Festival Rua Nova reúne música e cinema de graça em Afogados da Ingazeira

Diversas atividades artísticas gratuitas serão realizadas pelo bairro de São Francisco, lançamentos de artistas regionais como Islan (São José do Egito), Ambrosino (Triunfo) e Jonatas Onofre (Igarassu) marcarão o encerramento do festival

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Na ordem: Islan (São José do Egito), banda Ambrosino (Triunfo), Jonatas Onofre (Igarassu), DJ Miguel Xavier (DJ LEUGUIM), Isabella Lumara & a Batucada Feminista (Afogados) e Danilo Leite (São José do Egito) (Reprodução/ Redes Sociais)

O Festival Rua Nova de Cinema e Música chega a em sua primeira edição no bairro São Francisco, em Afogados da Ingazeira (PE), com a proposta de reverter a lógica de “eventos culturais no centro”. Local pulsante da cultura do Pajeú, nele residem artistas e cineastas que levam o nome de Afogados ao mundo. A ação é um incentivo da PNAB Afogados da Ingazeira, Secretaria de Cultura Municipal, Ministério da Cultura e Governo Federal. 

De 25 a 31 de julho, o festival promoveu ações psicopedagógicas, oficinas e exibições de filmes na rede de ensino e também em praça pública, além de shows de importantes artistas pernambucanos. Em comum, os astros Islan (São José do Egito), Ambrosino (Triunfo) e Jonatas Onofre (Igarassu) sobem ao palco com novos trabalhos.

“ É muito importante poder trazer artistas contemporâneos e que apresentam trabalhos originais e inovadores, se faz muito necessário construir coletivamente esse espaço de ocupação urbana com arte e cultura da nossa terra”, reflete Leonardo Wallace, proponente.

O projeto busca desenvolver arte e cultura numa das áreas periféricas da cidade. Bairro São Francisco (Rua Nova), é um dos maiores bairros da cidade e que segue em constante crescimento e é por esse âmbito que o Festival Rua Nova vem com uma formação cultural e interação de linguagens para diversos públicos diferentes, a grande e diversa população do bairro e também de fora dele.

No segmento de música, haverá diversos shows na quinta, 31: a Batucada Feminista, DJ ISabella Brito e poetas e rappers da cidade ocupam o palco e abrem a noite; além dos pratas da Geninho e Edierck José; depois é a vez de Jonatas Onofre, que apresenta um pouco do disco Olho D’Água, produção na qual revisita suas composições com novas melodias e parcerias. Por fim Islan e o trio Ambrosino lançam no palco do festival seus novos trabalhos. DJ Leuguim fecha a noite.

“O show que será apresentado compreende o repertório do meu 1º EP autoral que será lançado em 21/08; vem sendo gestado desde 2022 e agora ganha a estrada numa nova formação e diferente de tudo que já fiz como cantor e compositor”, destaca Islan, um dos destaques da programação. “Voltar a Afogados depois de anos com esse show de pré-lançamento será uma honra”, finaliza. Já o trio Ambrosino apresenta o show “Cor de Brasa”.

“É uma apresentação do segundo trabalho autoral, que traz toda sua força sonora apoiada nos pilares da cultura popular, rock e música eletrônica, com letras que denunciam mazelas sociais em forma de música e poesia”, explica PH, um dos integrantes. 

Audiovisual e Formações

O Festival propôs, no âmbito escolar, debates interativos com a psicopedagoga Jecielma Vasconcelos, elencando elementos do processo da aprendizagem, interligando a arte e a cultura como pontos fundamentais para a formação crítica e cognitiva da criança e do pré-adolescente. Houve ainda a parceria com o projeto “Outros Sertões e o Minuto”, que formou alunas e alunos em audiovisual, refletindo sobre cinema e fazendo vídeo minutos na prática.

Ainda sobre cinema, videoclipes e curtas-metragens afogadenses serão exibidos em escolas e na praça entre os dias 30 e 31. “Estou participando diretamente da articulação e vai ser maravilhoso contar com escolas e público externo aqui na Rua Nova, celebrando nossos filmes e recebendo grandes músicos. É uma festa da cultura”, reflete o realizador audiovisual e jornalista Leonardo Lemos, integrante da equipe do festival.

Com a ideia de ocupar e resistir, o festival leva a arte até a periferia. Os artistas contam o que acharam da dinâmica: “Da periferia pulsa as vozes que o centro tenta calar. Vozes de força e de arte pura. Levar uma apresentação pra periferia é mais que apenas apresentar seu trabalho, é ser nutrido por essa resistência. Pensar um festival na periferia é além de ir contra o sistema, é quebrá-lo, esquecê-lo”, afirma Islan. “Descentralizar a arte é necessário, visto que também em sua grande parte os grandes artistas saem da periferia, pra nós é uma honra participar de eventos periféricos” destaca PH. 

 Integrando à Quinta Cultural na quinta-feira, 31/7, o Festival mesclará no palco exibições de curtas, shows, declamações e discotecagem: tudo de graça. Acompanhe a programação completa a seguir: 

31/07 – QUINTA CULTURAL

SESSÃO NA PRAÇA DA IGREJA – 18H

CURTA-METRAGENS SESSÃO “ESPELHOS” 

A HORA DO TABAQUEIRO – (DIR. COLETIVA)

A PONTE – (DIR. RICHARD SOARES)

AQUILO QUE A MEMÓRIA AMOU – (DIR. SILMARA MARQUES)

CASINHA DE MURETA – (DIR. LEONARDO LEMOS)

LILITH – (DIR. NAYANE NAYSE)

A CABEÇA QUEBRADA DE VERA – (DIR. DIEGO PADILHA)

VIDEOCLIPES SESSÃO “IMAGEM E SOM” 19H30

A CRIANÇA E O PALHAÇO ‘7MIN (JONATAS ONOFRE E NELSON BREDERODE) – DIR. JONATAS ONOFRE

CONEXÃO PAJEÚ SOUNDSYSTEM ‘5MIN (BLACKLEO E JUNKIE/U-MORTO) – DIR. RICHARD SOARES

DEIXA A MATA EM PÉ (EDNARDO DALI) ‘4MIN – DIR. JOÃO KARIRI, TIAGO SALGUEIRO, MARIANA MACIEL, DANILO GALVÃO E ANA EUGÊNIA BRITO

VERTIGEM (ALMA NO CONGELADOR) ‘4MIN (ORPHEUS NOAR) – DIR. CRAWD 

SHOWS MUSICAIS:

GENINHO BEZERRA

EDIERCK JOSÉ

JONATAS ONOFRE

ISLAN

AMBROSINO

INTERVENÇÕES DJ LEUGUIM