O escritor mineiro Michael Maia acaba de lançar seu primeiro romance, Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos, pela editora Paraquedas. A obra, que se insere no gênero distópico, aborda profundas questões sobre vida e morte através da história de Luzia e Tânia, um casal LGBTQIAPN+ que, após receberem um diagnóstico de câncer terminal, decide interromper o tratamento tradicional e optar pelo uso de uma droga que proporciona experiências transcendentes momentos antes da morte.
Na trama, a sociedade legaliza e regulamenta uma nova substância conhecida como “a droga da morte”, que permite aos usuários visões de entes queridos falecidos e, possivelmente, de Deus, momentos antes de morrerem. Após um evento denominado “Grande Surto”, no qual uma grande quantidade de pessoas comete suicídio utilizando a droga, o governo decide controlar seu uso rigorosamente, gerando questionamentos sobre quem pode ter acesso à substância e como ela impacta diferentes classes sociais.
O livro acompanha as consequências da decisão de Luzia e Tânia em suas famílias, especialmente em Antônio, irmão de Luzia, que trabalha na empresa estatal responsável por administrar a droga. A narrativa explora como a nova forma de morte regulamentada afeta diferentemente as várias classes sociais e abre espaço para reflexões sobre saúde mental, ética e as implicações sociais da morte assistida.
Michael Maia, nascido em Entre Rios de Minas e formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), baseou o romance em extensas pesquisas sobre sociedade, morte e suicídio, além de sua própria experiência de luto pela perda de uma amiga próxima. Inspirado por obras como 1984, de George Orwell, e As Intermitências da Morte, de José Saramago, Michael desenvolve uma narrativa que combina elementos de ficção científica com uma análise crítica das realidades sociais.
Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos já está disponível para compra.
Para seu próximo projeto, o autor pretende explorar o gênero de terror-comédia com personagens LGBT, trazendo à tona a nostalgia das vivências e músicas dos anos 2010-2015.