Uma nova campanha publicitária da marca de veículos Volkswagen agitou a internet na manhã desta terça-feira (4). Isso porque o comercial, que celebra os 70 anos da companhia no Brasil, revive, através de Inteligência Artificial (IA), a cantora Elis Regina, morta há 41 anos, que aparece ao lado da filha, a também cantora Maria Rita.
Com o mote de “o novo veio de novo”, o comercial mostra as duas reunidas em um dueto da canção “Como Nossos Pais“, composição de Belchior, que se tornou sucesso na voz de Elis, em 1976. No seu perfil do Instagram, Maria Rita confessou ter realizado um sonho de vida. “Foi um momento mágico”, publicou.
Os limites da IA
O rosto da artista foi recriado através do Deepfake, técnica de manipulação de fotos, vídeos e áudios que utiliza Inteligência Artificial, e em seguida inserido sobre a face de uma dublê. Segundo matéria veiculada pela Revista Veja, o trabalho demandou mais de 2.454 horas de pós-produção.
No entanto, para além do apelo emocional, a peça publicitária gerou críticas e desencadeou um acalorado debate nas redes sociais sobre os limites éticos que envolvem ressurgir uma pessoa morta para fins comerciais.
Afinal, mesmo tratando-se de figura pública e contando com a autorização dos familiares, o principal ponto levantado é de que a pessoa recriada não tem como expressar seu próprio consentimento em relação à imagem veiculada.