Gregorio Duvivier traz “O Céu da Língua” ao Teatro do Parque

Monólogo chega ao Recife para três sessões dias 12 e 13 de setembro

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(Foto: Adriano Escanhuela/ Divulgação)

No monólogo cômico O Céu da Língua, Gregorio Duvivier usa o seu discurso sedutor para convencer o público de que tropeçamos diariamente na poesia e o assunto é prazeroso e divertido. O espetáculo estreou em Portugal em 2024, chegou ao Brasil em fevereiro deste ano e cumpriu uma extensa turnê que já acumula mais de 60 mil espectadores.

No Recife pela primeira vez, O Céu da Língua aportará no Teatro do Parque, dias 12 e 13 de setembro, às 20h, para sessões com ingressos já esgotados, o que levou à abertura de uma apresentação extra dia 13, às 17h.

“A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, para isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura.” 

A direção é da atriz Luciana Paes, parceira de Gregorio nos improvisos do espetáculo Portátil. No palco, com cenografia de Dina Salem Levy, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só Gregorio e sua lábia desafiadora:

“Acredito que o Gregorio tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.

O Ceu da Lingua 3 ©Adriano Escanhuela
(Foto: Adriano Escanhuela/ Divulgação)

“O Céu da Língua” não é um recital, tampouco o artista declamará Castro Alves, Fernando Pessoa ou Carlos Drummond de Andrade. Por outro lado, garante Luciana, a dramaturgia de Gregorio não deixa de ser poética neste “stand-up comedy pegadinha”, como ela bem define. “O Gregorio simpático e engraçado está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e imagino que, por isso, a plateia deve embarcar na proposta”, aposta a diretora. “Ele, graças aos seus recursos de ator, pega o público distraído, e ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.”

As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens.

Para provar que a poesia é popular, Gregorio chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados em O Céu da Língua através das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997). “Os nossos compositores conseguiram realizar o sonho de Oswald de Andrade de levar poesia para as massas”, festeja o ator.

SERVIÇO
O Céu da Língua
Dias 12 e 13 de setembro de 2025, às 20h
Sessão extra: dia 13 de setembro, às 17h
Teatro do Parque: Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife
Informações: (81) 99488-6833

Ingressos à venda na plataforma Inti:
Plateia: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)
Camarote: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Link: https://artrec.byinti.com/ 

Classificação: 12 anos
Duração: 85 minutos