Grupo Ordinarius comemora 15 anos lançando “Nós”, seu primeiro álbum autoral

O sexteto vocal lança o primeiro álbum autoral da carreira nesta quinta-feira (13)

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(Foto: Bruno Braz/ Divulgação)

Comemorando 15 anos de carreira, com uma trajetória que inclui 8 discos e shows em mais de 60 cidades no Brasil e em 50 pelo mundo, o grupo vocal Ordinarius apresenta agora o seu primeiro álbum autoral: Nós, que sai dia 13 de setembro, trazendo 13 faixas compostas pelos membros do grupo coletivamente, em duplas, trios, com parceiros de estrada ou de forma individual. Os arranjos e a produção musical são de Augusto Ordine, criador do sexteto. O clipe da faixa-título “Nós” sai no dia 20 de setembro. O Ordinarius é formado por Augusto Ordine, Maíra Martins, Fabiano Salek, Matias Correa, Beatriz Coimbra e Antonia Medeiros.

‘Nós’: após 15 anos, o trabalho autoral do Ordinarius vem à tona

O grupo carioca é conhecido por suas versões originais, com arranjos vocais e de percussão para canções de movimentos ou de grandes nomes da nossa música. Já lançou discos com obras de Pixinguinha, Aldir Blanc e Carmen Miranda, por exemplo. Mas desta vez, eles apostam numa sonoridade mais POP e moderna.

“Esse é um disco que traz muitas novidades no nosso modus operandi. Mudamos, inclusive, o nosso jeito de criar os arranjos. Em algumas músicas, fizemos sem um arranjo escrito, criando na hora entre os membros do grupo”, explica Augusto Ordine, que completa: “A ideia de um disco autoral já existia há alguns anos, mas só agora o Ordinarius está num nível de maturidade, parceria e entrosamento para conseguir, com naturalidade, criar algo nosso, e ainda produzir em cima de trabalhos individuais. Nos sentimos felizes e seguros com o resultado”.

“Nós”, uma das principais faixas do álbum, traz uma letra sagaz, que elabora um pouco do conceito de irmandade que existe entre os integrantes. Os nós também fazem parte da criação do figurino: todos usam a mesma peça de roupa nas fotos, uma criação da estilista Vania Ms Vee, num figurino realizado em colaboração com a figurinista Dani Vidal, reforçando a ideia de união.

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Capa do álbum (Divulgação)

“Nós fazemos muitas versões de canções antigas, mas ouvimos músicas de todas as épocas e as nossas próprias músicas são contemporâneas, então o disco traz um Ordinarius mais POP. Há um equilíbrio interessante de instrumentos de percussão e vozes, pois, apesar de o grupo as vozes como instrumentos principais, todos os membros também são instrumentistas, e isso amplia a sonoridade”, explica Maíra Martins.

Outra música, já lançada previamente como single, e que desponta como uma das favoritas dos fãs é “Que Chova Love”, uma canção festiva, composta às vésperas das eleições presidenciais de 2022, que carrega uma sensação de esperança e de  inspiração para um mundo melhor. 

“Dono da Razão”, que conta com a participação de Moyseis Marques, traz um minucioso jogo de palavras para ilustrar o quanto é difícil ser ouvido numa realidade em que todos precisam de uma constante autoafirmação. Há ainda a participação de André Siqueira na guitarra em “Manias e Vias”, música de Antonia Medeiros, que foi recriada pelo grupo com novos arranjos. 

O disco “Nós” também é fortemente marcado pelo período pandêmico. Quase todas as canções foram criadas no início, durante ou no final da pandemia, trazendo sentimentos, fluxos de ideias e vivências que se encaixam nas situações vividas pelos membros no período.

“Tem músicas mais felizes e inspiradoras compostas nos momentos de abertura, outras mais densas criadas em períodos do auge pandêmico, há também canções que falam de lembranças… São músicas que refletem as nossas vivências desses anos”, diz Maíra.

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(Foto: Rodrigo Torrero/ Divulgação)

Como um grupo vocal sobrevive há 15 anos no Brasil

Também durante a pandemia, o Ordinarius se reorganizou e criou um financiamento coletivo permanente, que segue bem-sucedido até hoje, para que os fãs possam fomentar e acompanhar de perto o trabalho do grupo. Para Maíra, manter um grupo vocal no Brasil é um desafio, e dos grandes. 

“É difícil esta decisão de nos dedicar a um repertório que não é mais tão valorizado, especialmente pelas novas gerações que não conheceram a incrível música que é feita no Brasil, mas que não é tão comercial, apesar de já ter tocado nas rádios décadas atrás. No entanto, a longevidade do Ordinarius se deve a esta luta diária a qual nos dedicamos com muito amor à Música Popular Brasileira em suas diversas formas e momentos e também pelo fato de estarmos sempre nos reinventando”, revela Maíra.

O Ordinarius também já recebeu diversos prêmios, como o Prêmio Profissionais da Música na categoria Grupo Vocal por duas vezes, já fez uma versão com arranjos vocais para a abertura do “Fantástico” e já se apresentou em importantes festivais mundo afora como o Leipzig A Cappella, na Alemanha; o Alfredo de Saint Malo, no Panamá; o World Choral Expo, em Lisboa; o Auvenier Jazz Festival, na Suíça; o Choralies na França; e o ‘Hola, Rio’, em Madri.