DFB 2015: Dragão encerra 16ª edição anunciando expansão de intercâmbio com a América Latina

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Jefferson Ribeiro. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)
Ronaldo Silvestre refletiu relação do homem com o ambiente. (Nicolas Gondim/Divulgação).
Ronaldo Silvestre refletiu relação do homem com o ambiente. (Nicolas Gondim/Divulgação).

Por Alexandre Figueirôa
De Fortaleza

O Dragão Fashion Brasil 2015 chegou ao final de sua 16ª edição na noite desse domingo (10) com a apresentação de quatro estilistas e o desfile da nova coleção da Riachuelo, uma das patrocinadoras do evento. O destaque nas passarelas foram o mineiro Ronaldo Silvestre e a cearense Gisela Franck. Houve ainda a segunda etapa do concurso das escolas de moda que teve como vencedor os estudantes da Universidade Estadual de Londrina.

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O primeiro a desfilar foi Ronaldo Silvestre que trouxe ao DFB a coleção intitulada Flores da Guerra, um questionamento, segundo o próprio estilista, da relação do homem com o meio ambiente em que “a sustentabilidade e o feito a mão marcam os desafios do novo design”. Suas peças para o verão 2016 são atemporais e foram trabalhadas com refugos de jeans, tecidos artesanais produzidos com fios de seda, aplicações de chita, bordados e patchwork. O resultado foi um conjunto de indumentárias cujo apuro técnico delinearam looks delicados com um visual sofisticado.

Looks de Ronaldo Silvestre. (Foto: Nicolas Gondim/Divulgação.)
Looks de Ronaldo Silvestre. (Foto: Nicolas Gondim/Divulgação.)

O minimalismo foi o que mais chamou a atenção no trabalho de Gisela Franck. A estilista cearense inspirou-se no universo do artista catalão Salvador Dalí e ressaltou, por meio de fibras naturais como organza de seda pura, crepe, linho e palha, a feminilidade. Suas peças seguiram os preceitos da alfaiataria clássica e pautou-se por variações da cor branca. Os cortes assimétricos ajustaram-se a textura dos tecidos usados e o que se viu na passarela do DFB foi um conjunto harmônico e de elegância refinada.

O minimalismo de Gisela Franck. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)
O minimalismo de Gisela Franck. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)

Completaram a line-up do último dia do DFB o estilista potiguar Riccardo San Martini e o baiano Jefferson Ribeiro. Martini trouxe a coleção intitulada Sacrilégio com elementos que remetem à indumentária religiosa repaginadas em looks ousados feitos a partir de trabalhos com renda, cochês e macramê. Ribeiro apresentou um conjunto de peças em seda de caimento elegante dentro do estilo que é sua marca. Por último a Riachuelo apresentou sua nova coleção que incluiu malhas masculinas em preto e branco, linha feminina de roupas em cores alegres e suaves e peças usuais, inspiradas na street wear nova-iorquina.

Nos agradecimentos finais, o idealizador e organizador do DFB Claudio Silveira anunciou a expansão do evento para as próximas edições com o estabelecimento de parcerias com países da América Latina.

Um sucesso inquestionável, o DFB vem crescendo de forma acelerada e tenta manter a sua marca na defesa da moda autoral, mesmo que alguns nomes fortes do segmento participantes de anos precedentes não tenham aparecido nesta edição, como Mar Del Castro e Mark Greiner.

Looks de Ricardo San Martini. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)
Looks de Ricardo San Martini. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)
Jefferson Ribeiro. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)
Looks de Jefferson Ribeiro. (Divulgação/Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K.)

* O jornalista viajou a convite da organização do evento.