O curta Eternamente Elza foi selecionado para a mostra competitiva do 21º Festival Mix Brasil, em São Paulo e Rio de Janeiro. O filme é dirigido por Alexandre Figueirôa, editor da Revista O Grito! e Chico Feitosa. Elza Show foi um dos nomes mais conhecidos da noite recifense e tem uma história de vida ainda pouco conhecida.
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“Conhecia Elza desde os anos 70 quando ela cantava no Cantinho Dalva de Oliveira e desde aquela época me chamava atenção a coragem dela em assumir ser travesti e cantora”, disse Figueirôa. “Enquanto as outras dublavam sobretudo cantoras estrangeiras, ela cantava música brasileira de grandes cantoras como Dalva de Oliveira, Angela Maria, Clara Nunes.”
O longa foi feito ainda em 2011, mas agora ganha uma nova edição feita por Chico Lacerda e começa a rodar festivais. Depois do Mix Brasil passará no For Rainbow, que acontece de 22 a 28 de novembro em Fortaleza-CE. “O doc é muito simples, a intenção é apenas mostrar o personagem por ele mesmo. Como é possível enfrentar preconceito, discriminação e não se render. Pobre, negra ela canta para sobreviver e faz da música sua fortaleza”.
A estreia do Mix Brasil, o maior do País dedicado à diversidade sexual será o maior chamariz até hoje para Elza. “Circular nos festivais é um tributo não apenas a Elza, mas a todas ( ou todos) travestis que cantam, dançam e assumiram sua persona sexual sem medo de serem e felizes”, resume Alexandre.
Veja uma versão anterior do curta: