Festival de Cinema OLAR realiza exibições gratuitas em escolas e ao livre em Carpina

O evento tem filmes dirigidos ou co-dirigidos por mulheres e pessoas dissidentes de gênero

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Cena de "Metele Candela", de Sadja Lozano & Ernesto Anaya. (Divulgação).

Carpina (PE) recebe a segunda edição do Festival de Cinema OLAR (Observatório Latino-americano de Realizadoras), com exibições gratuitas em escolas e ao ar livre na Praça José Otávio entre os dias 1º a 4 de novembro.

Na sexta-feira, dia 1º, o festival abre com duas sessões especiais de curtas brasileiros e latinos, incluindo o filme de abertura, Carpina, 11 de setembro, da carpinense Mery Lemos. No sábado, dia 2, mais duas sessões, com destaque para a sessão de suspense “Noche de los Muertos: ¡Vivas!”.

O OLAR é uma plataforma de reflexão, premiação e valorização de produções cinematográficas, com direção artística de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, da produtora carpinense Olar Filmes e incentivo do Funcultura Audiovisual. O Festival OLAR 2 programa 28 filmes, de oito países, ao longo das exibições online e presenciais, incluindo filmes consolidados em festivais internacionais, mas inéditos em Pernambuco, como Alien0089, do Chile e Metele Candela, do México que faz sua estreia internacional no OLAR 2. 

“Nesta edição, nós buscamos ao máximo integrar Pernambuco e América Latina através de todas áreas do festival, desde a montagem da equipe, a escolha de filmes, até a seleção de alunos e alunas para as oficinas. A curadoria alinha  excelência técnica e estética com a diversidade de raça, gênero, etnia e região de origem dos filmes”, comenta  a carpinense Cíntia Lima, diretora do festival.

A programação online, disponível no site realizadoraslatinas.com, inclui a Mostra Competitiva, da qual um filme será premiado com o Troféu Sara Gómez, a sessão Referência OLAR, que homenageia as montadoras de cinema, através das obras de Virginia Flores e da pernambucana Natara Ney, além da Sessão Marta Rodríguez dedicada a filmes artístico e politicamente potentes.

“Ao dedicar esta edição às montadoras do nosso cinema, escolhemos o tema do ano ‘Cortes para Abya Yala’, referindo-nos tanto ao processo de edição, quando à busca por outras perspectivas para nosso continente, através do uso do termo “Abya Yala”, da língua indígena kuna (Panamá e Colômbia), que designa o continente americano. Nossa meta é abrir novas trilhas para nos conectarmos”, afirma Lílian de Alcântara, também diretora do festival.