O que é um filme experimental? Esse é o tema da sétimo episódio do “Eu curto, tu curtes, ele, o curta”, um podcast da Revista O Grito! para quem gosta e quer conhecer a produção dos filmes em curta-metragem no Brasil e no mundo. A apresentação é Alexandre Figueirôa e de Túlio Vasconcelos, com edição de Jonatan Oliveira. Assine nosso feed e ouça o podcast no Spotify.
Neste episódio, analisamos os filmes A esperança é um animal nômade, dirigido pelo cineasta de jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto (1966-2016), e GeoPoesis, que tem codireção de Fred Nascimento, diretor do Totem, com vasto currículo em cênicas performáticas, e divide a experiência com o diretor e editor Zé Diniz, que tem vários trabalhos focados nos campos do etno doc e do videoarte.
Em paralelo ao trabalho jornalístico, Geneton foi responsável por uma importante produção no campo do audiovisual. A partir de 1973, passou a realizar curtas em Super-8, por influência e incentivo do crítico pernambucano Fernando Spencer. Até 1984, realizou curtas em Pernambuco, no Rio de Janeiro, na Itália e na França, sempre experimentais, baseados em textos poéticos, e explorando a imagem estourada da bitola super-8.
Colega de Geneton e o ex-professor e pesquisador da UFPE, Paulo Cunha organizou o e-book Expedições à Noite Morena: em defesa de um cinema vadio [Fazer Super-8 no Brasil dos anos 1970], numa parceria entre a Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco e a Revista Spia – UFPE. O livro resgata parte da memória do que foi a produção experimental no Recife, a partir de textos retirados de dois cadernos pessoais do cineasta e jornalista Geneton Moraes Neto (1956-2016), escritos entre 1977 e 1982. O livro estará disponível gratuitamente para leitura no portal da Cinemateca e na plataforma do Issuhub. Cunha faz participação especial no podcast, analisando A esperança é um animal nômade.
Passeio sensorial pela natureza das terras Pankararu, Kapinawá e Xukuru, o curta GeoPoesis transita entre o corpo atravessado pela paisagem e a intervenção do corpo, com novas simbologias que se apresentam. A terra, morada dos encantados destes povos indígenas de Pernambuco, é performada através da conexão das performers do Totem com os territórios indígenas.
Dicas
Detentora dos direitos patrimoniais de mais de 50 filmes brasileiros, a Heco Produções dispõe de produções próprias e filmes do Cinema Marginal, produções realizadas na Boca do Lixo, em São Paulo, de diretores como Carlos Reichenbach, José Mojica Marins, Jean Garret, Ody Fraga, Jairo Ferreira, John Doo, Alfredo Sternheim, entre outros. Confira aqui a lista de filmes.
Já o Festival do Minuto, que existe desde 1991, tem caráter permanente, periodicamente abre novos concursos promovidos por diferentes parceiros e com diferentes temas, com espaço para o cinema experimental. Para mais informações, acesse o site oficial do Festival do Minuto.