gravação conta com Thomas Harres na bateria, Marcelo Callado nas percussões, Ricardo Dias Gomes no baixo e nos Fender Rhodes, Thiago Nassif nas guitarras, Thiago Queiroz no saxofone, além do próprio Jonas nos sintetizadores e, claro, vocais.
A onda parece cruzar o funk soul do Bowie de Young Americans com o do Beck de Midnite Vultures e o resultado é o som de festa e gente no fundo que nos faz pensar numa missa pagã, com composição do próprio Jonas, que evoca sonoridade meio gospel, meio funk (e, por vezes, meio noise) para falar da relação religiosa que o artista mantém com seus afetos.
“DEUS” é definitivamente uma volta ao Jonas de dez atrás anos no álbum BLAM! BLAM!. Uma faixa que pode nos animar numa pista, no fervo, mas também nas horas mais mundanas.
