Expo coletiva inaugura novo espaço da Amparo 60 com obras de Paulo Bruscky, Bárbara Wagner, Ramonn Vieitezz e Gil Vicente

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Obra "Sem Título", de Hildebrando de Castro. (Divulgação).
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Obra “Sem Título”, de Hildebrando de Castro. (Divulgação).

A Galeria Amparo 60 transformou-se em um espaço importante no ecossistema das artes plásticas no Recife. Agora, após 20 anos, a galeria vai mudar de endereço e comemora essa passagem com uma exposição coletiva com mais de 30 artistas. Entre os nomes que terão obras expostas estão Paulo Bruscky, Gil Vicente, Alice Vinagre, Ramonn Vieitez e Isabela Stamponi.

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Depois de anos ocupando o imóvel na Avenida Domingos Ferreira, a galeria está se mudando para o Edifício Califórnia, onde ocupará uma das sobrelojas, num movimento ligado a outros empreendedores que vão dar uma nova vida cultural ao local. Para marcar esse novo momento, a galerista Lúcia Costa Santos convidou o jovem curador Douglas de Freitas para pensar a mostra Evoé, cujo vernissage acontece durante a inauguração da Amparo 60 Califórnia, neste sábado, às 17h, só para convidados.

Segundo o curador, a proposta da exposição é reunir todos os artistas do casting encontrando os pontos de intersecção entre seus trabalhamos e tendo como fio condutor essa ideia de celebração, saudação, ligada ao termo evoé. O curador esteve no Recife durante alguns dias em fevereiro, visitou ateliês, se encantou com as manifestações carnavalescas, e trouxe para dentro da exposição o olhar dos artistas sobre a visualidade da cidade e como eles lidam com as questões urbanas, algo tão presente nos debates atuais.

“A escolha das obras para a exposição busca trazer um pouco a atmosfera do Recife, um modo de ver e viver a cidade entre suas belezas e contradições”, diz o curador Douglas de Freitas. No total, estão reunidas na mostra obras de 35 artistas, todos eles do casting da galeria. O pintor pernambucano Rodolfo Mesquista, falecido em fevereiro de 2016 e que fazia parte do casting, é o homenageado. Durante o vernissage, precisamente às 19h, Paulo Bruscky deve apresentar a performance Arteatro (Peça em 1 ato, 1977-2016).

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“Espelho Meu”, de Gil Vicente. Divulgação.

Apesar de ocupar o espaço da Avenida Domingos Ferreira desde 1996, Lúcia Costa Santos conta que considera a exposição de Eudes Mota, realizada em 1998, como o marco inicial da Amparo 60 como galeria de arte. Anteriormente, ela havia funcionado como antiquário, loja de móveis, objetos raros e de arte popular, na casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda – de onde veio seu nome, que agora ganhou o adicional Califórnia.

A galerista acredita que esse novo espaço vai conseguir integrá-la ainda mais à cidade e aos mais diversos públicos. “Teremos um espaço mais enxuto, porém com um maior diálogo com a cidade, num ponto onde circulam mais pessoas. O projeto arquitetônico é mais moderno e prático, facilitando o funcionamento diário da galeria. Vamos agregar cultura e arte num espaço interessante do Recife”, diz.

Após a abertura do dia 25 as portas da galeria estarão abertas para a visitação da exposição. Os artistas da mostra: Alex Flemming, Alice Vinagre, Amanda Melo da Mota, Bárbara Wagner e Benjamin de Búrca, Bruno Faria, Bruno Viera, Bruno Vilela, Carlos Mélo, Célio Braga, Cristiano Lenhardt, Delson Uchôa, Fernando Augusto, Francisco Baccaro, Gil Vicente, Gilvan Barreto, Hildebrando de Castro, Isabela Stampanoni, José Patrício, José Paulo, José Rufino, Juliana Notari, Kilian Glasner, Lourival Cuquinha, Luiz Hermano, Marcelo Silveira, Marcelo Solá, Márcio Almeida, Mariannita Luzzati, Martinho Patrício, Paulo Bruscky, Paulo Meira, Ramonn Vieitez, Rodolfo Mesquita, Rodrigo Braga e Vanderlei Lopes.