A integrante das Pussy Riot, Maria Alyokhina, iniciou uma greve de fome contra a proibição de participar de uma audiência de condicional, agendada para esta quinta (23). No ano passado, Maria e outras duas companheiras de banda, Yekaterina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova foram presas após um protesto contra as relações do presidente da Rússia Vladimir Putin e a Igreja Ortodoxa Cristã.
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O protesto aconteceu na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou com uma espécie de “oração punk”. Depois de diversas audiências e protestos contra a prisão em diversas partes do mundo Yekaterina Samutsevich foi liberada, mas as outras duas continuam presas.
Maria se negou a participar da audiência de condicional através de um link ao vivo em vídeo, pois disse que isso fere seus direitos. Em entrevista para a revista Dazed, direto da prisão, realizado meses atrás e divulgado apenas hoje, ela afirmou que foi colocada em confinamento na solitária.
Mesmo presas, as integrantes do Pussy Riot seguem expondo o autoritarismo do regime russo atual. Livre, a ativista da banda Yekaterina, vem dando entrevistas para imprensa internacional e falou para a audiência do Festival de Sundance, em março, quando foi lançado um documentário sobre o grupo. Um documento de 68 páginas da Anistia Internacional publicado em abril mostrou que diversas leis russas desrespeitam tratados internacionais de direitos humanos.