A noite deste domingo (24) concentrou olhares de todo o país em torno do Cine Brasília, um dos mais longevos lares do cinema nacional, durante o encerramento do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Apresentada pelos atores Caco Ciocler e Mariana Nunes, a cerimônia de encerramento premiou as produções eleitas pelo Júri Oficial e Popular com o cobiçado Troféu Candango, um dos mais prestigiados prêmios do cinema brasileiro. No total, o Festival apresentou 144 obras que compuseram as mostras competitivas e retrospectivas, durante 10 dias de evento, propondo uma reflexão sobre o presente e o futuro do audiovisual brasileiro.
O Júri Oficial do Festival premiou o longa metragem Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans, como Melhor Filme da edição. O filme recebeu, ainda, mais quatro prêmios, nas categorias Ator (Aristides de Sousa), Montagem e Trilha Sonora, pelo Júri Oficial, e Melhor Filme pelo Prêmio Abraccine.
A categoria de Melhor Direção teve como vencedor o realizador brasiliense Adirley Queirós pelo filme Era Uma Vez Brasília. A obra do Distrito Federal levou, também, os títulos de Melhor Fotografia e Melhor Som. Valdinéia Soriano, atriz de Café com Canela venceu o prêmio de Melhor Atriz. O longa baiano sagrou-se campeão, ainda, com os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Filme pelo Júri Popular (Prêmio Petrobras de Cinema). Entre os prêmios de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes, levaram o Troféu Candango os atores Alexandre Sena, por O Nó do Diabo” e Jai Baptista, por Vazante.
Entre os curtas metragens, o Melhor Filme pelo Júri Oficial foi Tentei, de Laís Melo. O filme levou, ainda, o prêmio de Melhor Atriz para Patrícia Saravy e Melhor Fotografia para Renata Corrêa. Os Irmãos Carvalho levaram o prêmio de Melhor Direção pelo filme Chico, vencedor, ainda, do prêmio de Melhor Som e do Prêmio Canal Brasil. Marcus Curvelo foi premiado como Melhor Ator por Mamata. O filme sagrou-se campeão, também, na categoria de Melhor Montagem. O prêmio de Melhor Roteiro foi concedido a Ananda Radhika, por Peripatético e o curta metragem Carneiro de Ouro levou o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.
O Júri Oficial, composto por sete jurados convidados, avaliou a Mostra Competitiva de longa-metragem e outros sete especialistas analisaram a mostra de curtas. No grupo de jurados da Mostra Competitiva de longas estão Angela Prysthon, professora da Universidade Federal de Pernambuco e autora de publicações sobre cinema, mídia e literatura; a atriz e diretora Marcélia Cartaxo; Lauro Escorel, um dos mais renomados fotógrafos do cinema brasileiro; o premiado cineasta Joel Zito Araújo; e Idê Lacreta, montadora dos filmes Noites do sertão, A hora da estrela, entre outros. Também integram o júri a cineasta, produtora e jornalista Luciana Tomasi e o premiado cineasta André Luiz Oliveira.
Já o Júri Oficial designado para os curtas foi composto por Keila Serruya, produtora, cineasta e artista visual; Cleber Eduardo, jornalista, cineasta, crítico de cinema e curador; Dea Ferraz, cineasta, que atua na área há mais de 15 anos; o premiado cineasta Breno Nina; e Anita Rocha da Silveira, diretora, roteirista e editora.
Antes das premiações, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, parabenizou todos os envolvidos na edição comemorativa do Festival. Lembrou, ainda, do fortalecimento da aliança com a Universidade de Brasília, além da iniciativa inédita do Ambiente de Mercado. “Experimentar o Festival de Brasília é o principal prêmio deste evento. Já estamos na caminhada para os próximos 50 anos. Nos vemos em 2018”, completou o secretário.
Mostra Brasília – 22° Troféu Câmara Legislativa
O Júri Oficial da Mostra Brasília – 22° Troféu Câmara Legislativa elegeu O Fantástico Patinho Feio, de Denilson Félix, como Melhor Longa Metragem, recebendo o prêmio de R$ 100 mil. Na categoria de Melhor curta-metragem, dois filmes dividiram o Prêmio no valor de R$ 30 mil: UrSortudo, de Januário Jr. e Tekoha – Som da Terra, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron. Dácia Ibiapina levou o título de Melhor Direção para Carneiro de Ouro; Elder de Paula venceu Melhor Ator por UrSortudo; e Rafaela Machado sagrou-se Melhor Atriz por Menina de Barro. O Júri Popular elegeu o longa Menina de Barro, de Vinícius Machado, e o curta O Menino Leão e a Menina Coruja, de Renan Montenegro, como Melhores Filmes. Estes recebem os valores de R$ 40 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
O Júri Oficial do 22° Troféu Câmara Legislativa foi formado por Amir Labaki, crítico de cinema, diretor e roteirista, fundador e diretor do ‘É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários’; Betse de Paula, diretora e roteirista premiada em festivais, além de ser uma das maiores vencedoras do Troféu Câmara Legislativa do DF. Também compõe o grupo o documentarista, escritor e professor de cinema, Vladimir Carvalho, que integrou o comando do movimento Cinema Novo e compôs filmografia de mais de 20 filmes festejados no Brasil e no exterior.
Premiação
Além do troféu Candango e dos cachês de seleção, distribuídos entre todos os filmes selecionados, prêmios em dinheiro serão concedidos. O Prêmio Petrobras de Cinema celebra o melhor longa-metragem segundo o Júri Popular na Mostra Competitiva com R$ 200 mil; e o melhor longa-metragem segundo o Júri Popular na Mostra Brasília, com R$ 100 mil. Os prêmios de R$ 200 mil vão contemplar a distribuição do filme em pelo menos 15 salas e 5 praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial. Já os de R$ 100 mil vão garantir a distribuição em pelo menos 10 salas e três praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial.
Outros valores, ainda, serão concedidos aos vencedores do Júri Popular. O melhor curta-metragem leva R$ 40 mil em prêmio que ganha o nome de Estímulo ao Curta Metragem. Na Mostra Brasília, o longa escolhido pelo Júri Popular recebe R$ 40 mil; e o melhor curta da categoria leva R$ 10 mil, além dos troféus concedidos pela Câmara Legislativa do DF. Entre cachês de seleção e prêmios em dinheiro, o Festival de Brasília, em conjunto com parceiros concede, em 2017, a quantia de R$ 730 mil.
Confira a lista completa dos filmes premiados na 50ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
PRÊMIOS OFICIAIS
Troféu Candango – Longa-metragem:
Melhor Filme: Arábia, dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans
Melhor Direção: Adirley Queirós por Era uma vez Brasília
Melhor Ator: Aristides de Sousa por Arábia
Melhor Atriz: Valdinéia Soriano por Café com canela
Melhor Ator Coadjuvante: Alexandre Sena por Nó do Diabo
Melhor Atriz Coadjuvante: Jai Baptista por Vazante
Melhor Roteiro: Ary Rosa por Café com canela
Melhor Fotografia: Joana Pimenta por Era uma vez Brasília
Melhor Direção de Arte: Valdy Lopes JN por Vazante.
Melhor Trilha Sonora: Francisco Cesar e Cristopher Mack por Arábia
Melhor Som: Guile Martins, Daniel Turini e Fernando Henna por Era uma vez Brasília
Melhor Montagem: Luiz Pretti e Rodrigo Lima por Arábia
Prêmio Especial do Júri: Melhor Ator Social para Emelyn Fischer, por Música para quando as Luzes se apagam
Júri Popular ( Prêmio Petrobras de Cinema) longa-metragem: Café com canela, dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio
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PRÊMIOS OFICIAIS – Troféu Candango – Curta-metragem:
Melhor Filme: Tentei, dirigido por Laís Melo
Melhor Direção: Irmãos Carvalho por Chico
Melhor Ator: Marcus Curvelo por Mamata
Melhor Atriz: Patricia Saravy por Tentei
Melhor Roteiro: Ananda Radhika por Peripatético
Melhor Fotografia: Renata Corrêa por Tentei
Melhor Direção de Arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho por Torre
Melhor Trilha Sonora: Marlon Trindade por Nada
Melhor Som: Gustavo Andrade por Chico
Melhor Montagem: Amanda Devulsky e Marcus Curvelo por Mamata
Prêmio especial: Peripatético, dirigido por Jéssica Queiroz
Júri Popular – Curta-metragem: Carneiro de ouro, dirigido por Dácia Ibiapina
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OUTROS PRÊMIOS
Prêmio Canal Brasil: Chico, dirigido por Irmãos Carvalho
Prêmio Abraccine
Melhor filme de longa-metragem: Arábia, dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans
Melhor filme de curta-metragem: Mamata, dirigido por Marcus Curvelo
Prêmio Saruê: Afronte, direção de Marcus Azevedo e Bruno Victor
Prêmio Marco Antônio Guimarães: Construindo pontes, dirigido por Heloísa Passos
Prêmio CiaRio/Naymar
Para o melhor curta pelo Júri Popular: Carneiro de ouro, dirigido por Dácia Ibiapina
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MOSTRA BRASÍLIA – 22º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal
Prêmios do Júri Oficial:
Melhor longa-metragem (R$ 100 mil):
O fantástico Patinho Feio, dirigido por Denilson Félix
Melhor curta-metragem (R$ 30 mil):
UrSortudo, dirigido por Januário Jr.
Tekoha – Som da Terra, dirigido por Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron
Melhor direção (R$ 12 mil): Dácia Ibiapina, por Carneiro de ouro
Melhor ator (R$ 6 mil): Elder de Paula, por UrSortudo
Melhor atriz (R$ 6 mil): Rafaela Machado, por Menina de barro
Melhor roteiro (R$ 6 mil): Januário Jr., por UrSortudo
Melhor fotografia (R$ 6 mil): Gustavo Serrate, por A margem do universo
Melhor montagem (R$ 6 mil): Lucas Araque, por Afronte
Melhor direção de arte (R$ 6 mil): Bianca Novais, Flora Egécia e Pato Sardá, por O Menino Leão e a Menina Coruja
Melhor edição de som (R$ 6 mil): Maurício Fonteles, por Tekoha – Som da Terra
Melhor trilha sonora (R$ 6 mil): Ramiro Galas, por O vídeo de 6 faces
Prêmios do Júri Popular
Melhor longa-metragem (R$ 40 mil): Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Melhor curta-metragem (R$ 10 mil): O Menino Leão e a Menina Coruja, dirigido por Renan Montenegro
Prêmio Petrobras de Cinema – Para o melhor longa-metragem pelo Júri Popular da Mostra Brasília:
Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Prêmio Plug.in
Para o melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília:
Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Prêmio ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo
Marco Curi, Manfredo Caldas e Gerlado Moraes
Prêmio CiaRIO
– Melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília:
Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
– Melhor curta-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília:
O Menino Leão e a Menina Coruja, dirigido por Renan Montenegro
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FestUniBrasíla – 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília
Melhor Filme: O arco do medo, dirigido por Juan Rodrigues (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Melhor Direção: Fervendo, dirigido por Camila Gregório (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Júri Popular: O Homem que não cabia em Brasília, dirigido por Gustavo Menezes (UnB)
Menção Honrosa – Método de construção criativa: Afronte, dirigido por Bruno Victor e Marcus Azevedo (UnB)
Menção honrosa – Fotografia: Gabriela Akashi, por Serenata (USP)
Menção Honrosa – Filme de animação: Mira, dirigido por Janaína da Veiga (Unespar)
Filme de encerramento
Um entusiasmado e brincalhão Edgar Navarro subiu ao palco no início da cerimônia e agradeceu o convite do Festival para estrear seu último longa-metragem, “Abaixo a Gravidade”. “Há 32 anos eu volto a Brasília para acompanhar esse belíssimo evento. Saio muito feliz daqui, pois estou no fim da carreira, mas considero também o ápice dela”, disse o realizador. O diretor ainda citou e homenageou personalidades que acompanharam sua trajetória no FBCB: Márcio Curi, André Luiz Oliveira e Tetê Catalão.
Patrocínio
A 50ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro conta com os seguintes patrocinadores: NET, Claro, Petrobras, BRB, BNDES e Sabin.
Serviço