O mundo entorpecido da fotógrafa Julie de Waroquier
Por Diogo Carreira
A jovem fotógrafa e estudante de filosofia Julie de Waroquier vêm, desde 2010, se destacando com suas fotografias que se assemelham a realidades entorpecidas. Em um dos seus primeiros trabalhos, Ex-pressions, o surrealismo e a solidão são explícito em cada uma das imagens. Rostos que se escondem ou são revelados apenas de maneira parcial, somados a uma luz melancólica que assemelha a fotografia ao sonho.
Julie parece brincar com o limite entre o real e a imaginação. Por mais que saibamos que a fotografia não é real, ou documental, ela não nós lança para a pura imaginação, mas, pelo contrario, parece flutuar em um purgatório sonolento, a partir de uma da luz de um eterno amanhecer. Existe uma influência tanto literária quanto musical nas fotos, o que levamos a crer serem os gostos da jovem, convertendo deste modo as imagens em um mergulho aquilo que parece um devaneio de intimidade.
Com exposições ao redor do mundo inteiro vale ressaltar a sua participação no famoso Rencontres d’Arles. Além das exposições, a jovem francesa ganhou o International Emerging Artist Award e publicou seu primeiro livro, Rêvalités, no ano passado. Vale a pena conferir o site da fotógrafa e ver os demais projetos que seguem uma linha muito parecida com Ex-pressions, que aqui apresentamos.