Irmãs de Pau lançam o disco “Gambiarra Chic Pt. 2” com participações de Duquesa, Ebony e mais 

A dupla explora os dois lados do termo que dão nome a obra com produções do funk ao drill

Copia de Copia de Post Noticias 4 1
(Fotografia: @wall404/ Divulgação)

Dupla formada por Isma Almeida e Vita Pereira, Irmãs de Pau lança a segunda parte do projetoGambiarra Chic, onde o duo explorou suas vivências gloriosas junto com o funk ostentação, e agora, em Gambiarra Chic Pt 2 as Irmãs de Pau concretizam a era com 10 faixas ao lado de nomes como Duquesa, Ebony, Ventura Profana, Tasha Kayala e Polemik, além de produções assinadas por DJ Dayeh, Brunoso, Fuso! e Athemus, Larinhx, Lorrany, DJ Cozy e Cyberkills. O álbum chega nas plataformas digitais na segunda-feira, 19 de maio.

A dualidade que permeia os desafios e as delícias da vida foi a principal inspiração para que as Irmãs de Pau criarem  Gambiarra Chic pt 2, que mesmo guiado principalmente pelo funk apresenta sem demora um mix com o dancehall, drill e rap .

“Mostramos como a dupla mudou nossa vida, como é chique viver com qualidade de vida e autonomia do nosso corpo: morar em um lugar confortável, ajudar nossa família, se alimentar bem e até mesmo fazer os procedimentos estéticos, colocar o cabelo que a gente gosta. E ao mesmo tempo, temos perrengues como abrir mão de muita coisa para negociar”, cita Isma. 

Os versos das artistas exploram o funk por um outro viés: o de subverter a ideia de que o sexo e o prazer não pertecem ao feminino. Historicamente os homens do funk colocaram as mulheres em uma posição subalterna, como um objeto de desejo e ostentação nas composições e também no audiovisual. Para as Irmãs de Pau, GB2 é um reposicionamento necessário através de sua formulação para abandonar processos limitantes que estigmatizam e hipersexualizam. 

unnamed13
(Foto: @wall404/ Divulgação)

“Com essas composições, narrativas e imagens, nós estamos colocando o nosso corpo, nosso desejo, nosso gozo e nosso tesão enquanto produtoras de nossa nova realidade, enquanto sujeitas da nossa própria história.”, complementa Vita. 

Para além, a capa do álbum, com direção criativa de Puritana (Gabe lima e Gustavo Vieira), também é uma peça elaborada para complementar as mensagens ocultas presente no storytelling. Simulando uma sala de inspeção do aeroporto, as artistas são revistadas de uma forma vulgar.

“Pensamos no conceito da capa falar sobre as relações de poder que ocupam no aeroporto. Ali na salinha de inspeção, trás até uma alusão ao local de afeto que somos destinadas. Ao mesmo tempo que temos esses olhares de opressão vindo dos seguranças, eles também mostram os seus desejos para com nossos corpos”.” finaliza Vita.