O cantor e compositor Geraldo Azevedo celebra seus 80 anos com a turnê especial Oitentação no São João, que une o repertório de sua longeva carreira à tradição das festas juninas. O artista pernambucano, natural de Petrolina, passa por diversas cidades do país durante o mês de junho, incluindo quatro municípios em Pernambuco: Arcoverde, Petrolina, Bezerros e uma segunda apresentação em Campina Grande, na Paraíba, na Vila Sítio São João, na divisa com o estado.
A turnê é um desdobramento do projeto Oitentação, apresentado ao longo do último ano em celebração ao octogésimo aniversário do artista. Agora, o espetáculo ganha novos arranjos e repertório voltado aos ritmos nordestinos, como forró, xote e baião, em sintonia com o calendário junino. Com direção e produção musical de César Michiles, o show conta com uma formação instrumental robusta, que inclui flauta, saxofone, sanfona, guitarra, teclado, percussão e violão.
O repertório traz composições autorais como “Sabor Colorido” e “Tempero do Forró”, além de releituras de clássicos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e outros compositores que marcaram o imaginário das festas populares nordestinas. Canções já conhecidas do público, como “Chorando e Cantando”, também ganham nova roupagem para esta temporada.
Em Pernambuco, a agenda do artista inclui:
- Arcoverde (14/06): apresentação gratuita na Estação Ferroviária, como parte do São João de Arcoverde.
- Petrolina (15/06): participação no show O Grande Encontro, ao lado de Elba Ramalho e Alceu Valença, no Pátio de Eventos Ana das Carrancas.
- Bezerros (28/06): apresentação gratuita dentro da programação do São João local.
Além de Pernambuco, o cantor passa por outras cidades, como Salvador, Aracaju, São Luís e Irará, e encerra a turnê em 5 de julho no Rio de Janeiro, com participação especial de Lucy Alves e Luis Carlinhos no Arraiá do Circo Voador.
Nascido em 11 de janeiro de 1945, às margens do rio São Francisco, quando Jatobá ainda era zona rural de Petrolina, Geraldo Azevedo teve uma infância marcada por forte influência cultural familiar. A mãe, Dona Nenzinha, era professora e promotora de eventos culturais na comunidade, enquanto o pai, agricultor e carpinteiro, construiu artesanalmente o primeiro violão do artista. Desde os quatro anos, o cantor já participava de saraus e cantorias, iniciando um caminho que o consagraria como um dos principais nomes da música brasileira.
