“ELE É MALUCO, O PICA-PAU ELE É MALUCOOOOO”
Dijei recifense retira o sobrenome, se joga nos vocais e é uma das principais boas revelações capitaneadas pelo Coquetel Molotov
Por Fernando de Albuquerque e Talles Colatino
Quem circula pela noite recifense sabe muito quem é, o que toca, como se veste e tudo o que faz Catarina Dee Jah. Ela, uma das dijeis mais bem requisitadas dos que curtem uma noite de boa diversão, e agora ataca de cantora. Na contramão dos que pregavam um futuro, no mínimo, incerto, ela fez uma das apresentações mais surpreendentes do No Ar Coquetel Molotov. O ponto alto de sua apresentação foi quando a cantora entoou o “Melô do Pica-Pau”, da banda Vício Louco. O debut da bonita foi no Cortiço, mas a ovação só ocorreu no Teatro da UFPE onde Catarina, seu novo nome artístico, distribuiu chocolate para platéia, destilou ótimas ironias e ainda disse: “Catarina poderia ser qualquer um de vocês, só que com mais cara-de-pau”.
Brega
Eu me identifico com o brega e tenho um respeito enorme. Odeio quem menospreza o gênero. Sei que existe muita coisa ruim feita no brega, que deprecia a imagem da mulher, que acaba com o sexo feminino. Mas existe nesse meio gente que há muito tempo faz um trabalho sério e que precisa ser respeitado. Uma das coisas que eu mais detesto é esse pessoal que pega Reginaldo Rossi, um cara mega respeitado, com talento para caramba e coloca no meio de uma festa para brincar com a cara dele.
O show
O show foi ótimo! Foi o primeiro show que pude me escutar. Mas ele foi apenas um ponto de partida para que a gente comece a aperfeiçoar mais o trabalho. Cantar é algo que acaba expandindo meu trabalho, mas ainda continuo discotecando como antes. Dei uma parada na gravação do meu primeiro disco, mas vamos voltar assim que sair funcultura e outros programas em que inscrevi o trabalho. Sem iniciativa privada, o jeito acaba sendo apelar para o governo. Ah, até fiz uma música sobre o funcultura, mas num posso dizer porque jornalista é tudo fofoqueiro.
O fight
Sabe uma coisa? Eu odeio meninas que andam em bando. Que chegam nos locais sempre juntas, em grupinho, clubinho. Afe! Que falam fininho tudo com “inho”, “inha”. Que falam miando e por aí vai (comenta, imitando uma vozinha irritante). E as piadas que soltei durante o show foram para elas e acabam servindo para ela (blogueira que protagonizou comentários para lá de ferrenhos com Catarina em um blog citadino) também. Acho ela tabacuda.
Confira aqui o barraco