A cantora, compositora e produtora musical Iara Rennó lançou seu novo single Iroko (Axé que vem do Pé), pela primeira vez explorando uma sonoridade eletrônica. O lançamento marca uma evolução em sua discografia, após os álbuns Oríkì (2022) e Orí Okàn (2023), que tiveram como base uma sonoridade mais orgânica, enraizada na celebração dos orixás e na conexão com o universo do candomblé.
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O single apresenta a colaboração inédita de Juçara Marçal, que divide os vocais com Iara, além da produção conjunta de Iara e Kiko Dinucci. “Eu já havia dividido o palco com Juçara, mas nunca havíamos feito uma gravação juntas. Foi maravilhoso poder realizar isso, ainda mais com uma música que, na minha visão, tem muito a ver com ela. Eu não sabia, mas ela mesma já havia feito uma música para Iroko. É realmente uma conexão que fez muito sentido”, comentou Iara sobre a parceria.
A música Iroko (Axé que vem do Pé) tem como base a figura de Iroko, orixá relacionado ao tempo e à força das árvores, e faz parte de uma continuação do projeto de Iara dedicado à celebração dos orixás, iniciado com Oríkì e seguido por Orí Okàn. “Estamos dentro desse mesmo guarda-chuva temático. E assim como houve uma variação sonora do Oríkì para o Orí Okàn, o single possui sua própria sonoridade, mas a temática é a mesma: os orixás e suas características”, explicou Iara.
A parceria com Kiko Dinucci, que também assina a produção musical, tem raízes em colaborações anteriores, como no show Xirê Orin, dedicado aos orixás, e no álbum Oríkì, no qual Kiko colaborou com a faixa Laroyê L’ona. A letra de Iroko (Axé que vem do Pé) foi escrita a partir de um pedido antigo de Iara a Kiko, para que ele criasse um Oríkì dedicado ao orixá Iroko. “Ele é um super produtor musical, tem ideias muito criativas e sonoridades que muito me interessam”, destacou a cantora sobre o parceiro.
O single também reúne elementos típicos de seu trabalho, como o violão singular de Iara e os atabaques, que marcam os toques de orixá, mas agora combinados com eletrônicos em maior potência, criando uma fusão entre o orgânico e o eletrônico. A música já está disponível em todas as plataformas digitais e chega por meio do selo Dobra Discos, com distribuição da Altafonte no Brasil, América Latina e Japão, e da Worm Discs para a Europa, América do Norte, África e Ásia.